"Fogo e sangue perseguiram quem for contra as nobres casas dos dragões."
Minha mãe sempre disse que o sangue da antiga Valiria corria em nossas veias, não demorou muito para eu descobrir que isso também servia para a magia.
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Toques, uns amam, outros odeiam. Uma certa princesa talvez os odiasse, a sensação de estar marcada, das digitais afundadas em sua pele; Ela sentia cada risco, cada calor, cada sensação;
Me sento cansada na grama.
— isso pode ser considerado tentativa de assassinato— reclamo para Thymeron que apenas ri
— está ficando mais forte princesa— ele diz simples— acredito que já está evitando que a dança aconteça
— você nunca me disse o que é a dança, como posso evitar algo que não sei o que é?
Thymeron solta o ar que estava em seus pulmões e sorri fraco se sentando do meu lado.
— a rainha tentará colocar seu filho no trono— ele começa— mas para isso terá que acabar com sua rival a princesa coroada, Rhaenyra— diz o que eu já sabia— ela tem algo a mais em sua mangá, para o filho mais novo
— e o que seria?— pergunto
— você, ela quer que ele se sente no trono de Bellatorum— conta
Agora sim eu me surpreendo.
— Aegon não quer ser rei e isso o mata, por isso não se esconda em seu reino e fique onde possa controlar a situação— instrui
— está dizendo para eu ficar aqui?— pergunto
— sim, Aelyssa— ele afirma suavemente— fique e proteja não só a si mesma, mas também a sua família
Deito na grama pensando sobre Aemond, será que ele sabia sobre esse plano de Alicent?
Me vejo no palácio novamente, após tomar um banho fico no jardim me deliciando com os doces raios de sol em meu rosto, quentes e harmoniosos. Eu adorava me sentir quente, porém passo a maioria do meu tempo me sentindo tão
Fria
Ela estava lá, seus olhos refletiam o sol quente, mas sua expressão era fria. Eu olhava cada traço delicado de seu rosto com ternura, ela estava cada dia mais bonita, mais doce, mais mortal.
— o que tanto olha irmão?— Aegon aparece me deixando desconcertado
— nossa mãe quer que eu me case com Aelyssa— digo ainda a olhando
— isso é bom? Não gosta da princesa?— pergunta
— ela quer que eu a use, use como escada para um trono e depois a mate usurpando aquilo que seu país mais zela.
— cruel, não é isso que quer, certo?— pergunta
Finalmente tiro meus olhos dela e o encaro
— obviamente não, assim como não quer ser rei— comento vendo seu olhar se apagar
— preciso ir embora irmão, para um lugar que nunca me encontrem, que nunca me usem— suas palavras eram pesadas e melancólicas
