𝗖𝗮𝗽𝗶𝘁𝘂𝗹𝗼 𝗖𝗶𝗻𝗰𝗼

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Infelizmente aquela proposta não consegue sair da minha cabeça, eu tento não pensar sobre, mas é quase que impossível. Eu penso em todos que ficaram para trás, nas pessoas que perdi e nas que provavelmente estão correndo perigo nesse exato momento.

Coreia do Sul o país que foi simplesmente esquecido por todos os outros, isolado e deixado de canto. Não apenas o país, o lugar em si, mas também todas as pessoas que ali habitam.

Ao mesmo tempo que eu penso todo momento sobre aceitar aquela proposta e ir atrás da verdade, eu tenho medo. Odeio admitir que sinto medo de encarar aquela realidade novamente e que tudo aquilo volte a acontecer, o medo da morte me assombra e tenho de que ela volte e se torne presente.

Não quero ir e correr mais riscos de vida, não quero ir e ver alguém morrer, não quero correr o risco de perder Niki novamente. Se eu aceitar essa proposta ele vai, se ele aceitar eu vou, e isso quer dizer que não só apenas eu corro risco de vida, mas ele também. A última coisa que eu quero e o ver machucado de novo, não sei se conseguiria aguentar de passar por aquilo novamente.

Mas eu realmente não tenho uns resposta, gostaria de que tivesse como apenas eu me arriscar nisso, isso me deixaria mais tranquila e ver que Niki está em um lugar seguro longe de tudo aquilo. E então lembro que Hee-Seung também está nessa história, pelo menos fico mais aliviada em saber que os outros meninos já negaram de uma vez.

Penso em algum tipo de maneira que faria Niki não querer ir e que eu fosse sozinha.

-Vamos supor que... - Começo a falar e o garoto sentado a minha frente desvia o olhar do celular em minha direção.

-O que? - Ele coloca o celular sobre a mesa e com uma de duas mãos afasta os fios de cabelo que estavam na parte da frente de seu rosto.

As vezes eu me vejo perdida nesse garoto, ele consegue ser incrivelmente bonito até mesmo quando acorda, e eu não sei se fico admirada com isso ou nervosa, por que não é possível que isso seja verdade. Nishimura Riki é atraente, mas é MUITO atraente!

-Não faz isso... - Falo balançando a cabeça em negação e com o canudo tomo um pouco da minha bebida.

-O que eu fiz? - Pergunta confuso.

-Deixa pra lá. - Me recomponho misturando a bebida de chocolate gelada em meu copo. - Vamos supor que apenas um de nós fosse voltar para lá.

O rosto de Niki fica mais tenso, mseu maxilar se contrai e ele me olha sério.

-O que você pensaria sobre? - Ele fica em silêncio analisando a situação, parece inseguro em falar algo, mas depois de alguns segundos ele se pronuncia:

-Quem exatamente?

-Não sei, apenas um de nós.

-Bem... Se no caso a pessoa for eu tudo bem, mas se for você não rola.

-O que por que? - Cruzo os braços encostando minhas costas na cadeira.

-Por que eu não consigo te imaginar sozinha naquele lugar, muito menos longe de mim.

-Nishimura, você mora a seis mil quilômetros, não é como se você estivesse sempre aqui do meu lado.

-Se eu tivesse escolha não moraria tão longe, mas não admito em saber que você esteja em um país na qual nos fugimos correndo perigo sozinha. - Dou um suspiro desviando o olhar, mas a mão dele vai até mim pegando na minha mão e a segurando - Não consigo pensar em você longe de mim e correndo perigo, preciso estar ao seu lado para ter certeza que estará bem. Não existe mais o apenas "você", existe apenas um " nós ". Eu quero te proteger, porque eu te amo!

Red Sun: De Volta a Terra Dos MortosOnde histórias criam vida. Descubra agora