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Desculpem pelo capítulo ser pequeno!

Boa leitura!

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Jack

Ali estava ela. Deitada por baixo de mim com o seu olhar no meu.

Aqueles olhos castanhos penetravam nos meus como se estivesse a tentar ler os meus pensamentos. 

Aproximei os meus lábios dos seus e olhei novamente para os seus olhos para "pedir permissão". 

Agarrei, involuntariamente, os seus pulsos com um pouco de mais força, enquanto os meus lábios se aproximavam dos seus.

Os nossos narizes estavam em contacto e decidi quebrar, de uma vez por todas, o espaço existente entre os nossos lábios.

Raspei os meus lábios nos seus, como faço sempre e...

- Jack, a Becky... - interrompeu o meu pai entrando no quarto, mas depressa se calou quando nos observou. - Oh, desculpem. - Que nervos!

- Pai, espera! - levantei-me da cama e segui o meu pai que havia parado no corredor. - O que ias dizer?

- Se a Becky queria dormir cá, mas acho que já está fora de questão.

- Pai, eu não sei o que aconteceu. Estavamos a jogar FIFA, depois ela perdeu e fez uma vénia irónica, eu agarrei-a nos pulsos e caímos na cama. - expliquei.

- Parece-me que sabes muito bem o que aconteceu. - constatou. Fez uma breve pausa - Becky? - voltou a entrar no meu quarto.

Eu segui a sua ação e, ao entrar, avistei uma Becky sentada desajeitadamente na cama e um tom avermelhado nas suas bochechas.

Ela é simplesmente adorável.

- Sim, Sr. Gilinsky?

- Já está a ficar tarde e eu e a Katherine pensámos em convidar-te para dormires cá.

- Oh não, obrigada. Já fizeram muito em deixar-me cá jantar!

- Não custou nada. E podes dormir cá de qualquer das maneiras. Nunca nos incomodaste. - espero bem que ela se deixe de teimosias e aceite.

- Mesmo assim, é melhor recusar. - afirmou dirigindo o seu olhar na minha direção.

(...)

- Obrigada pelo jantar, mais uma vez. - agradeceu aos meus pais.

- Não tens nada que agradecer! Sabes que és sempre bem vinda! - sorriu.

- Obrigada, Katherine. Obrigada, Sr. Gilinsky. - sorriu.

Nunca percebi o porquê do meu pai não deixar a Becky trata-lo pelo primeiro nome.

Nós conhecemo-nos quase desde que nascemos!

- Podes chamar-lhe David.

- Ou então podes chamar-me Sr. Gilinsky. - retorquiu num tom rude.

Reparei que Becky ficou sem saber o que dizer, então fui em seu auxílio.

- Eu acompanho-te à porta. - ambos nos dirigimos à porta. Enquanto passávamos no pequeno corredor da entrada, agarrei a sua mão e entrelacei os nossos dedos. Quando, finalmente, chegámos à porta, ela virou-se para mim (sem largar a minha mão) e esboçou um pequeno sorriso. - Desculpa pelo meu pai.

- Não há problema. Eu sempre soube que ele era protetor. - olhou-me nos olhos.

- Verdade. - constatei.

- Obrigada por me teres convidado para vir.

- Obrigado eu! - gargalhei. - Podes vir sempre que quiseres. - retorqui num tom mais sério.

- Obrigada. - sorriu e deixou um suave beijo no meu rosto. - Boa noite, G. - e com isto, abriu a porta e entrou no carro da sua mãe deixando-me à entrada de minha casa a processar tudo o que aconteceu desde o final da tarde até agora.

Cold Hearted · j.g ✔Onde histórias criam vida. Descubra agora