Às sete e quarenta da noite estávamos todos no parque. Mikey começou a correr para a barraca de algodão doce ao lado de Angry; Baji e Mitsuya foram comprar os bilhetes para os brinquedos e eu e Smiley ficamos juntos esperando os quatro voltarem.
― A Amaya falou sobre vir para cá hoje? Ela está ali próxima a barraca de pipoca, mas parece estar sozinha. ― Smiley apontou discretamente para a garota e eu olhei em sua direção.
Ela não estava sozinha.
Perto do vendedor estava Izana pagando por duas pipocas. Amaya estava esperando por ele, mas rapidamente ele se aproximou e entregou uma das pipocas em suas mãos. Ela começou a comer e ele acariciou sua cabeça então a morena sorriu.
Eu não sabia quais eram as intenções de Izana naquela noite, mas não eram boas, isso eu tinha certeza.
― É, parece que ela não está sozinha. ― Smiley olhou pra mim e meus olhos estavam fixos nos dois. ― Está tudo bem, Draken?
― Eu tô legal.
― Eu já percebi que não. Sei que você gosta muito dela, mas deixe ela se divertir com um amigo.
― Ele não é e nem pretende ser amigo dela. Esse cara é uma ameaça para ela e eu não suporto ver ele manipulando ela dessa forma. Ela já acredita que ele é uma boa pessoa e convencê-la do contrário será difícil. ― Falei sem tirar os olhos deles.
― Ameaça? Ele acabou de fazer carinho na cabeça dela, qual é a lógica do que você disse? Talvez você só esteja com ciúmes, Ken. ― Me virei para Smiley e ele me olhou nos olhos. ― Ele não parece ser uma má pessoa.
― Eu sei que ele é, mas se eu disser pra ela como eu descobri, ela provavelmente não vai querer olhar para o meu rosto.
― O que você fez? ― Ele parecia preocupado e eu o entendo completamente. ― Se envolveu em alguma briga?
― Não, mas digamos que eu tenho coletado informações.
― Você está investigando sobre o Izana? ― Não era apenas sobre ele, eu também sabia muito sobre Amaya porque eu me importo com ela.
― Sim.
― Cuidado, não parece que isso vai resultar em algo bom, Draken. Só não se envolva em nada físico, por favor. ― Smiley disse e eu assenti com a cabeça, mas eu não podia garantir nada para ele. Izana era perigoso, eu sentia isso, e a sua força era admirável, então eu não podia dizer com certeza que eu não iria me envolver em uma briga física com ele.
Amaya me viu junto a Smiley e acenou, mas antes que pudesse mudar seu percurso para falar conosco, Izana apontou para a montanha russa como se a chamasse, então ela apenas fez um sinal indicando que falaria depois. Eu assenti de longe com um meio sorriso e ela seguiu Izana.
Baji, Mitsuya, Mikey e Angry se juntaram a nós então fomos em direção ao primeiro brinquedo da noite.
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Depois de irmos em muitos lugares do parque nós paramos em uma mesa para comermos um pouco. Angry discutia com Baji porque queria ir na roda gigante, mas o moreno se recusava a permitir. Mikey tentava roubar o cachorro quente de Smiley que se desvencilhou do mais baixo.
― Vamos na casa assombrada depois? ― Pediu Mikey olhando para Mitsuya que estava com os bilhetes em mãos.
― Se o Angry prometer não sair correndo. ― Mitsuya olhou para o garoto de cabelos azuis que tinha uma expressão raivosa.
― Tudo bem. ― Ele concordou e Smiley riu.
― Acho difícil que isso aconteça, mas vamos mesmo assim.
Ao terminarmos de comer nós seguimos caminhando para a atração até que encontramos no caminho Amaya sozinha, Izana não parecia estar por perto.
― Boa noite, meninos. ― Ela cumprimentou cada um de nós, mas na minha vez recebi um abraço apertado que me fez querer fugir dali com ela para tê-la só pra mim nem que fosse apenas por alguns minutos. ― Eu estou aqui com Izana e nós fomos em muitos brinquedos. Acho que não vamos demorar para ir embora.
― Você pode esperar mais um pouquinho? Nós vamos na casa assombrada, mas eu queria conversar com você. ― Falei um pouco mais baixo próximo de seu ouvido.
― Acho que posso. ― Eu sorri e ela retribuiu com um sorriso pequeno. ― O Angry não vai aguentar, já aviso ― Ela disse em um tom que os outros pudessem escutar e Smiley caiu na gargalhada.
― Fica quieta, Amaya! ― Olhei fixamente para Angry que havia levantado o tom de voz ao falar e ele percebeu. Todos os meus amigos sabiam o quão protetor eu era com Amaya, mesmo que ela não fosse minha. ― Desculpa. Mas eu vou chegar até o final e vou me gabar pra sempre! Você vai ver.
― Eu pago um sorvete para você se você realmente aguentar. ― Amaya disse com um tom desafiador e o garoto sorriu.
― De caramelo. ― Angry disse e eles deram um aperto de mão.
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― Eu não saí correndo. ― Angry disse sem expressão quando saímos da casa.
― Isso é verdade, mas ele se agarrou no Draken o caminho inteiro. ― Mitsuya disse rindo e Angry voltou a sua expressão furiosa.
Amaya estava junto de Izana que tinha seu braço ao redor dos ombros da mais baixa. Eu sentia a raiva percorrer pelas minhas veias veias junto do meu sangue que parecia ter um ritmo acelerado, ele estava falando algo e Amaya olhava para ele parecendo prestar atenção em cada palavra que ele proferia. Me aproximei um pouco deles e Amaya sorriu, mas não me alegrou tanto quanto os outros sorrisos que ela dava.
― Então, Draken, sobre o que você queria conversar? ― Amaya perguntou. Izana olhava pra mim com um sorriso irônico e eu estava com vontade de afundar o rosto dele no chão por conta disso.
― Acho que é melhor deixar para outra ocasião, vocês já querem ir embora, não é? ― Falei e ela suspirou sem tirar os olhos de mim.
― Parecia ser algo importante, tem certeza que não quer falar agora? ― Amaya caminhou alguns passos se aproximando mais de mim, mas Izana a puxou devagar para perto dele.
― Ele não quer, Amaya, e nós precisamos ir mesmo. Depois vocês poderão conversar sem interrupções. ― Izana disse e ela olhou para cada um de nós e assentiu desgostosa.
― Pode ir parando por aí, Izana. Ela ainda tem que pagar meu sorvete. ― Angry disse com sua expressão raivosa.
― É verdade. ― Concordei sem muita emoção.
Izana bufou e Amaya saiu de perto dele vindo em minha direção. Ela segurou meu braço e o de Angry então ela me levou junto a eles para comprar o sorvete tão prometido. Amaya fez o pedido e enquanto o homem que trabalhava na barraca preparava o doce, ela se aproximou de mim deixando Angry admirar o preparo de seu sorvete.
― Não quer mesmo falar agora, Ken? ― Amaya perguntou quase em um sussurro.
― Tenho. Podemos falar sobre isso amanhã, tudo bem? ― Falei tentando não preocupá-la, mas não acho que funcionou muito bem. Ela apenas assentiu e eu dei um sorriso para suavizar o clima. ― Venha aqui. ― A trouxe para perto e a abracei com carinho.
Ela confortou seu corpo e respirou tranquila enquanto eu acariciava seus cabelos. Amaya tinha apenas um metro e cinquenta e seis centímetros enquanto eu tinha meus um metro e oitenta e cinco e eu simplesmente adorava como ela se encaixava perfeitamente nos meus braços.
― Está tudo bem, Amaya. Não se preocupe com nada, eu vou estar sempre aqui. ― Ela saiu do abraço e me olhou nos olhos.
― Muito obrigada. ― Ela agradeceu sorridente.
Fiquei por alguns segundos admirando seu rosto e suas bochechas se avermelharam, como de costume.
― Já peguei meu sorvete, vamos. ― Angry deu uma lambida no sorvete e nós o seguimos quando ele começou a caminhar.
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𝗼𝗯𝘀𝗲𝘀𝘀𝗲𝗱 𝗯𝗼𝘆. ken ryuguji
Roman d'amour▌✦₊˚⊹ 𝐎𝐁𝐒𝐄𝐒𝐒𝐄𝐃 𝐁𝐎𝐘 ❪ romance book ❫ Quando se está apaixonado você faz muitas loucuras, até mesmo observar cada movimento da pessoa que você ama. Ken Ryuguji poderia ser chamado de muitas coisas, como: psicopata, stalker, obcecado, etc. M...