Capitulo 8 - Noah.

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Noah Williams

Andava nervoso de um lado para o outro. Eu quero contar a verdade para a Lua, mas como eu iria fazer isso?

Ela mesmo já falou que odeia pessoas ricas. Eu queria entender de verdade o motivo desse ódio.

Se eu contar, capaz dela não querer mais me ver, e isso significa que eu não poderia mais ama-la de perto, e nem amar nossa filha.

Eu estava assustado, na verdade, estou assustado. Estou com medo de contar a ela, estou com medo da sua reação, estou com medo dela me deixar, e principalmente, com medo dessa mentira me separar delas.

Não vou contar! É isso! Não vou contar até chegar um momento perfeito pra isso. No momento certo eu conto.

Pra que estragar nossa vida agora? Está tudo perfeito do jeito que está, e é assim que vai ser.

Vejo meu celular tocar e percebo ser minha preta. Comprei um Motorola antigo pra ela não desconfiar de mim com meu iPhone.

"_ Oi, amor. - digo assim que atendo.

- Oi, te liguei pra saber se você vai vir hoje. - ela pergunta e eu sorrio.

_ Incrível como minha mulher não aguenta ficar um segundo sem mim. - digo e estufo o peito.

- Nossa como você é iludido. - ela diz e risada.

_ sou apenas verdadeiro, minha princesa. - digo a ela de modo convencido.

- Ah! Agora que lembrei! A próxima vez que você pegar em meu celular de novo, eu te deixo sem beijinhos. - ela diz e eu arregalo os olhos.

_ Sem beijinhos? Não! Não pode me deixar sem beijinhos, está sendo má com seu neném. Eu nem peguei em seu celular. - minto e ela solta uma risada debochada.

- Então quem foi que salvou o seu nome no meus contatos como " o mais gostoso" ? - ela pergunta e eu dou uma risada cínica.

_ Não sei quem foi, só sei que essa pessoa sabe do que fala. - digo e ela solta uma risada gostosa e eu acompanho apenas rindo de modo bobo por faze-la rir.

- Sabe... - ela diz após cessar sua crise de riso. - nós poderíamos ir para sua casa hoje, nós no caso eu e a minha bebê. - ela diz e eu sinto meu coração bater rápido desespero.

- É... é a-a-aqui? Aqui? - lhe pergunto nervoso com esperança que ela me responda que não, ou que oque ela falou seja coisa da minha cabeça.

- Sim, por que? Algum problema? - ela pergunta e eu fico sem saber o que responder. Se eu falar que sim ela vai desconfiar de algo, mas se eu falar que não ela vai querer visitar a casa que eu moro, e acontece que eu não moro em uma casa ou apartamento, eu moro numa mansão. Como vou explicar a ela que um simples "faxineiro" tem uma mansão? - Lucas? Ainda está ? - ela pergunta e eu volto dos meus pensamentos. - tem algum problema? - ela pergunta.

_ É... hm... Claro que não. - digo e dou uma risada nervosa.

- Perfeito então! Pode ser em sua casa hoje. Vamos assistir um filminho. Eu que escolho hoje. - ela diz e eu resmungo.

_ Não! Você vai escolher terror ou então suspense, ou até ação. Você sabe que eu não gosto desses tipos de filme. Tem que ser de princesas, e de fada madrinha, e de romance e de cachorro falante ou então Bob esponja. - digo e ela risada.

- bom, neném. - ela fala e eu abro  sorriso bobo pelo apelido. - eu vou, até mais tarde, na hora você me passa a localização. - ela diz.

_ beijo, amor de minha vida. - digo e ela me reponde com um beijo estalado e depois desliga."

Fico olhando de modo bobo pro telefone. E esse sorriso logo desaparece ao lembrar que tenho que arranjar uma casa, meu Deus! Mais uma mentira. Mas é melhor do que ela descobrir a verdade e terminar o que nem começamos direito.

Pego meu celular e abro no Google, logo pesquisando "como se fingir de pobre."

Leio algumas coisas e logo vou a procura de apartamentos em lugares para pessoas de baixa renda.

Alugo um arrumadinho, porém nem tanto assim. Já estava mobiliado o que facilitou as coisas.

Fui no shopping comprar, copos, talheres e coisas desse tipo. Enchi a geladeira de coisas para ela não desconfiar ao abrir e encontra-lá vazia.

A casa era apenas um quarto e no mesmo tinha uma cama de casal e ao lado um berço novo que eu comprei. Ela com certeza irá querer dormir. E qualquer coisa é só eu inventar que tenho algum sobrinho pequeno, quer dizer... inventar não, porque eu realmente tenho, o filho do Justin, e a bebê do Austin.

Sorri ao lembrar da minha bebê. Já estava com saudades e nem tinha se passado vinte e quatro horas que eu a tinha visto.

•°•°•°•

Mando a localização da minha temporária casa. Me encontrova completamente nervoso.

E se ela desconfiasse? Será que eu comprei uma casa boa o suficiente pra ela acreditar? Meu Deus! Estou com tanto medo!

Alguns minutos depois e ouço o som de buzina, anunciando sua chegada. Saio e vejo o uber. Quando ela vai pagar o uber eu tomo a frente e o pago.

- Não precisava, Lucas. - ela diz sorrindo.

_ Não tem problemas. - eu sou rico. Penso comigo.

Entramos e ela olha ao redor da casa e sorri.

- Sua casa é muito linda. - ela diz sorrindo e eu a acompanho, acho que ela não desconfiou de nada.

_ Obrigado. - lhe respondo e vejo a Jade querer se jogar pro meu colo. - venha pro seu papai, meu amor. - digo com mudando a voz. Ela se jogando em meus braços com um sorriso banguela e eu o olho como um bobo que sou por essa menininha.

- Lindos. - Lua responde nos olhando e eu sinto meu rosto corar.

•°•°•°•

Estávamos sentados na sala assistindo, a Jade estava dormindo, e é a primeira vez que eu vejo uma bebê de seis meses dormir a noite toda.

Estava mais relaxado agora, com minha filha dormindo e minha mulher aos meus braços.

_ Posso tomar um pouco de pepi? - pergunto e ela assente colocando seus seios para fora e me dando liberdade para chupa-los.

Ela só desconfiou uma vez desde que estamos aqui, quando fomos fazer algo para comer e eu não sabia onde estavam as coisas. Eu apenas desconversei dizendo que raramente cozinho e ela não apareceu acreditar, mas logo ela esqueceu disso quando eu puxei outro assunto.

Espero que gostem. ♡

Noah Williams | Trilogia seu idiota possessivo Onde histórias criam vida. Descubra agora