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HEY BELEZAS! Aqui vem mais um capítulo lindo que eu não gosto muito, mas acho que vocês vão gostar (pelo menos espero que sim). Anyway espero que gostem! Love you all 💋

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JACK

- Bec-

- Nem fales comigo. - afirmou.

- Mas Becks... - proferi sentindo o meu coração partir-se com a sua afirmação anterior.

- Jack, não tens nada a ver com o que eu faço. - retorquiu voltando ao assunto que a levou ali.

- Eu sei, mas-

- Mas o quê? Pensaste que podias gozar comigo outra vez? Pensaste que podias fazer tudo o que querias? Pensaste que iria ignorar tudo pelo que me fizeste passar? - perguntou elevando um pouco o seu tom de voz.

Doía ouvir todas aquelas palavras da sua boca, mas doía ainda mais saber que eu a tinha feito sofrer.

- Eu nunca quis gozar contigo. - proferi honestamente.

- Então porque deixaste de falar comigo de repente? Porque é que me ignoraste? - perguntou e pude ver os seus olhos a formarem lágrimas. - Eras o meu melhor amigo, Jack! - elevou novamente o seu tom de voz.

- Não foi assim... - proferi tentando manter-me calmo e explicar-me devidamente.

- Ai não?! - gritou. - De um dia para o outro deixaste de me falar! Sem uma única explicação! Passamos de melhores amigos a nada! - gritou novamente. - O que é que eu fiz?! - O quê?

- Como assim "O que fizeste?"? Tu não fizeste nada. - retorqui.

- Fartaste-te de mim. Foi isso? - perguntou deixando, finalmente, cair as tão esperadas lágrimas dos seus olhos.

- Não, não, não. - proferi aproximando-me dela. - Não foi nada disso! A culpa não é tua! - proferi.

- És um idiota! - gritou, atingindo o meu braço com a sua mão. Com força. - Como é que eu posso gostar de um idiota?! - perguntou a si própria enterrando a cara nas suas delicadas mãos, sentando-se no chão de seguida.

- Becks...

- Deixa-me, Jack! - gritou. - Deixa-me sozinha. - proferiu continuando a chorar. - Não te quero obrigar a estar comigo, por isso tu podes ignorar-me para o resto da tua vida, apesar de me magoar. - proferiu enterrando novamente a sua cara nas mãos, provalmente a chorar mais.

- Becks, não chores. - proferi e envolvi o seu corpo nos meus braços num abraço, supostamente, protetor.

Inicialmente, ignorou o meu abraço, mas acabou por desistir e envolveu os seus braços na minha cintura, abraçando-me de volta.

Aquele abraço sabia bem.

Sentia o meu coração um pouco mais acelarado que o habitual, sentia a minha t-shirt a ficar molhada com as lágrimas de Becks que eu causei, mas nada disso importava, porque tinha-a nos meus braços. Tal como sempre quis.

- Desculpa. - proferi.

- Isso não chega, Jack. - proferiu largando-me e afastando-se.

- Eu sei. - murmurei sem ter a certeza se ela ouviu ou não.

- Eu quero uma explicação. Tu prometeste, lembraste? - perguntou. Honestamente lembrava-me perfeitamente desse dia. - No dia em que me puxaste para o armário do contínuo e prometeste que me darias uma explicação? - E quando quase te beijei.

- Como poderia esquecer? - perguntei retoricamente. - Mas tens razão. Mereces uma explicação. - Ela encarou-me e eu soltei um longo suspiro numa tentativa de me acalmar e de me preparar para o que estava prestes a dizer.

- Não me vais dizer, não é? - perguntou retoricamente. - Porque é que eu pensei que desta vez iria ser diferente? Sou mesmo idiota. - retorquiu irritada e dirigiu-se à porta, mas eu agarrei o seu pulso para a impedir. - Larga-me! - gritou.

- Não! Ouve-me! - elevei também o meu tom de voz.

- Larga-me! Eu não quero ouvir nada! Estou farta! - voltou a gritar. - Só me fazes sofrer! Deixa-me! - gritou numa tentativa de se "soltar".

- Becky ouve-me! - gritei, falhando na tentativa de ficar calmo. Larguei o seu pulso e olhei-a nos olhos. - Sabes que mais? Queres sair, então sai, mas a partir do momento que saíres, sais também da minha vida. - retorqui já farto de tudo que, ironicamente, fui eu que causei.

Eu não quero que ela saia por aquela porta. Eu não quero que ela saia desta sala. Eu não quero que ela saia da minha vida.

- Jack... Apesar de tudo o que fizeste, eu não consigo simplesmente sair da tua vida. - proferiu num tom irritado. - Tu achas que é assim, não achas? - perguntou com um riso sarcástico. - Tu achas que podes entrar e sair da vida das pessoas quando que-

Interrompi-a colando os nossos lábios num beijo calmo.

Inicialmente, não retribuiu, mas, mal envolvi as minhas mãos na sua cintura, retribuiu-o.

Pedi passagem e, para meu espanto, ela permitiu e envolveu o meu pescoço com as suas mãos.

Só queria ficar assim para sempre. Com os seus lábios nos meus, tê-la nos meus braços para sempre e ter este beijo para sempre.

Ela parou o beijo e largou-me rapidamente.

- O que pensas que estás a fazer? - perguntou retoricamente num tom irritado. Eu sabia que ela não sentia o mesmo.

- Desculpa. - proferi desviando o olhar do seu rosto.

- Não, não peças desculpa. - O quê? Esta rapariga só me confunde. - Ai, tu até me confundes a mim própria! - gritou frustrada.

- Becks, eu... Eu afastei-me de ti, porque... Porque eu me apaixonei por ti. E eu não queria estragar a nossa amizade porque pensei que era impossível alguém como tu, alguma vez na vida gostar de alguém co-

Fui interrompido por uns lábios nos meus. Ela beijou-me. A Becky está-me a beijar.

Retribuí imediatamente o beijo e agarrei novamente na sua cintura. Desta vez o beijo ficou mais intenso e encostei-a contra a parede.

- Merda. - ouvi-a murmurar. - Para com isso! - exclamou afastando-se de mim deixando-me, mais uma vez, confuso.

- Com o quê?

- Com isso! De me dar sempre a volta! Para de ser tu! - gritou.

- Eu não consigo parar de ser eu, Becks. - retorqui com uma gargalhada.

Ela encarou-me e sorriu. Voltei a agarrar a sua cintura envolvendo-nos num abraço.

- Odeio-te. - murmurou com uma gargalhada baixa, pensando que eu não a tinha ouvido.

Cold Hearted · j.g ✔Onde histórias criam vida. Descubra agora