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Capítulo BÔNUS

**DOIS ANOS DEPOIS**

Aurora e Ava estavam no parque. E a garotinha agora tinha 7 anos. Jake não era tão frequente na vida dela, devido suas constantes viagens. Seu relacionamento também não seguiu adiante. Ele não conseguiu mudar o que sentia. Por um tempo, ele acreditava que havia superado, até ver a mulher e lembrar a quem pertencia seu coração. Às vezes ele e Ava se falavam por videoconferência. Hannah e Parker estavam morando juntos e ela acabou se tornando decoradora da agência.

Jessy e Jarek agora trabalhavam na cidade de Colville. Pois ele não quis se mudar para Duskwood. A ruiva, assim como Richy deduziu, foi atrás dele e o conquistou. Richy manteve sua oficina atento a mudar como prometeu, o grupo o apoiou muito.

  No parque, as duas estavam criando castelos de areia.

— E pensar que ver você assim só me dá uma certeza, sobre as americanas. - Nicolas se aproximou delas.

Aurora conhecia aquela voz mesmo a distância. Levantou-se e o encarou, mesmo que sua altura fosse mediana, ela não se deixava intimidar. — Mesmo? Da última vez que me lembro você reparou em uma americana. - Ela piscou para ele antes de entrelaçar seu braço no pescoço dele e o abraçar calorosamente.

— Como você está? - Ele perguntou depois de se afastar dela.

— Estou bem. Às vezes sinto falta da antiga Aurora. Da vida que tinha, de quem perdi. Mas estou bem. - Ela respondeu como se quisesse se convencer daquilo ela mesma.

— Pensei que quando nos encontrássemos você estaria casada com o hacker. O tal do Jake. - Ele mencionou Jake entre aspas, o que fez ela sorrir.

— Jake é um cara legal. Acho que me iludi com ele. Talvez pela primeira vez alguém se importando tanto comigo me assustou.  - Ela respirou forte.  — E minha rota de escape foi fugir para longe. Como sempre faço quando tinha medo de dormir sozinha quando era criança, eu me escondia embaixo da cama. - Ela toca na ponta do nariz e ele observa a linda garotinha cantar uma música inaudível.

— Se minha esposa estivesse grávida, minhas filhas provavelmente seriam amigas de sua filha com certeza. - Eles sorriem.

— Você também não consegue seguir em frente? - Ela perguntou e ele assentiu.

— É como se uma porta tivesse se fechado impedindo que fosse aberta para apenas...

— Perceber que alguém sempre espera entrar. - Os dois dizem ao mesmo tempo.

— Aquele cara o Jake, ele está atrás dessa porta. Talvez, talvez devesse deixar ele entrar de novo. -  Nicolas observa a garota com um olhar pensativo.

— Jake merece ser feliz. Eu não sei se consigo enfrentar isso com ele. Como pode ver, minha vida está bem depois de tudo. O que mais preciso? - Ela comentou, mas pareceu mais uma lamentável vida romântica do que ela quis parecer que fosse.

— Está na hora daquela garotinha sair debaixo da cama.  - Ele beijou a bochecha dela que segurou o rosto dele com as duas mãos fazendo ele encará-la.

— Talvez devesse permitir que a pessoa certa abrisse a porta. - Ela retribuiu o conselho.

Eles se olharam por um tempo até ele beijar a testa dela, depois abraçou Ava e foi embora feliz. "Até que uma americana não é tão ruim quanto pensei", ele pensou enquanto dirigia.

Após a tarde divertida, as duas voltaram para casa. Aurora encontrou um bilhete na porta.

"Para uma mulher misteriosa, por quem meu DDos sempre atacou"