Autódromo de Sochi, Sochi, Krai de Krasnodar, Rússia, domingo, 27 de setembro de 2020
Lewis
Lewis foi o primeiro a ver a bandeira quadriculada naquele domingo.
Animado, ele vibrou pela vitória, sendo parabenizado pelo engenheiro e por Toto, no rádio enquanto ia para a área da premiação. E aquela vitória ainda vinha com um bônus: Sebastian Vettel estava fora do pódio e a diferença de pontos entre eles agora era de seis pontos. Lewis tinha tempo de tirar aquela vantagem e se tornar campeão da temporada. Cinco corridas os separavam do final, era possível e Lewis não desacreditava.
Desceu do carro depois de pará-lo onde a placa que indicava o primeiro lugar estava, e subiu no veículo, estendendo as mãos e celebrando, à distância, com a equipe. Não demorou a pular do carro e correr na direção em que estavam todos. Ouvia gritos indistintos de parabéns, "falta pouco", "esse hepta é seu" e coisas do tipo, além de batidas em seu capacete para felicitá-lo.
Retirou a balaclava e o capacete logo que saiu dos braços dos mecânicos e foi até a pesagem, estava eufórico e ansioso por subir ao pódio, no lugar mais alto, e ouvir o hino do Reino Unido, sendo sucedido pelo hino alemão.
Não havia a habitual barulheira de comemoração da Rennen, nenhum dos pilotos tinha ido ao pódio, completado por Charles Leclerc e Valtteri Bottas — que, também, tinha a volta mais rápida naquele dia. Charles fizera uma corrida de recuperação, depois de ser punido por uma segunda troca de câmbio, o monegasco saiu da décima terceira posição e terminou em segundo, ultrapassando os potentes carros da Rennen e da RedBull, até mesmo uma das Mercedes. E teria ultrapassado outra, caso a corrida durasse mais duas voltas.
— Seis pontos separam você e Vettel agora, Lewis, você acha que é possível chegar e tomar esse título do alemão? Ainda faltam cinco corridas, acha que é possível? — o repórter perguntou quando o campeão do dia se aproximou e Lewis sorriu.
Queria responder que, sim, ele achava super possível e que era o que faria, mas não podia — e nem iria — usar um tom tão prepotente naquele cenário e contra Sebastian.
— É a meta — respondeu, sorrindo de forma simpática. — Sebastian é um piloto excelente, tem feito corridas incríveis e está em um carro realmente bom, teremos uma briga boa nesse final de temporada.
— Hoje o carro o deixou na mão, o Sebastian, eu digo. Aquela perda de potência na última volta o tirou do pódio e diminuiu muito a pontuação que ele provavelmente planejava ter, o que te permitiu essa aproximação... Será que é uma amostra do que está por vir?
— É o que eu espero — Lewis brincou, mas torcendo para que fosse a verdade. — Mas essas coisas acontecem, na semana passada foi comigo e essa semana foi com ele, farei o possível para vencer esse campeonato e igualar a marca de Schumacher.
— O céu é o limite — o repórter sorriu. — Parabéns pela vitória, Lewis.
— Obrigado — agradeceu, dando um tapinha no ombro do homem e se afastou para que Charles desse a entrevista.
Parabenizou o mais novo rapidamente e saiu em direção à escada que o levaria ao pódio. Parecia sua primeira vitória na vida, estava eufórico dessa forma.
A corrida, como costumava ser em Sochi, não foi emocionante. Fora o acidente de Kevin Magnussen com Max Verstappen, que tirou os dois ainda no começo da corrida, apenas a escalada de Charles Leclerc tinha sido um grande acontecimento.
Kevin Magnussen tinha conseguido o feito de largar no quinto lugar, logo atrás de Max, mas com três voltas, o dinamarquês foi tentar uma ultrapassagem bizarra e atingiu Max, que rodou e bateu no muro, sem ferimentos graves. Era ótimo que a Rennen tivesse um carro a menos na pista, menos pontos para os construtores, principalmente porque a Mercedes colocou dois carros no pódio.
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On The Start Line
Fiksi PenggemarLewis Hamilton, hexacampeão da Formula 1 pela Mercedes, militante e nunca se cansa de usar sua voz para o que precisa, mas ocupado demais para procurar por um amor. Rosaleen Davies, chefe do departamento de comunicação da Rennen Racing, apaixonada p...