CAPÍTULO 15

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- Me devolva Vitor - Ilyan manda irritado mas Vitor só faz rir enquanto corre pela casa com Liya no volto, minha filha solta altas gargalhadas - Ela é minha filha - ele grita e sinto meu coração disparar  já faz semanas que ele é Yohan passaram a ...

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- Me devolva Vitor - Ilyan manda irritado mas Vitor só faz rir enquanto corre pela casa com Liya no volto, minha filha solta altas gargalhadas - Ela é minha filha - ele grita e sinto meu coração disparar  já faz semanas que ele é Yohan passaram a chamar Liya de filha e a pequena garota entrou na onda porque toda hora é papai pra cá e papar pra lá.

- Bla bla, filha  bla bla - Vitor faz uma voz enjoada - Eu sou o tio Vitor e eu sou mas legal não é? - ele pergunta para Liya parando no meio da sala e Ilyan para também.

- Vipo - Liya grita e dou risada.

- Vitor - ele grita e me lembra o personagem de meu malvado favorito, Ilyan revira os olhos enquanto Yohan bufa.

- Eh - ela grita e dou risada então os três patetas só faltam babar.

- Essa briga toda mas o preferido sou eu - Yohan sussurra em meu ouvido e solto uma risadinha.

Quando confessei o amava os dois a magia que os fazia voltar a ser bonecos desapareceu, e só descobrimos isso porque Vitor entrou na minha casa sem bater e deu de cara com os dois brincando com Liya no chão da sala, e então foi uma gritaria só porque os dois cismaram que iam puxar os cabelos dele que corria pela casa aos gritos fazendo Liya rir e nossos vizinhos virem ver oque está acontecendo, com nossos vizinhos eu quero dizer que Belina veio fofocar e a cara dela me fez rir..

- Oi - Afrodite entra com Belina e Frédéric logo atrás  hoje é domingo e dia de almoço juntos.

- Ah fofurinhas da tia - falo vendo Blanca e Eric andando até mim - Aí que lindos meus amores - eu os abraço e eles me dão beijinhos molhados.

- Titi - Liya solta um gritinho e estende os bracinhos para Frédéric que não se demora em pegá-la.

- Oi garota - ele beija a bochecha dela.

Passamos o domingo em meio a conversas e risadas, as crianças sendo o centro de tudo, os homens entram em uma conversa estranha sobre maldições e eu fujo para a cozinha vom as meninas para fofocas da disposição sexual deles.

Na segunda o dia vomeca animado, com Liya pulando em cima de mim para me acordar e café na cama. Deixo ela na creche e Yohan e Ilyan vão com Frédéric para um trabalho, eles começaram a trabalhar juntos e nem quero imaginar oque estão fazendo. Era umas três da tarde quando me ligaram da creche.

- Alô - atendo enquanto arrumo uns chicotes que os clientes tiraram do lugar.

- Maylen, Liya se engasgou, chamamos a ambulância enquanto uma cudadora fazia os procedimentos médicos ela está indo hospital agora, sinto muito mesmo eu... - paro de ouvir o que ela fala e corro em dispara para pegar minha bolsa.

- Que hospital? - ela me diz o nome e nem espero falar mais nada enquanto explico para Morgada que me leva até o hospital deixando Matheus na loja.

- Vai ficar tudo bem - ela tenta me acalmar quando chego desesperada na atendente.

- Anda logo - grito com a atendente que me olha compreensiva e finalmente me fala qual andar tenho que ir.

- Ah meu Deus, você chegou - Alice vem até mim - Ela colocou um brinquedo na boca mais ele estava quebrado e ninguém percebeu, sinto muito, eu sinto muito.

- Tá tudo bem - coloco a mo em seu ombro olhando em volta - Onde está o médico?

- Familiares de Liya Leroy - me aproximo com as duas atrás de mim e pelo canto do olho eu vejo Vitor se aproximando - Sua filha parada cardiorrespiratória - ele fala e sinto minhas pernas fraquejarem mas braços fortes me seguram e não preciso olhar para saber que é Vitor - Quando isso ocorre com uma criança ou bebê eles  desenvolvem uma lesão cerebral grave por conta da necessidade de oxigenação que uma criança tem. Portanto, ela precisa ficar em observação para o caso de possível sequela neurológica.

- Mas ela... ela vai ficar bem não é? Ela vai né? - minha lágrimas começam a cair - Doutor por favor - sinto meu coração se despedaçar pela forma que ele me olha.

- É muito difícil um bebê da idade dela não ter uma sequela depois de ficar cinco minutos inteiros sem respirar - minhas pernas finalmente perdem a força e eu me abaixo para o chão.

- Me solta, me solta... não me toca, eu... não me tocar agora por favor - me afasto das mãos de Vitor sentindo os olhos de muita gente em mim, eu me sento no chão soluçando - Ah meu Deus, meu...

- Eu sinto muito... - o médico continua a falar mas eu só consigo pensar que a infância da minha filha foi arruinada, que ela não vai ter uma vida normal porque uma sequela neurológica não é uma coisa básica, ela só se engasgou... só se engasgou e toda a vida dela tomou outro rumo por isso.

Entro no quarto dela e soluço ao vê-la com queres negócios nela, porque ela precisa de ajuda para respirar? O médico me explicou mas eu não consigo lembrar, me sento na poltrona ao seu lado e seguro sua mãozinha.

- Oi filha - beijo sua palma sentindo as lágrimas quentes rolarem por meu rosto - A mamãe tá aqui, vai ficar tudo bem.

Ela estava roda sorridente hoje de manhã, correndo pela sala e dançando uma musiquinha infantil e agora... fecho meus olhos tentando parar as lágrimas mas elas continuam vindo, e se ela não ficar bem? E se... espera aí, Fênix, ah meu Deus. Eu saio em disparada do quarto, Alice já foi embora para falar como estão as coisas para a diretora da creche e somente Vitor está aqui pois aguem roubou a loja e Morgana teve que ir lá, ele se levanta quando me vê.

- Oque foi? - pergunta assustado, os olhos e a ponta do nariz vermelho.

- Me leve para casa.

- Oque? Porque?

- Sem perguntas só me leve para casa - mando irritada e saio andando na frente com ele me seguindo completamente confuso. Vou o caminho inteiro em silêncio, balançando minha perna e sentindo meu coração disparar.

Não.

Não vou deixar ela ter sequelas.

Minha bebê vai ter uma vida saudável.

Quando chego em casa corro para dentro e deixo a porta da frente aberta, vou para meu quarto e tranco a porta, pego de dentro do guarda-roupa uma caixinha branca, retangular e pequena, tiro a pena dourada dali de dentro e me sento na cama apertando a pena contra meu peito.

- Por favor, disse que me ajudaria se precisasse então por favor... me ajude - as lágrimas rolam por meu rosto, pego o isqueiro que tinha na caixinha acendo e então coloco na pena fechando meus olhos e pensando nela, só abro meus olhos quando sinto a ponta de meus dedos queimando e então largo o que restou da pena.

E agora?

Ilyan & YohanOnde histórias criam vida. Descubra agora