Não importa minha visão sobre autenticidade. Não importa quem eu gostaria de ser. Muito menos importa o que faço, pois serei julgada pelo que primeiro aparentar.
Eu não boa em explicações, por isto dificilmente faço isto. Amo poesia pois é uma forma de me esconder atrás de metáforas que apenas eu mesma conseguirei entender. Eu sou um mistério até para os mais próximos e a única pessoa a qual eu permiti entrar dentro da fortaleza está a milhares de centenas de segundos de mim.
Carrego comigo uma bagagem pesada de mágoas e desapontamentos, não foram poucas as pessoas que deixei ferida, mas ainda assim eu estou aqui, com toda a hipérbole, os segredos idiotas e desejos estúpidos.
Posso ter uma visão completamente diferente do que é autenticidade, mas a vida inteira ouvi isto em casa: "Você é responsável apenas pelo que você é, o outro é consequência", mas eu havia parado para pensar nisso até agora. Pensar em quem eu sou ou o que eu quero de fato nunca me foi tão abstrato. Nos últimos meses minha vida tem estado revirado dentro da minha mente... Eu confio apenas em alguém que nunca vi, estou sendo julgada por isto, confesso, mas sabe, é deliciosa a sensação do perigo. Eu gosto disso. Amo a adrenalina de não saber o que esperar e mesmo assim confiar cegamente.
Eu sou prisioneira condicional da minha menoridade, mas não tenha dúvida de que no instante em que o relógio marcar o fim da minha tão sublime 'adolescência' eu já estarei longe.
Sou pássaro.
Necessito de liberdade para viver, e já estive por muito tempo presa nos viéis alheios, porém em breve estarei livre e serei responsável por qual direção seguir. O único problema é que sei que vou assustar a todos quando isto acontecer...
Mas como minha avó costumava dizer: "Será que você se" importa com isso?" e a parte mais assustadora era quando eu respondia: "NÃO". VEJO QUE NÃO MUDEI MUITO, EU CONTINUO NÃO ME IMPORTANDO.
Falta pouco para a minha liberdade, e eu não me refiro aos meus dezoito anos, me refiro ao momento em que eu irei me libertar do medo de desapontar a todos pelo que eu sou e pelo que eu escolhi viver. Já poderia tê-lo feito, mas não estou preparada, quem sabe precise de um pouco mais dessa impressão reconfortante de boa filha, boa moça, sempre boa em tudo.
Mas desculpe mãe! EU NUNCA FUI TÃO BOA EM NADA.
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Despejos d'Alma
PoetryEscrevo para mim, apenas! Escrevo por que as amo! Escrevo pois são minhas! Escrevo pois sou delas. Escrevo porque encheu! Escrevo porque derrama! Escrevo para mim mesma! Escrevo para quem as ama! Elas, as PALAVRAS!