Capítulo 05: Uma boa conversa pode ser fundamental

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Porque as páginas tinham sido viradas e decisões foram tomadas
Tudo que você perde é um passo que você dá
Então faça pulseiras da amizade, agarre o momento e saboreie
Você não tem motivos para ter medo

Você está sozinha nessa, criança
Sim, você pode encarar isso
Você está sozinha nessa, criança
Você sempre esteve

You're On Your Own, Kid - Taylor Swift

Acordo no dia seguinte com dor de cabeça

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Acordo no dia seguinte com dor de cabeça.

Depois de toda a confusão que aconteceu no dia anterior, era de se esperar que isso acontecesse. É impossível não sentir a cabeça latejar quando observa sua família discutir e praticamente se atacar verbalmente em sua frente.

Solto um gemido quando a luz fraca do sol que atravessa a janela de vidro do quarto chega até os meus olhos e imediatamente estico o braço para alcançar a mesa de cabeceira, na intenção de pegar os meus óculos. E quando não os encontro, é que lembro que não estou em casa e muito menos os trouxe comigo.

Havia tirado as lentes de contato antes de dormir e aproveitado para me livrar delas no processo. Elas praticamente estouraram a data limite de validade e como não quero prejudicar ainda mais a minha visão míope, as descartei.

O problema é que agora mal estou enxergando um palmo a minha frente.

Eu tinha essa mania de fazer as coisas sem pensar às vezes ou então, agir por impulso. O que era péssimo.

Solto um resmungo, sentindo vontade de afundar nos lençóis e não sair da cama tão cedo. Porém, pela claridade que ilumina cada vez mais o meu quarto aqui na casa da minha avó, é nítido que já está próximo do horário de começar a me arrumar para ir a faculdade.

Como hoje é um dos dias que tenho aula integralmente graças ao final de semestre e a preparação para começar o estágio obrigatório do curso, não irei trabalhar na Coleman Advocacy.

A grande questão agora é como irei estudar sem enxergar praticamente nada. Precisarei passar no meu apartamento antes da aula, o que provavelmente vai me atrasar um pouco.

A porta do cômodo de repente é empurrada devagarzinho e levanto a cabeça para ver quem entrou sem bater. É claro que nem minha avó ou os meus tios fariam isso.

Mas já os invasores que chamo de primos... Esses sim não bateriam na porta antes de entrar.

— Posso saber o que os dois querem comigo antes das seis da manhã? — arqueio uma sobrancelha, ainda com a voz rouca pelo sono.

Faço uma pequena careta ao sentir algo molhado grudado no meu rosto quando afasto os fios de cabelo da minha bochecha. Preciso lavar o rosto e escovar os dentes o quanto antes.

— Viemos te dar bom dia, Blairzinha! — Danny diz, correndo em minha direção e pulando com tudo na cama.

Dou um gritinho quando seu copo pequeno gruda no meu e o abraço com força, fazendo nós dois tombarmos no colchão.

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