4. Beijo sem pudor.

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"Eu deixei cair, meu coração, e quando caiu, você se levantou para reivindicá-lo. Estava escuro e eu estava acabado, até que você beijou meus lábios e me salvou, minhas mãos eram fortes, mas os joelhos eram muito fracos, para estar em seus braços sem cair aos seus pés, mas há um lado seu que eu nunca conheci, nunca conheci.
Tudo o que você diria, nunca era verdade, nunca é verdade."

Com certo medo, o menor olhou para Jeon, que encontrava-se encostado na pia e de braços cruzados, o olhando como se fosse a coisa mais preciosa que existe, de fato, para o moreno Jimin é como um tesouro precioso. Sozinhos naquele ambiente repleto de luz, o loiro pôde admirar um pouco mais de perto a beleza de Jungkook, seu rosto continha uma marca, seus lábios finos eram rosados e preenchidos no canto com um piercing, seus olhos brilhavam como a mais profunda galáxia, um verdadeiro e intenso olhar. Olhar sustentado entre os dois que mal se conheciam, era questionador, mas que denota admiração e euforia de intensidade.

Como se ambos se conhecessem em vidas passadas.

Perdido e em completa euforia, o menor apenas direcionava seu olhar para os olhos intensos e os lábios rosados de Jungkook. Saindo de transe pelo seu nome ser ditado pelo maior, que saiu como uma melodia o qual poderia ser escutada ao longo do dia.

- Park...sei que estou com seu celular, mas isso não é motivo para uma feição triste como a sua. - A voz saiu serena, portanto, aos ouvidos do menor a fala pronunciada saiu com grosseria. - Sei ao certo de que não fui eu que te deixei assim. - Murmurou.

- Eu...minha feição não tem nada a ver com você. - Tomou coragem para dizer, indo até a pia e abrindo a torneira, assim lavando o rosto com a água gelada.

- Sei que não tem nada a ver comigo. Por acaso...você está triste ou algo assim? - Ousou perguntar, tentando não mostrar preocupação.

- Não, estou bem, não se preocupe! - Desligou a torneira. - Céus... - Ergueu sua cabeça para olhar-se no espelho, mas o moreno logo lhe estendeu lenços para secar o rosto.

- Não estou preocupado. - Disse, olhando sério para o menor, tentando não mostrar a preocupação. - Pegue. - Entregou os lencinhos.

- Então...por qual motivo está me fazendo essas perguntas, Jeon? - Secou o rosto, olhando para o único que o deixava perdido, vendo logo a face do tatuado mudar pela pergunta.

- Apenas quero saber, Park. - Olhou para o menor, surgindo agora em seu rosto um sorriso doce.

Park sentia-se perdido, não sabia ao certo se estava alucinando ou ele havia sorrido para si.

- Você estuda há muito tempo aqui? - Mudou de assunto.

- Uhum. - Balançou a cabeça para cima e para baixo em confirmação. - Jeon... - Chamou, recebendo completa atenção.

- Diga, Park. - Aproximou-se do corpo do menor, mantendo contato visual.

- Pode devolver meu celular? preciso dele... - Porque diabos estava se explicando? o celular era seu. Foi o que pensou, mas não ditou.

Jeon o olhou e o loiro viu ele dando dois toques na tela de seu celular, a tela logo clareou.

- Vamos ser colegas de sala Park, deveríamos ter o número de celular um do outro. Então fiz um pequeno favor para você. - Sorriu ladino, entregando o celular para o dono.

- O que...o que você fez? - Mordeu os lábios em nervosismo, maltratando cada canto da boca carnuda e rósea.

- Meu número está salvo em seu celular. Antes que me pergunte e diga que ousei invadir sua privacidade, lembre-se que você entregou o celular para mim. - Falou vendo os olhos do loirinho arregalar, sabia que o menor estava surpreso.

Lua Estilhaçada; o começo.Onde histórias criam vida. Descubra agora