— Homem, você está horrível — April disse.
Joey escorregou para dentro da cabine.
— Obrigado. Eu sabia que podia contar com você para me fazer sentir melhor — disse de maneira engraçada.
— Problemas no paraíso? — Ela perguntou simpaticamente.
— Tivemos uma discussão estúpida. Agi como alguém da minha idade e fui embora sem resolver as coisas.
— Ah. Sinto muito.
Joey deu de ombros.
— Eu tentei ligar e me desculpar quando cheguei em casa, mas ninguém atendeu.
— Você deixou uma mensagem?
— Não. Deixar uma mensagem na secretaria não faz meu estilo.
April apertou sua mão.
— Vamos — ela disse e pegou as chaves.
— O que? Aonde estamos indo? — Joey perguntou enquanto ele a seguia para fora do restaurante.
— Tulsa — ela disse e ficou atrás do volante de sua pick-up pequena.
— Tulsa? Eu não posso ir para Tulsa agora!
April estendeu a mão e abriu a porta do passageiro.
— Eu não estou dando uma escolha a você. Se você fodeu tudo mesmo, é melhor consertar isso agora do que depois.
— E o trabalho amanhã?
— Nós vamos voltar. São somente duas horas de distância. Agora entre, antes de eu ser forçada a contar ao seu namorado que você molhava a cama quando era pequeno.
— Eu não molhava a cama — Joey disse quando entrou no banco do passageiro.
April sorriu.
— Não é isso que eu direi a ele.
Joey revirou os olhos e assentou. Sabia que não existia nenhuma maneira de fazer April desistir dessa viagem.
— Ele está provavelmente no Maverick. Eu acho que ele está trabalhando no turno da noite.
Quanto mais perto chegavam de seu destino, mais enjoado ele se sentia. Eu o chamei de idiota. Ótimo. Tenho certeza que perdi toda chance de ele me perdoar.
— Então... Não suponho que você vai me dizer sobre o que foi essa briga — April disse.
— Ele parecia puto porque eu precisava voltar para Lymon. Como se eu pudesse apenas ficar em Tulsa e esquecer todas as minhas responsabilidades em casa.
April bateu suas unhas cuidadas no volante.
— Sério?
— Sim, pode acreditar nisso? — Joey balançou a cabeça.
— Não. Quero dizer, você ficou seriamente puto porque o cara não queria que você voltasse para casa? Eu teria saltado de alegria se um cara por quem eu fosse louca não pudesse aguentar a ideia de me deixar.
A mandíbula de Joey caiu em seu peito. Embora April dissesse basicamente a mesma coisa que ele tinha dito a si mesmo desde que deixou Tulsa, isso parecia errado.
— Ei. Eu pensei que você deveria estar do meu lado.
— Eu estou do seu lado. Eu vi você mais feliz ultimamente do que nunca. Além disso, eu não vou deixar o seu temperamento ferrar com as minhas chances de mudar para Tulsa — April disse orgulhosa.
Uma vez dentro dos limites da cidade de Tulsa, Joey deu direções a April para o Clube Maverick. Ele viu a caminhonete de Curt no estacionamento.
— Ele está aqui —disse.
April estacionou e praticamente o puxou para fora da pick-up.
— Você pode se apressar, acabar com isso e ainda ter uma hora ou duas antes de ter que voltar.
O bar estava muito lotado para um domingo. Joey acenou para vários clientes que ele ia encontrando na frente, enquanto puxava April para o bar.
— Olá — Mojo disse, olhando fixamente para April.
— Onde está Curt? — Joey perguntou, tentando ignorar o obvia química entre sua melhor amiga e Mojo. Eu pensei que ele fosse gay!
Mojo balançou a cabeça e finalmente olhou para Joey.
— Eu espero que ele esteja em casa dormindo, para curar a ressaca. — Os olhos de Mojo se estreitaram. — Eu não estou certo sobre o que aconteceu entre vocês, mas nunca tinha visto ele assim.
— Quem o levou para casa? — Joey perguntou. Ele odiava a ideia de seu amante partindo com outra pessoa naquela condição. — Alguma pessoa que eu conheça?
Mojo apoiou os grandes braços musculosos no balcão e se moveu para perto do rosto de Joey.
— Se você se preocupa tanto, por que você se afastou dele?
— Não é da sua conta. Só responda à pergunta, por favor. — Joey cruzou seus braços na frente do peito.
Ele sabia que não intimidava Mojo nem um pouco, mas era o melhor que podia fazer.
— Scott e Mark o levaram.
— Você sabe como fazer um daiquiri de morango? — April perguntou, obviamente tentando quebrar a tensão.
Isso funcionou quando Mojo a alcançou e pegou um longo fio loiro do cabelo de April entre seus dedos.
— Vou fazer o que você quiser, querida.
Joey assistiu April corar e balançou sua cabeça.
— Eu estou indo para a casa de Curt. Posso pegar o seu carro?
— Claro — April disse sem olhar para ele. Quando ela não fez nenhum movimento para pegar as chaves de sua bolsa, Joey pigarreou. — Ah, desculpe — disse ela e lhe entregou as chaves.
— Você tem certeza de que ficará bem até eu voltar? — Perguntou a April.
— Eu vou garantir que ninguém a incomode — Mojo respondeu.
— Sim, e quem vai olhar você? — Joey disse com um sorriso.
— Espero que, esta pequena dama — Mojo disse com uma piscadela.
— Eu estarei bem — April disse, dando a Joey um empurrão para a porta.
Ele olhou para trás antes de abrir a grande porta vermelha e balançou a cabeça. Maldição. April e Mojo estavam comendo um ao outro vivo com os olhos. Era possível sentir o calor claramente através da sala. Ele fez uma anotação mental para saber todos os detalhes sobre Mojo. April já tinha tido sua cota de playboys sem valor.
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A Primeira Vez de Joey (Romance Gay)
RomanceEssa é uma história da autora estadunidense Carol Lynne, que nunca foi publicada oficialmente no Brasil. Existe uma tradução ruim que sempre rolou pela internet, mas revisei tudo e estou postando aqui. Viver na pequena cidade de Lymon, Oklahoma, não...