O INESPERADO

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O percurso até o bar Aurora parece infinitamente longo. Cada passo, mesmo que apressado trás desconforto a garota. Ela não nega a si mesma que está ansiosa para ver o hacker. Finalmente após uma longa e cansativa caminhada, ela fica diante do bar. No momento, o bar está fechado, sem ninguém, o jeito do Phil combina perfeitamente com o bar. Jovem e ao mesmo tempo antigo. Ela nem se dá conta que está sorrindo. Pois ela lembrou da conversa agradável que teve com o barman.

- Por aqui. - A voz vem do lado escuro do bar. Onde não há câmeras, ou quaisquer equipamento que possa ser usado para vê-los. A garota segue pelo beco escuro, o cheiro vindo daquele lugar é irrespirável. Como se ela estivesse caminhando por um esgoto. Jake não diz nada, ela apenas o segue em silêncio. Mil coisas passam pela cabeça dela: "O que ele quer agora? Já não me prejudicou o suficiente? Deve querer me manipular para não entregá-lo? Ou ele quer me matar?"

O relógio dela indica que são 3 da manhã e lá estavam os dois, parados na frente do motel mais sombrio que ela já tinha visto.

- Jake? - ela sussurrou.

Jake:  Eles cobram por hora. Sim, e eles não fazem perguntas ou pedem identidade. - comentou. - Você está com todas as suas vacinas em dia, năo é?

Aurora: Por que me trouxe aqui? - Ela exclamou.

Ele riu. - Pelo menos você pode relaxar todos esses músculos doloridos com uma boa massagem. Me segue. -Os dois entram no motel.

Uma senhorinha na recepção entregou a Jake duas chaves. - Quarto 78.

Aurora: Por que duas chaves? E que droga acha que está fazendo? Não vou subir nem se você me ameaçasse.  - Ele caminha em silêncio em direção as escadas, e ela não o segue dessa vez. Ela olha para a senhorinha e dando de ombros, sai do motel indo embora novamente. Quando ela está prestes a entrar naquele beco, ela sente uma pressão forte sobre seu pulso a pressionar contra o muro gelado daquele lugar. Jake está diante dela, ele não escondeu seu rosto, não havia máscara facial, não havia o capuz dele, era apenas ele.

Jake: Você vai subir comigo. E não tente dar uma de autoritária, porque eu não sou nada legal.  - Os dois se olham e ele tira a mão da boca dela que não diz nada a princípio. Ele pega a caneta do bolso dela e sorrir. Ver Jake sorrir trouxe uma sensação tão boa na garota. - Não. Eu não vou seguir você! E se tiver que dizer algo, vai ser aqui e agora!!!  - Quando Jake pressiona mais forte ela contra o muro, ela sente um desconforto e ele percebe e a solta devagar. Jake não diz nada e fica calado por uns segundos. Ela se arruma e vai embora.  - Por favor, fica. - Ela pára antes de entrar por definitivo no beco.

Aurora: Implorando para uma patética, não é isso que me chamou? Não. Você nunca mais vai me manipular. - Ela sorri e caminha entrando no beco. - E se eu te disser que o Richy está vivo?  - Jake revela de forma intencional. Ele sabe que isso mexe com ela. Ela pára surpresa.

Jake: Entra comigo e eu te explico.  - Ele caminha indo em direção ao motel, ela se vira observando ele ir. Então ela decide o seguir.
Enquanto subiam os três lances de escada, passavam por alguns dos outros residentes agradáveis do motel. A maioria estava desmaiada, bêbada ou drogada demais para se importar com a  presença dela ali. Um cara a viu subindo e deu um passo à frente para atacar a bela garota, mas parou quando viu Jake vindo por trás. Quando ela olha para trás viu que Jake estava dando ao homem um olhar frio e mortal. Para ser sincera, até ela ficou intimidada com isso. Acho que essa é a diferença entre uma pessoa normal e uma que não hesitaria em matar.

Continuaram caminhando pelo corredor, que se tornava mais decadente à medida que avançavam. Houviam-se gritos e berros. Uma mulher saiu de uma sala, presumivelmente uma prostituta pela forma como estava vestida. Sua maquiagem estava borrada, seu lábio rachado e machucado. Jake colocou a mão no ombro dela para empurrar para o lado no momento em que um homem grande saiu atrás da mulher. Aurora se afasta de Jake e se coloca a frente do homem.

O H4CK3ROnde histórias criam vida. Descubra agora