Cap. 3 - Bruce

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E é aqui que a minha história com Bruce Wayne começa...

Naquele dia que ele me buscou na praça, não disse nada. Apenas pegou um de seus casacos e me vestiu com ele. Ele era igual ao Batman, muito calado. Então resolvi ligar o som do seu carro, para amenizar um pouco o clima. Sorri para ele e ele me devolveu uma puxar de lábios.



- Aonde vamos? - me perguntou.

- Disse para ligar, caso eu queira beber alguma coisa.



Ele me pareceu ficar em dúvida, com o que eu acabei de dizer. é como se ele soubesse de alguma forma o que aconteceu comigo a pouco tempo atrás. Mas não desviou do caminho, visto que ele estava me levando para a sua mansão. Tá aí um cara de atitude. Dica: Se for ter que dar para alguém, esse alguém tem que ser Bruce Wayne, não aceite menos do que isso.


Assim que entramos em sua mansão, um homem grisalho estava nos esperando.



- É um prazer Srta. Quinzel.

- Como você...

- Patrão Wayne, me informou que estavam a caminho.



Isso foi estranho? Por eu não ver em nenhum momento Bruce Wayne pegar o celular e avisar alguma coisa para alguém? Não, porque, afinal, eu estava muito encantado com os detalhes do seu carro desejando um para mim, do que ficar olhando um cara calado pegando o celular e mandando mensagem.



- Fique à vontade Srta. Quinzel.

- Deixa disso, me chama de Harley.

- Creio que não será possível. - disse se retirando do local e me deixando sozinha com Bruce.

- Não ligue para o Alfred. Ele prefere ser bastante cordial. Venha vamos beber. Aconteceu alguma coisa, você estava sozinha na praça.



Esse era um assunto delicado, porque se eu disse o que aconteceu, pode ter certeza que essa noite não vá passar de apenas conversas fiadas e bebidas.

Dica: Não deixe os homens pensarem que você está em choque e vulnerável. Alguns são bonzinhos outros não, vai depender da posição que você se encontra. Por exemplo: Eu não fui totalmente assediada, eu dei uma boa lição também naqueles caras e minha intenção não é vir para a mansão com o gostoso do Wayne e ficar somente nas bebidas.



- Nada demais. Eai? Vamos beber ou não? - digo pegando o martini de sua mão, fizemos um brinde e bebemos.



Ficamos sentados em seu sofá falamos sobre tudo. Sobre e minha vinda para Gotham, sobre o porquê de ele estar ainda preso em Gotham sendo muito rico. Meu sonho de terminar a faculdade e ingressar na área de Psicologia, sobre os seus pais. Tudo...

Em relação aos seus pais ele ficou incerto de dizer sobre o que aconteceu, só dizia como a sua mãe era bondosa e protetora com ele, não posso dizer nada sobre o pai, visto que ele não quis comentar sobre o patriarca da casa. Seu olhar ficou perdido após isso, e como uma boa futura psiquiatra coloquei minha mão na sua perna e apertei, na tentativa de faze-lo entender que não precisava me contar caso ele não queira. Então ele decidiu ficar calado, mas com os lábios ocupados no meu.

Por conta do que aconteceu, nosso beijo era carinhoso e sútil. Um beijo de pena. Então eu logo o afastei.



- Me desculpe, eu não queria...

- Não. Eu quero, mas se formos fazer isso, que seja do jeito certo.



Subi no seu colo, deixando uma perna de cada lado. Ele se endireitou no sofá e colocou as mãos nas minhas coxas.



- Sem beijo de pena. Estamos comemorando.

- O que especificamente?

- Aos grandes traumas que tivemos na infância. Por que se não fossem por eles, não estaríamos nessa situação.

- Com você em cima de mim?

- Comigo em cima de você.


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