Dracarys Vhagar

132 8 1
                                    

A morte de uma rainha não significa que a batalha foi perdida, apenas que alguém assumirá seu lugar na linha de frente.

Havia uma coisa em Aelyssa que me fazia cair em paixões cada vez mais, seu cuidado em pequenos detalhes.
Ela usava acessórios em safira desde que decidi não usar mais o tapa olho o tempo inteiro. Aelyssa sempre me apoiava silenciosamente.
Eu via minha esposa cada vez mais quieta, era estranho já que ela falava bastante.
        Aelyssa sempre fala por mim, era como se completássemos um ao outro, mas agora ela fecha a boca e eu tenho que falar.

— ...majestade?— o soldado pergunta esperando a resposta de minha esposa que apenas olhava para a janela da sala

       Suspiro fraco limpando a garganta, preparo a frase e finalmente falo.

— pode treiná-los por mim, iremos pela tarde— digo simples e ele se surpreende por eu ter falo

— certo, majestades— ele se curva saindo quase que correndo

        Espero ele sair e me viro para Aelyssa que mantinha seu olhar fixo naquelas janelas que pareciam a coisa mais interessante do mundo, até eu parei por alguns segundos para tentar ver o que ela via.

— vai abrir a boca mais não?— pergunto e vejo ela piscar letárgica voltando a vida— o que deu em você?

        A mulher me encara se levantando, em segundos Aelyssa tomba para o lado me fazendo ir até ela a apoiar.

— acho que estou preocupada— ela diz ajeitando as luvas— vamos lutar hoje, com um povo que nada mais tem que um aos outros

— um povo que mata o nosso— digo vendo ela apertar suas têmporas— só conseguiremos do nosso jeito, amor

         O mensageiro abre as portas correndo e se ajoelha rapidamente.

— majestades, o acordo que pediram a meses atrás veio— ele diz olhando para baixo— um Corentine está aqui.

         Aelyssa acorda completamente olhando para mim.
         A meses tentamos fazer um acordo com o povo para que não houvesse derramamento de sangue, mas nenhuma resposta foi dada. Agora estávamos com um inimigo aqui a nossa espera.
          Caminhamos rapidamente até a sala do trono onde o Corentine estava lá. Ele nos olhava trêmulo, seu olhar tremia em nossa presença e ele segurava o cabo da espada firmemente.

— majestades— ele diz baixo

— quem és e o que vem ofertar?— Aelyssa pergunta caminhando até o garoto

— Louis Hossier, vocês pediram que uma batalha fosse travada por guerreiros de nossos povos, eu estou aqui para lutar— ele diz forte

      Aelyssa o encara severa, analisando as palavras trêmulas do garoto.

— me diga, rapaz— ela se aproxima— você que irá lutar, mas sabe quem será seu oponente?

— não, majestade— ele diz a olhando— apenas me avisaram que seria um guerreiro escolhido por sua graça.

— o guerreiro é meu marido, o rei— ela diz

     Os olhos do garoto de arregalam em segundos e ele dá dois passos para trás. Ele me olha assustado e seu peito subia e descia rapidamente.

— não sabia disso?— ela pergunta— se prepare para a batalha, facilitarei permitindo que batalhe comigo

      Ele engole seco, sabendo que perderia. Lutar comigo ou com minha esposa era a mesma coisa, eu sou um mais habilidoso já que treino sempre, mas isso não nos torna muito diferentes já que ela usa a magia valiriana.
       Os dois se posicionam e quando o garoto se defende ela o ataca rapidamente trocando os impulsos. Ele no susto tenta acertar a espada no rosto dela como um ataque mais para baque do que para cortar.
        Assim que ela segura a espada o ferro líquido começa a escorrer junto ao sangue da mulher, era uma cena interessante.
        Eu não conseguia parar de olhar e analisar cada movimento. Louis vendo que perdeu, cai em seus joelhos olhando para suas mãos.

Herdeira de sangue e fogo Onde histórias criam vida. Descubra agora