Análago - Imagine Dracule Mihawk

Capítulo 01

Ela olhava para o grande castelo a sua frente, seus olhos examinaram tudo com o mais esmo cuidado. Bom, o que se esperaria de um pirata que fazia parte de uma frota de um Yonkou? Ela pulou do pequeno barco e seguiu caminhando por um lugar onde não pudesse ser pego nas armadilhas que tinha naquela área.

S/n não gostava de vir aquela ilha, ela era tão sombria e misteriosa como o seu dono, Dracule Mihawk. O ser mais velho que vinha tirando sua paz ― Na verdade seus pensamentos. ― Há algum tempo. Sempre que seu capitão, Shanks mencionava o nome do homem mais certeza tinha no seu núcleo, que estava apaixonada pelo espadachim (Nada de bom vinha de uma mente viciada.).

Olhava para o folheto do Cross Gene, Buggy, Crocodile e Mihawk. A foto não faz jus à beleza vampiresca que ele tinha. Seus olhos profundos pareciam de alguma forma ler a alma da mulher toda vez que se encontravam, a deixando sempre desconfortável diante dele. A pirata perguntou, quem nunca ficou um pouco ansioso pela presença do mais velho?

Ela caminhou até a entrada, a porta sempre estava destrancada, só empurrou com a mão entrando no local. Parecia uma cena de filme de terror, a atmosfera fria, silenciosa, ela parou se orientando no meio do breu lembrando do caminho até o quarto do homem. Quando passou por uma epifania, lembrou-se que ele também era uma pessoa culta que gostava de ler.

Caminhou até a biblioteca, sua mente pensava e pensava. Estava ali somente para entregar uma carta do seu capitão ― Como todas as outras vezes! ― . Não era nada demais, somente entregaria, cumprimentaria e depois iria embora como se nada tivesse acontecido. Ela sabia que não ia ser assim, quando se deu conta que estava apaixonada por ele, menos a pirata controlava suas reações. Sempre desviando o seu olhar, ou mudando de lugar.

Touché, ele realmente estava na biblioteca, uma cálida luz fugia das frestas da porta de madeira velha. Respirou fundo incontáveis vezes, seu coração acelerava como um cavalo em uma corrida frenética pelo primeiro lugar. Quando girou a maçaneta. O encontrou sentado em sua poltrona lendo, acompanhado de um vinho, a camisa aberta em alguns botões, ainda usava seu chapéu.

Mihawk levantou seu olhar, a luz dourada lhe dava mais intensidade. Deixando a pirata com uma recompensa de quase um bilhão de belly 's sem qualquer reação. O espadachim era mais intimidador do que ele imaginava. Seus olhos amarelos, envolto de mistérios como o seu passado sustentou o olhar quando notou ser S/n.

― O que ele quer agora? ― A voz grossa, arrepiou a pele feminina, ela engoliu em seco quando seus olhos deslizaram para os lábios masculinos. Havia um leve rubor como uma pintura satânica de um demônio, tentando-o, chamando-lhe para o pecado. ― Senhorita S/n?

― A-ah! Ele lhe mandou uma carta! ― Mihawk, fechou o livro deixando na mesa, esperando que a mulher lhe entregasse a mensagem. S/n caminhou mesmo que a cada passo estivesse caminhando até uma usina nuclear.

Mesmo que estivesse nervosa, conseguiu entregar a mensagem. O mais velho pegou o papel, abriu o envelope lendo o conteúdo, seu rosto franziu levemente, depois ele sorriu minimamente ― E que sorriso! ― S/n pensou, esperando ser liberada para sua tripulação novamente.

― Preciso da resposta para voltar ao capitão... ― Ele se levantou, mostrando a diferença de alturas. Mihawk, olhava outra vez para o conteúdo para ter certeza de que aquilo era uma mensagem legítima. Ele sabia que era, conhecia a letra do ruivo, mas o conteúdo era uma novidade. Não que ele não duvidasse da capacidade do Shanks fazer aquilo, a questão era por qual motivo?

― Não precisa ir ao S/n, descanse em um dos quartos, conversaremos amanhã! ― Ela olhou um pouco surpresa, ele nunca a convidou para dormir no castelo, mesmo que sempre que possível quando por alguma fortuna do mar eles se encontravam em alguma missão, só trocavam meia dúzia de palavras.

Para a mulher, Mihawk não passava de um enigma, uma incógnita. Ele era uma combinação perfeita de mistério e beleza. Não falava muito, nem mesmo quando interessado alterava seu semblante.

― Como preferir! ― Ela não relutou, navegar de volta lhe era cansativo, aceitou desaparecendo da frente dos olhos âmbar. Mihawk caminhou pela janela, olhando o tempo que não mudava sobre a névoa da ilha sombria.

Tomou o restante do vinho, olhando sistematicamente para a nota bem escrita, analisou pensativo. A pequena mensagem tinha um duplo sentido, a questão era como Shanks notou? Ou talvez não tenha notado, apenas estava se divertindo com a sua cara como praxe dele.

Levando seu dedo até o queixo, ele olhou para o lugar vazio que o visitante deixou. Ele colocou o papel na mesa, olhando cuidadosamente para frente. Se Shanks pensava que ele deixaria aquela oportunidade passar, ele estava enganado, Mihawk tomaria para si, aquela mulher que o deixava louco.

O espadachim não tinha muitas coisas que queria, entretanto, S/n era a mulher que ele gostaria de conhecer melhor, de ter por perto.

Não que Mihawk fosse alguém que cobiçasse o que não podia ter. Ele vinha lutando contra si mesmo, seus pensamentos eram tomados, preenchidos pela mulher que agora estava alguns míseros metros de suas mãos. O espadachim lembrava-se de como seu coração morto voltou a ganhar vida, quando a viu lutando em Marineford.

Ela era uma mulher atraente, bruta quando estava irritada. Lembrou-se de uma festividade que Shanks inventou para seus tripulantes, S/n nocauteou um dos piratas em meio a uma luta porque achavam divertido brigar. Mihawk olhou para a porta novamente enquanto a mulher estava parada ali, com um semblante suave em seu rosto belo.

― Pode me ajudar com uma coisa? ― Ele balançou a cabeça seguindo a mulher, até o quarto que ela havia escolhido, quando entrou no local havia vários morcegos usando o lugar como casa, o cheiro forte de enxofre deixou a mulher tonta. O pirata a empurrou para fora fechando a porta.

― Os quartos de cima estão mais limpos! ― Disse calmamente a guiando para um quarto, perto do seu. Ela entrou olhando para o local achando perfeito para passar a noite. Não que importasse com isso, afinal era uma tripulante de ruivo, lugares esquisitos para dormir já tinha encontrado vários.

O pirata saiu, lhe dando um boa noite. Ele foi até o seu recanto e tirou seu chapéu pensativo sobre aquilo; como se aproximaria da mulher com uma reputação tão sombria como a dele?