Bakugou estava deitado em sua cama com o grande esquilo de pelúcia ao seu lado. Quem visse aquela cena acharia estar beirando à loucura.
Ele poderia enviar uma mensagem para Mina e perguntar o que deveria fazer a seguir, mas não queria que a garota soubesse de seus beijos com Ochako sem antes conversar com a mesma.
Ochako... Ela o beijou. Ela realmente colou seus lábios nos dele por conta própria.
Isso queria dizer que ela gostava dele também, certo?
— Merda, cara de lua... Por que você não sai da minha cabeça?
Ele abraçou Ochan e segurou o celular, entrando em sua conversa com a garota. Se a chamasse para treinarem seus papéis na casa dos Bakugou, tinha certeza que sua mãe estragaria tudo, afinal, ela estava em casa. E também não queria se convidar para ir até a kitnet de Uraraka. Queria que a própria garota o chamasse para perto.
Mas o que faria se ela realmente o chamasse?
Pensando nisso, Katsuki lembrou do que Ashido havia dito sobre mulheres gostarem de flores, plantas e essas coisas.
Ele podia ir até a floricultura de Dabi e comprar algo, já que era domingo e Ochako não estaria lá. E ele poderia ir até a casa da garota e lhe entregar. Assim ela o convidaria para entrar, eles conversariam sobre o que aconteceu no parque e tudo se resolveria. Claro, se ele não tivesse uma crise de ansiedade que causasse um gatilho em seu transtorno, o que estragaria tudo.
Bakugou odiava ser uma bomba-relógio.
Respirou fundo e saiu da cama. Trocou de camiseta e calçou seus sapatos, indo para o andar debaixo. Seu pai estava sentado na mesa, tomando um café enquanto lia o jornal. Ele levantou os olhos das páginas e fitou o filho.
— Onde está indo? Não vai comer?
— Tô sem fome. Vou andar por aí. — Bakugou mexeu em seu bolso.
— Precisa de dinheiro?
— Não. Eu... Pai, dar flores e essas merdas aleatórias... As mulheres realmente gostam?
Masaru o olhou com um sobrancelha levantada e sorriu de lado.
— Bem, para a maioria serve. Sua mãe é alérgica, então eu nunca realmente dei algo do tipo pra ela.
— A velha sempre tem que ser avessa em tudo, é impressionante. — Ele revirou os olhos e foi repreendido pelo pai.
— Olha como fala da sua mãe, Katsuki. — Ele suspirou. — Enfim, se você quer dar algo assim para uma garota, tenha a certeza de que é algo que a lembre. Que você veja e pensa "nossa, isso me lembra ela". Comprar só pra agradar, todo mundo faz. Mas comprar porque ela habita sua mente em todos os momentos, isso enlouqueceria qualquer mulher.
Bakugou assentiu, pensando bem no que o pai disse. Ele mexeu a cabeça e saiu da casa, entrando em seu carro e dirigiu até a floricultura de Todoroki Toya.
Quando chegou, respirou fundo antes de sair do carro. Esperava que aqueles dois malditos não comentassem com a menina sobre sua visita à floricultura antes que ele tivesse a chance de dar para ela o presente.
Quando passou pela porta, o sininho tocou e Dabi passou pela porta e se apoiou no balcão, vendo seu novo "cliente".
— Bom dia, procurando algo em específico?
Bakugou preferiu ignorar por um tempo. Olhando para as prateleiras, os belos vasos, as flores em jarros com água, tudo tão vivo.
Rosas, lírios, azaléias, violetas, orquídeas, samambaias, peixinhos, renda-portuguesa... Haviam tantas para escolher, mas, ainda assim, não se sentia tão ligado nelas. Nenhuma conexão.
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A chapeuzinho e o lobo mau
FanfictionColocados como dupla para fazer um trabalho escolar, Bakugou e Uraraka descobrem que o amor pode surgir de diversas formas, até mesmo para quem vive na friendzone ou tem a certeza de que nunca será digno de receber tal sentimento. Esse é meu present...