❛Eles dizem que esse sαo os αnos de ouro mαs eu gostαriα de poder desαpαrecer, o esmαgαmento do ego é tαo severo. Meu Deus, é brutαl αqui forα. ❜
𝘉𝘳𝘶𝘵𝘢𝘭, 𝘖𝘭𝘪𝘷𝘪𝘢 𝘙𝘰𝘥𝘳𝘪𝘨𝘰
LOGAN
Viver com meu pai era exaustivo, irritante e muito perturbador, ter minha vida questionada de uma hora para outra é de fato a coisa que eu mais odiei nisso tudo.
Quando morava com minha mãe eu podia fazer tudo que eu quisesse e na hora que eu quisesse, mesmo com suas reclamações e olhares tortos, eram reclamações que não eram tão invasivas quanto as do meu pai é hoje.
Quando comecei a fazer minhas tatuagens minha mãe quis me matar, dizia que eu era novo demais para desenhar no meu corpo e que eu me arrependeria, mas isso foi só durante as primeiras tatuagens, com o tempo ela foi se adpatando com meu jeito.
Chegou um tempo em minha vida que comecei a fazer tudo, sair para beber com os amigos e voltar só no outro dia, me tatuar onde e quando quiser, encher a cara sem preocupações com nada, e isso era oque eu tinha de melhor na minha vida com ela.
Sem falar na nossa relacao de mãe e filho, embora eu fosse rebelde e fizesse tudo contra sua vontade, nunca deixei de dar orgulho para minha mãe, como por exemplo, encerrei o ensino médio, mergulhei de cara em alguns trabalhos para conseguir um dinheiro extra e ajuda-lá dentro de casa, já que o cuzão do meu pai não mandava nem metade do que eu precisava.
Desde muito novo sempre foi eu e ela, quando minha mãe descobriu a gravidez indesejada resolveu não contar para ninguém e nem assumir quem era o pai, já que na época meu pai era um homem bem sucedido e rico, ela acreditava que ele não fosse querer mais do que uma noite com ela e ninguém acreditaria que não era por interesse, a mulher que fazia serviços limpando casa, de repente engravidou de um ricasso.
E estava certa, meu pai era um verdadeiro mulherengo na flor da idade, com seus vinte anos ele só queria saber de curtir e pegar o máximo de mulheres que conseguisse, já que a fortuna incontrolável da sua família o permitia um futuro digno e sem preocupações.
Então minha mãe me criou sozinha, sem ajuda e muito menos dinheiro de ninguém, eu cresci sem saber quem era meu pai pelo menos até meus dez anos de idade, e pouco me importava, eu sabia que minha mãe fazia de tudo para mim e era a única que se importava realmente comigo.
Por que motivo fodido eu ligaria para ter um pai?
Mas o destino parecia me preservar outras coisas, quando meu pai descobriu que tinha um filho perdido, ele assumiu as responsabilidades e bancou meus custos, pelo menos até meus quinze. Depois disso ele passou a mandar uma merreca que quase não dava para nada.
O fato dele ser rico e negar sustentar o filho de uma forma digna só fez com que meu ódio por ele aumentasse, eu queria ele longe de mim a todo custo, e mais uma vez o destino me pregou uma peça.
Quando minha mãe ficou doente vítima de câncer no estômago, achei que fosse uma fase difícil e que logo passaríamos juntos, mas meu mundo desabou quando ela se foi, morreu, me deixando sozinho nesse mundo com o infeliz do meu pai. Eu era um garoto solitário e menor de idade, minha guarda foi transferida para o meu pai, que foi obrigado a cuidar de mim.
Hoje ele diz que tem orgulho de me ter como filho, que assumiu o papel de pai sem hesitação mas eu não acredito nenhum pouco nesse papo, se ele fosse mesmo um pai foda teria procurado me ajudar quando passei por situações difíceis com minha mãe, dentro daquele barraco que chamávamos de casa, simplesmente por não ter condição de pagar algo melhor. Ele vim me falar que fez papel de pai só comprova o quão mentiroso ele é.
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