"Fogo e sangue perseguiram quem for contra as nobres casas dos dragões."
Minha mãe sempre disse que o sangue da antiga Valiria corria em nossas veias, não demorou muito para eu descobrir que isso também servia para a magia.
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Dizem as más línguas que o príncipe só aceitou se casar com a princesa por um lugar no trono. Mas a verdade é que seu coração batia por apenas uma pessoa, Aelyssa.
Aemond esperou que eu dormisse para sair do meu quarto, pela manhã do dia seguinte ouço a porta ser batida e permito que entrem, era Jacaerys.
— Jace? Qual é o problema?— pergunto vendo sua feição
— você é um deles agora?— ele pergunta e eu me confundo
— não compreendo— digo levantando de minha penteadeira
— ah não? De repente usa verde, tem conversas privadas com a rainha, está sempre grudada com um verde, fica do lado deles na mesa e agora o pior, se casará com um deles— ele cita
Fecho minha expressão.
— gosto de Helaena e Aegon, são minha família tanto quanto vocês— digo firme— eu nem percebi que estava de verde ontem a noite.
— mas e sobre o casamento?— Jace me encara— me diga por favor Lyssa, está com ele apenas por política.
Me calo, não sei por que mas me calo.
— eu não posso dizer isso Jace— falo dessa vez mais fraco do que meu tom anterior
Ele passa as mãos pelos seus negros cabelos.
— você está do meu lado? Eu sou o herdeiro de minha mãe, se ela não for rainha eu... eu nunca serei rei— ele diz e eu sorrio fraco me aproximando
— eu estou, sempre estarei— falo— espero que quando me casar isso não afete, pois não quero ser viúva cedo
Ele sorri tocando meu ombro, me afasto do seu toque
— ainda está sensível?— ele pergunta
— um pouco, toque por cima dos tecidos— sugiro e o abraço
Não consigo imaginar como ele se sentiu ao pensar que eu não estava mais do lado dele, Aemond deve estar do meu lado eu imagino, Aegon com certeza está.
Caminho em direção de Draco, eu deveria vê-lo afinal ele não fez por querer, ele não sabia. Assim que chego no fosso, Daemon estava lá.
— Tio— cumprimento o chamando assim, mesmo sabendo que ele é meu tio avô
— Aelyssa— ele me encara— o que faz aqui?
— vim ver Draco— respondo
— está melhor para vê-lo depois daquilo?— pergunta
— sim estou, eu não sei o porquê de eu ter ficado daquele jeito, eu já vi corpos assim na guerra, já deixei corpos assim eu so-
— ei!— ele me chama
Percebo que eu falei muito e devo tê-lo o incomodado
— desculpa, acho que estou falando muito— sorrio fraco
