Capítulo 5

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Natal é quando se
Ascende no coração
as luzes do amor,
Da paz e do perdão.
Feliz Natal.


Procuro saber como está tudo e a responsável pela organização me garante que está tudo nos conforme.

– Minha querida, achei você – sou surpreendida pelo Dr. Elio com uma orquídea azul direcionada a mim. Olho para ele sem entender. – É para você. Aceite, é uma forma de agradecê-la pelo o que fez.

– Dr . — Fico sem graça pelo presente.

– Sem o Dr. Apenas Élio. — Sinto minhas bochechas pegarem fogo pela vergonha.

– Élio, Obrigada. Eu que agradeço por me ajudar a fazer o natal destas crianças mais felizes. — Digo e olho ao redor, e vejo todos sorrindo e felizes.

– Posso agradecer também vovô? – escutamos a voz da pequena Bia e nos viramos. Ela em pé vestida com vestido vermelho e uma faixa branca com o laço vermelho.

– Claro que pode minha querida. – fico a sua altura e os seus olhos estão brilhantes como a noite e novamente o meu coração enche de alegria ao vê-la assim. Ao seu lado está Barbara sua enfermeira também toda arrumada.

Conversamos e damos umas boas risadas até chegar a sua tia e o Pai dela.

– Olá, boa noite a todos – seu timbre de voz faz aquele corrente elétrica percorrer meu corpo novamente. Aperto o vaso da orquídea como se fosse minha tábua de salvação.

Respondemos todos juntos e tento disfarçar olhando para Mirna contando história para um grupo afastado.  Ela percebe o meu jeito e seus olhos brilham e faz sinal de joinha e aponta para o Fernando.

Reviro os olhos e volto minha atenção para a Bia que no momento está recebendo um beijo do pai e um presente.

– E agora quero agradecer a está moça que nos trouxe luz para nossas vidas nesta data tão linda. Você, Amanda. — Congelo com suas palavras.

Onde posso me esconder? Ele está falando diretamente para mim. Olho ao redor e todos estão sorrindo.

– De nada, Fernando – estico a mão. Contudo, sou puxada para um abraço, fico desajeitada e não sei como responder ao seu toque no meio de tanta gente.

– Você está muito linda – fala em meu ouvido e depois me solta sorrindo como se nada tivesse falado.

– Pai, o senhor bem que poderia namorar a Amanda.– Bia solta de repente nós pegando desprevenido.

Fico de todas as cores possíveis. E ele? Continua com o sorriso de lado para me matar de vergonha.

É sério, onde posso me esconder.

– Minha neta, vamos falar com as outras pessoas que você já falou demais. – ele pisca para nós e vai saindo com ela.

– Vô, mas eu disse algo de errado.

Não escutamos sua resposta, apenas sorrimos e seguimos atrás.

Tento disfarçar a situação procurando o meu irmão e quando vejo já puxou a Júlia para conversar e comer algo.

— E você não vai falar nada de como estou vestindo? — Escuto a voz dele novamente ao meu lado.

— O..i..?

O que deu em mim para parecer uma adolescente de repente?

— Não fique assim perto de mim, Amanda. Eu sei o que sente por mim e é o mesmo que sinto por você.

Olho para ele e novamente fico sem palavras. O que acontece com os homens dessa família que vai direto ao ponto. Ou melhor, o Roberto falou alguma coisa para ele.

— Fernando, juro que não sei o que está falando — finjo não saber o que ele falou.

— Amanda, sei que nós vimos poucas vezes. Mas foram o bastante para acelerar o meu coração que nunca sentiu isso por ninguém.

Gente, ele é maluco. Só pode.

Vamos lá, eu sinto essa conexão. Mas assim de cara?

O meu coração nesse momento parece uma escola de samba. Sinto o suor escorre pela coluna, tudo ao nosso redor some e parece que só tem nós dois aqui.

Como isso aconteceu tão rápido? Só pode ser um milagre de natal.

— Você deve estar emocionado com tudo o que está acontecendo. É natal e é normal — sorrio sem graça.
Sei que estou me sabotando.

— Eu sei exatamente o que estou sinto. E nesse momento eu quero tirar você daqui e conversar em outro lugar mais reservado — fecho a cara e ele percebe. — calma, não é nada do que está pensando — balança a cabeça e enfia as mãos no bolso da calça. —É só...droga..desculpa, Amanda.

Percebo que assim como eu, ele também está nervoso.

— Ok, Fernando. Vamos fazer o seguinte. Hoje é natal, vamos curtir com as nossas famílias e depois a gente conversa, pode ser?

Não sei de onde tirei isso. Mas só sei que precisava.

Ele rir balança a cabeça e fecha os olhos constrangido.

— Certo, eu comecei mal confesso. Peço desculpas.

— Sim começou e foi bem assustador.

Concordo com ele e caminhamos para próximo ao meu irmão e irmã dele.

—Fê, vem cá — a Júlia acena com a mão para ele toda sorridente. O meu irmão ao seu lado está todo bobo.

— Oi, Jul, diga.

— Eu acabei de ter uma ideia. De passarmos a passagem do ano lá em casa. Todos nós — Ela diz e da pulinhos.

— E já falou com o papai sobre isso?

— Mas é claro que não. E nem precisa, do jeito que ele está cansado. Vai adorar ter todos reunidos.

— Jul, você falou certo. Ele está cansado — Fernando frisa bem para ela que nem liga para o que o irmão fala.

— O Vini já aceitou o meu convite. — enlaça o braço no meu irmão.

Vini?

Olho para ele e levanto a sobrancelha e ele apenas sacode os ombros. Eu reviro os olhos e vejo que a família é toda intensa.

Estou vendo que muita coisa promete nessa passagem de ano.

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⏰ Última atualização: Jan 30, 2023 ⏰

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