Olhando-se no espelho com olhos críticos, Joey ajustou seus novos jeans de cintura baixa.
Quem o veria como um menino? Ele sabia que não poderia transparecer essa imagem. Ele era baixo, magro e estava há vinte e quatro anos dentro do armário.
Sim, ele havia percorrido mais de 160 quilômetros para chegar em Tulsa, apenas para ir ao Clube Maverick, mas estava preparado? Respirando fundo, ele pôs o cartão chave do quarto, dinheiro e identificação no seu pequeno bolso do colete.
Com um último olhar, Joey sorriu quando o pequeno e dourado aro em seu mamilo direito, brilhou com a luz do banheiro. Ele havia originalmente planejado ter ambos perfurados, mas o primeiro doeu tanto, que ele desistiu do segundo.
— Se o pessoal de casa pudesse me ver agora — ele disse sorrindo e balançando a cabeça.
Em pé, na frente da grande porta vermelha do Clube Maverick, Joey quase deu meia volta. Talvez ele devesse ter trazido um amigo.
Quem teria trazido? Ele não tinha muitos amigos, só alguns colegas de trabalho, com os quais ocasionalmente saía para beber, e sua melhor amiga, April. Ele duvidava até que April fosse a um bar gay com ele, embora ela fosse a única que sabia da sua sexualidade.
Pegou o cabo de metal frio da maçaneta.
— É agora ou nunca — ele sussurrou para a lua cheia de verão.
Abrindo a porta, ele foi saudado por uma velha canção da dupla country Brooks e Dunn.
Engolindo o nó que se formou na sua garganta, Joey caminhou para o bar. Passou pelas mesas de bilhar e não pôde deixar de notar a atenção que sua roupa estava gerando. Talvez ele não parecesse tão idiota, afinal. Vários rapazes estavam vestindo versões semelhantes das mesmas roupas.
Deslizando para uma banqueta disponível, esperou que um dos homens que atendiam o bar o notasse. Eles eram todos homens bonitos, mas um em especial chamou a sua atenção. Sempre teve uma queda por homens altos de cabelos escuros. Este, em particular, parecia como um dos seus últimos sonhos molhados.
Caramba, o cara devia ter acima de um metro e noventa de altura, com ombros quase tão largos. O barman em questão virou e viu a olhada de Joey. Ele levantou um dedo, indicando que já iria.
Joey viu os cachos negros brilharem com a luz sobre a cabeça do homem, enquanto se inclinava para desenganchar um barril vazio de cerveja. Caminhando para o final do bar, a enorme montanha de homem ergueu um novo barril sobre seus ombros e se dirigiu a seus companheiros.
Caralho. A boca de Joey se encheu de água com os salientes músculos envolvidos em uma camiseta preta apertada. Ele parou em seu caminho com seus companheiros barmen e falou algo a dois deles brevemente, antes de carregar o pesado barril e enganchá-lo no lugar.
Quando o cara se inclinou, Joey não pôde evitar, porque centrou seu olhar em seu traseiro. O jeans macio esticava em todos os lugares certos. Para um homem de ombros largos, o Sr. Magnífico tinha um surpreendente traseiro pequeno.
Terminando de enganchar no lugar o novo barril, o barman se levantou e virou ao redor. Ele caminhou reto e se debruçou contra o bar.
— Posso te ajudar? — Ele perguntou acima da música alta.
— Uh, sim. Eu gostaria de uma dose de tequila. — Ele estava hipnotizado pelos olhos que fixamente olhavam para ele.
Dourados, os olhos do homem eram dourados, iguais aos de um leão.
— Eu vou precisar ver alguma identificação.
— Ah, sim, claro.
Joey tirou sua carteira de motorista para fora do bolso do colete. Quando fez isso, o cartão chave de seu quarto caiu sobre o bar.
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A Primeira Vez de Joey (Romance Gay)
RomanceEssa é uma história da autora estadunidense Carol Lynne, que nunca foi publicada oficialmente no Brasil. Existe uma tradução ruim que sempre rolou pela internet, mas revisei tudo e estou postando aqui. Viver na pequena cidade de Lymon, Oklahoma, não...