𝙲𝚊𝚙𝚒́𝚝𝚞𝚕𝚘 𝙳𝚎𝚣

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Ouço algumas batidas e logo em seguida o rangido de um portão se abrindo. Levanto do sofá em um pulo, dou passos leves até a janela que dá a visão para a entrada da casa, mas quando menos espero ouço uma grande batida contra a porta, me jogo na frente do sofá em uma tentativa de me esconder de seja lá quem for.

-O que? Você fechou a porta com algo antes de sairmos? 

Me coração dispara ao ouvir a voz de um homem. Minha esperança de que seja Niki ou Hee foi totalmente despedaçada, o que deixa toda essa situação pior ainda é que está de noite, isso significa que eu dormi durante horas, e para piorar a casa em que eu estou tem dono. 

-Não, cadê a fechadura? Você a quebrou?

-Não! Já estava assim.

-Não estava não.

-Estava sim!

Puxo minha mochila, me levanto o olho em volta, a procura de alguma saída, vou em direção ao corredor, mas ouço o barulho daquele móvel que coloquei na porta ser empurrado, corro para o corredor para não ser vista.

-Não, não estava, você acabou de quebrar.

-Eu já disse que estava assim, não fui eu. - É notório que o homem estava ficando bravo.

Não sei se é pela minha falta de costume em ouvir outras pessoas falando coreano, mas o sotaque de ambos parecia um tanto arrastado demais. 

O barulho final do móvel sendo arrastado e agora da pra se ouvir os passos pesados deles andando pela casa. Corro até o final do corredor tentando ao máximo não fazer nenhum barulho, abro a ultima porta entrando no quarto e a fechando em seguida, vou em direção a uma das janelas e a abro, mas estava tampada por tela anti mosquitos, vou até a outra com esperanças de estar livre, mas ouço passos se aproximando. 

-Onde pensa que vai? - O acusado questiona.

-Vou dormir, se me acordar te mato. - Os passos mais próximos era sinônimo de minha morte, mas um pouco de esperança que a em mim surge me mandando empurrar minha mochila para baixo da cama e me esconder junto.

Me escondo em baixo da cama com minha respiração pesada. A porta do quarto é aberta e automaticamente paro de respirar, observo os pés do homem, calçados com grandes botas, tão feias que eu me questiono em que lixão ele encontrou elas. Ele anda até a metade do quarto, deixando a porta aberta e tirando seu lixo em forma de sapato, logo em seguida seus pés não estarem mais a minha vista e a cama em cima de mim balançar. 

O homem resmunga algumas coisas não identificadas,  e alguns segundos depois começo a sentir um cheiro horrível de chulé, tempo meu nariz tentando ao máximo não sentir aquele cheiro horrível. 

Os minutos começam a passar e eu me sentir mais e mais ansiosa, era para os meninos estarem aqui, não acredito que dormi tanto ao ponto de anoitecer, e eles não terem chego. Será que Niki tentou falar comigo no rádio? Será que aconteceu algo? Ou eles não souberam chegar aqui?

Ai tudo isso ta me matando? Ainda por cima tenho que ficar suportando essa gás carbônico nesse lugar abafado. Como pode um pé feder tanto? 

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⏰ Última atualização: Jul 13, 2023 ⏰

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Red Sun: De Volta a Terra Dos MortosOnde histórias criam vida. Descubra agora