❛ Elα estα em quαlquer lugαr dα minhα mente, nαo vou deixαr minhα mente pαrtir, eu tomei demαis, nαo me deixe dirigir prα lugαr nenhum, mαntenhα seus olhos nos meus e se você quiser te contαtei mentirαs, dizendo que sou seu prα todα vidα ❜
𝘈𝘢𝘳𝘺𝘢𝘯 𝘚𝘩𝘢𝘩, 𝘙𝘦𝘯𝘦𝘨𝘢𝘥𝘦
𝘓𝘖𝘎𝘈𝘕
Acho que em toda minha vida nenhuma garota me disse aquelas palavras, nunca confessou me amar, ou pelo menos não com a sinceridade que a Megan demonstrava. Afinal eu nunca permiti que isso acontecesse, sempre dei fim aos meus casos antes que pudesse criar sentimentos.Nunca quis gostar de alguém, nunca quis escutar um eu te amo de alguma garota, por que sabia que seria incapaz de retribuir. Mas naquela noite, eu não me senti culpado por escutar aquelas palavras, na verdade algo dentro de mim ascendeu de forma repentina.
Semelhante a uma esperança de que um dia eu fosse amado e conseguisse amar alguém, essa sensação somente Megan era capaz de me fazer sentir. E mesmo que meu corpo estivesse gritando para retribuir as palavras, a falta de reação me deixou paralisado.
Simplesmente todos os problemas pareceram sumir quando ela disse que me amava, por que obviamente eu não precisava me preocupar com mais nada, somente com a minha garota me dizendo que me amava.
― Oque disse? ― engoli em seco, com medo de ter entendido errado ou Megan ter se arrependido de me dizer aquelas palavras.
Pelo seu olhar preocupado e desesperado ela parecia não ter tido controle sobre suas próprias palavras, e eu estava esperando ansiosamente que ela não retirasse oque disse nos próximos segundos.
― Não era pra isso ter saído em voz alta ― Megan comentou envergonhada e abaixou a cabeça, tentando fugir do meu olhar.
Parecia que manter aquela distância entre nós dois era pecado, então sem muito pensar levantei o queixo de Megan na intenção de fazê-la me encarar, precisava estudar seus olhos, por que era com eles que eu tirava as conclusões.
Megan não sabia fingir ou muito menos esconder seus sentimentos como eu tinha maestria em fazer, e naquele momento tudo que eu conseguia ver em seus olhos era sinceridade. Não arrependimento.
Fiquei mais aliviado quando percebi que ela tinha sido sincera, e estava vermelha por ter me confessado aquilo em voz alta. Naquele instante tudo pareceu desaparecer em minha volta, a música alta simplesmente sumiu, a dor de cabeça que me perturbava desde cedo pelo excesso de álcool também sumiu. Eu só conseguia pensar e repassar as palavras de Megan na minha cabeça.
Ela me amava.
Porra, eu não podia simplesmente fingir que aquilo não tinha acontecido, não tinha como.
A única coisa que se passava na minha cabeça era beija-lá, e eu sabia que iria me arrepender amargamente de fazer aquilo, mas não estava preocupado. Quebrei toda a distância que nos restava e tomei os lábios de Megan com os meus, ignorando completamente as vozes que assombravam meu subconsciente me dizendo o quanto aquilo era errado.
Se era tão errado, poderíamos errar por uma última vez.
Megan tentou se afastar no primeiro momento, suas mãos empurraram sutilmente meu peitoral quando sentiu meu lábios se juntando com os seus. Mas após cinco segundos ela pareceu perceber que queria aquilo tanto quanto eu, e subiu suas mãos para meu pescoço, tomando as rédeas do beijo.
Quando tive sua permissão para continuar, agarrei Megan pela cintura e a subi em meu colo, mantendo ela em meus braços conforme nosso beijo se intensificava. Megan prendeu seus dedos pequenos em meio aos fios do meu cabelo e enfiou sua língua dentro da minha boca, com muita sede ao pote e como se estivesse esperando ansiosamente por aquele momento.