Deitada aqui contando as flores do gesso do meu quarto, é assim que me encontro mais uma vez. Me lembrando de coisas. Tantas coisas que passaram e que realmente não passarão nunca da minha memória que se encontra intacta.
As concepções, os desejos, sonhos e planos... puf... mudaram completamente e isso, por hora, me entristece pois fizera eu tantos planos, alimentei uma vida no futuro a qual eu mesma jogo fora. Olha para mim ontem, me vejo hoje e não consigo mais refletir-me amanhã. Cada dia mudo mais, a inconstância -da qual eu reclamava tanto- agora se vira para mim e me abraça. Eu a odeio e a amo.
Não gosto de coisas previsíveis, pois, a graça está nas surpresas, em não saber o que está por vir.
Sorrisos espalhados pelos cantos e quando percebo que nenhum deles é meu, aí sim eu riu alto. Não quero parecer estranha, mas não há nada a se fazer quando ser o que você quer ser causa repulsa aos outros. A falta que alguns fazem e 'são passageiros', pois não sou de sofrer por algo por mais do que meros segundos. A minha face parte-se ao meio, riu e choro e não há diferença, em ambas eu esboço um sorriso de canto, coloco meu rayban aviador (de preferência) e estou pronta para rir ou chorar. Que diferença fará? Nenhuma aparente.
Superficialmente as pessoas me conhecem, mas em meu interior se escondem duzentas e cinquenta e oito de mim. Traço meu caminho, sempre guiada por Ele, não me abalo facilmente, mas estou pronta para cair, pois sei que para levantar é apenas uma questão de querer, e aí está o problema...
Eu quero?
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Despejos d'Alma
PoesíaEscrevo para mim, apenas! Escrevo por que as amo! Escrevo pois são minhas! Escrevo pois sou delas. Escrevo porque encheu! Escrevo porque derrama! Escrevo para mim mesma! Escrevo para quem as ama! Elas, as PALAVRAS!