GAVETA VELHA
As vezes o que nos resta das coisas boas são as lembranças, que um dia serão esquecidas, mas daqui pra lá temos tempo, ou... queremos ter. Por isto tenho uma gaveta cheia de nostalgia, papéis jogados, rabiscados feios, cheiros e até sabores. São tantas lembranças para se guardar...
E tantas que se quer esquecer.
II
Muita coisa que sonhamos vai escorregando como água solta, e nada podemos fazer.
III
Não quero escrever por obrigação. Os livros minha casa, e esses cadernos meu lar.
IV
Primeiro ato: Tenho medo que o ócio da palavra chegue para mim.
Segundo ato: E ele chegou, frio e seco.
Terceiro ato: E ele se foi, e junto com a despedida me trouxe uma poesia pequena, mas bonita.
Chegue ócio, pois quando se for escreverei como nunca antes houvera feito.
Me abrace e baile comigo, temos pouco tempo a perder. E muito a ganhar.
Escrevo com lágrimas nos olhos, pois quando um chega o outro se vai.
V
Quanto tempo se passa num segundo e nunca poderemos recordá-lo?
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Despejos d'Alma
PoetryEscrevo para mim, apenas! Escrevo por que as amo! Escrevo pois são minhas! Escrevo pois sou delas. Escrevo porque encheu! Escrevo porque derrama! Escrevo para mim mesma! Escrevo para quem as ama! Elas, as PALAVRAS!