Acordo co um cheiro forte e faço uma careta, me sento na cama e olho para Yohan que está sentado ao meu lado, piso olhando para ele que sorri.
- Oi - ele diz e suspiro
- Não foi um sonho? - sussurro.
- Não.
- Ain - me jogo para trás na cama e ele ri.
- Nos vamos ser bons para você, eu prometo.
- Não quero im relacionamento - falo irritada.
- Tá bom, mas ainda assim a gente vai cuidar de você - ele diz e faço careta - Nunca mais vai estar sozinha - ele fala e fixo em silêncio por um bom tempo, ele fica me encarando.
- Sinto muito - digo e ele franze a testa - Por tudo que ye aconteceu.
- Tudo bem - ele sorri - Faz tempo, não importa mais - olho para o lado e não encontro Liya , me levanto da cama em um pulo - Calma, ela esta com Ilyan.
Olho para ele e saio do quarto, quando chego na sala encontro Ilyan dando alguma papinha para Liya que sorri para ele com aqueles dentinhos fofos, ela olha para mim e murmura "mamã" e continua comendo enquanto renta enfiar a mão no potinho.
- Oi, como você está? - ele me pergunta e me sento no sofá, ao lado de Liya que finalmente consegue colocar a mão dentro do potinho e pega um punhado do que agora sei que é bacana amassada.
- Bem - respiro fundo olhando minha filha comer.
Isso é uma loucura.
...
Duas semanas depois e eu me sinto estranhamente acostumada com os dois, eles são atenciosos e muito amáveis com minha filha. Eles me ajudam muito, quando os móveis do quarto de Liya chegaram eles fizeram questão de me ajudar, me fizeram expulsar Vitor e negar a ajuda dele, e eu o fiz porque eu gosto da atenção que recebo deles, é estranho e confuso mas eu nunca fui tratada assim por homem algum, e eu gosto.
Minha casa agora parece uma casa de verdade, tem televisão, Internet, eu tenho notebook e celular, além de tv a cabo e muitas, muitas fotos da minha filha espalhadas pela casa. Em cada canto dessa casa eu vejo meus pais e é muito difícil saber que eles se foram, eu não me despedi e eles ficaram me esperando por anos, quando eu vim para cá tudo que eu queria era o abraço da minha mãe é o beijo na testa do meu pai.
Eu fui uma péssima filha.
Apesar se eu gostar da presença dos dois, eu não poderia deixar Vitor de lado pois ele é um bom amigo, apesar de todas as piadas sem graça que ele ama contar e é por isso que agora nós dois estamos jogados no sofá com um pote enorme de pipoca no colo enquanto assistimos filmes antigos, Liya está dormindo lá em cima e deixei os dois bonecos lá.
- Sabe de uma coisa - Vitor atrai minha atenção - Eu acho que preciso transar - fala e dou risada.
- Está com as bolas roxas é?
- É - ele faz uma careta e dou risada - Tem uma mulher super gostosa que frequenta minha loja e eu queria foder com ela.
- E por que não faz? - pergunto enchendo minha bica de pipoca.
- Eu acho que ela acha que sou gay - fala e dou risada oque me faz engasgar.
- Porque?
- Não sei, é o jeito que ela fala comigo e talvez o fato dela ter me pegado no colo de Josh o entregador tenha feito algo nessa ideia - ele fala e caio na gargalhada me jogando para trás no sofá.
- Porque você estava no colo do entregador?
- Ah... eu estava meio bêbado e tropeçou em uma caixa e cai em cima dele, por isso não se deve trabalhar virado - faz cara de nojo no início e no final da fala faz uma cara estranha e feia.
- Você é muito estranho - dou risada e ele bufa.
- E você desempregada - ele joga pipoca em mim.
- Aí, doeu - paro de rir e coloco minha mão no peito - Muito engraçado você, filho da puta.
- Oh magoei foi? Tadinha tadinha - ele abra os braço e vem me abraçar - Vem aqui, minha preta - ele me aperta e grito tentando o empurra
- Solta porra - o empurro e ele ri quando cai no chão - Besta.
- Aqueles bonecos já estavam ali - ele franze a testa e olho para a escada vendo os bonecos em cima dela e virados para nós.
Cretinos.
- Não lembro - semicerro meus olhos para os dois - Ignora - volto a me sentar e comer.
- Eles me assustam um pouquinho - ele faz careta e se levanta vindo para o sofá - Falando em assustar, os dois caras pelados voltaram?
- Você nunca vai esquecer isso não é?
- Não.
- Besta.
- Vem cá, a gente bem que podia foder né? - pergunta com a maior cara lisa.
- Não - nego com a cabeça fazendo careta.
- Porque não? Eu sou um gostoso e sei foder muito bem.
- Prefiro você como amigo.
- A gente pode ser amigo colorido.
- Tá na vontade mesmo, hein meu filho - comento e ele ri.
- Eu não sei ser solteiro - ele solta do nada com cara de enterro - Minha namorada me traiu, que vida cruel - ele choraminga.
- Eu tenho tido sonhos eróticos - falo e ele me olha arregalando os olhos.
- O que? - eu olho para ele e então para os bonecos na escada, chego mais perto dele e sussurro em seu ouvido.
- É estranho, eu nunca sonhei com esse tipo de coisa mas agora esse dois caras não saem da minha cabeça e eu sempre acordo molhada.
- Eles são gostosos? - ele sussurra de volta.
- Você é gay não é? - pergunto e ele ri.
- Não, é só que a sua vida é tão mais interessante que a minha.
- Eles são e nossa como fodem bem mas nunca chega no final - faço careta e ele bufa uma risada - Acho que vou estrear meus brinquedos.
- Porque que a gente está sussurrando? - ele pergunta e dou risada.
- Não queria que ninguém escute.
- Mas só tem a gente aqui maluca, eu hein - ele volta a falar normal e ri balançando a cabeça.
- Preciso de um emprego.
- Pode trabalhar na loja de brinquedos sexuais que fomos aquel dia, precisam de uma atendente e caixa.
- Sério?
- Uhum, a loja é de uma amiga e ela me contou, você é bonita e educada - ele dá de ombros - Eu te viajaria Lara minha loja mas não preciso de mais funcionários - ele suspira - Eu posso demitir alguém e te dar o emprego..
- Não - dou risada - Eu não conseguiria dormir com isso.
- Já não dorme com seus sonhos molhados não é?
- Cala a boca - jogo uma almofada em seu rosto e ele ri.
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Ilyan & Yohan
RomanceMayleen Leroy teve uma ótima infância, era uma criança feliz e amava muito seus paus, assim como eles a amavam muito. Mas então ela conheceu o homem que achou ser o amor da sua vida, ele era gentil, amoroso e romântico e fez com que ela brigasse com...