Bakugou estava frustrado. Jogado na cama, ficou lendo e relendo suas conversas com Ochako, esperando que ela desse o ar da graça e o respondesse.
Aquilo nunca havia acontecido. A garota sempre respondia rápido e estava completando duas horas e meia desde que ele a deixou no ônibus e enviou uma mensagem, perguntando se ela havia chegado bem.
Será que algo acontecera?
Bochechas, chegou bem em casa? Bom trabalho pra você.
Amanhã você também vai estar mal humorada? Só pra eu saber. Pesquisa totalmente científica.
Cara de lua, achei um lugar legal pra te levar. Me agradeça depois.
Bochechas? Esta trabalhando?
Estou começando a ficar preocupado e isso não é do meu feitio, caralho.
Uraraka?
Porra, cadê você? Espero que não esteja morta, porque eu vou te matar com as minhas próprias mãos.
Quando terminou de enviar a última mensagem, recebeu uma chamada do número da garota. Respirou fundo em alívio e atendeu.
- Caralho, lembrou que tem a merda de um celular, porra?
- É o Bakugou? Provavelmente sim, levando em conta a quantidade de palavrões que ele consegue pronunciar numa mesma frase.
Ele ouviu uma voz masculina de fundo dizer.
- O que vocês querem comigo? E por quê estão com o celular da Uraraka?
- Aqui é o Dabi. Estamos no hospital com a Ochako. Ela passou mal e desmaiou. Liguei só pra você parar de encher a caixa de mensagens dela, achando que ela está entre a vida e a morte.
- Hospital? Em qual hospital? - Ele perguntou, pensando o pior cenário possível. Dabi mandou o endereço, que ficava ao lado da universidade da U.A., era o hospital universitário e não ficava tão longe de sua casa.
Bakugou desligou a ligação e desceu as escadas rapidamente, calçando seus sapatos na entrada e pegando sua bicicleta quase nunca usada, começando a pedalar.
Não demorou muito a chegar no hospital, largando a bicicleta de qualquer forma no bicicletário e entrando, indo direto pro balcão.
- Uma garota chamada Uraraka Ochako deu entrada aqui?
- Vou checar no sistema, senhor. - A recepcionista começou a digitar no computador, a ansiedade de Bakugou crescendo cada vez mais. - Ah sim. Ela chegou há uns 40 minutos atrás, acompanhada dos irmãos. Está no segundo andar.
- Irmãos?
- Sim, sim.
Okay, aquele não era o momento pra se questionar sobre isso. Ele saiu do balcão e foi para a escada, subindo os degraus de forma vertiginosa. Quando viu os cabelos negros espetados do rapaz que estava de costas, sabia que era Dabi. Caminhou até ele e Hawks foi o primeiro a perceber o garoto ali e beliscou o namorado para que eles saíssem da frente, revelando uma Ochako sentada em uma poltrona, tomando soro com Buscopan composto diluído. Ela estava sorridente, como se não fosse nada e Bakugou esteve próximo de esgana-la e a Toya também.
- Bakugou-kun, por que está aqui? - Ela perguntou, confusa.
- Eu liguei pra ele, mas não esperava que viesse. Haviam muitas mensagens, fiquei receoso dele achar que você foi sequestrada e ligar pra polícia.
- O que caralhos aconteceu?
- Eu desmaiei por causa da cólica que eu estava sentindo. Estava muito forte e eu comecei a "perder" muito sangue. Achei que ia passar logo, mas não passou.
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A chapeuzinho e o lobo mau
FanfictionColocados como dupla para fazer um trabalho escolar, Bakugou e Uraraka descobrem que o amor pode surgir de diversas formas, até mesmo para quem vive na friendzone ou tem a certeza de que nunca será digno de receber tal sentimento. Esse é meu present...