VI. Aproximação

435 46 0
                                    

Bakugou havia ficado feliz no primeiro momento quando Kiyoko começou a falar, mas agora, alguns dias depois do acontecido, talvez estivesse ligeiramente arrependido. A garota não parava de dizer seu nome e talvez porque ele havia deixado ela o abraçar, Kiyoko havia perdido todo o senso de espaço pessoal e não o largava por nada no mundo. Bakugou já tremia de ódio sentindo ela o abraçar mesmo que ele a afastasse várias vezes

– Caralho, solta de mim criatura do inferno! – explodiu, empurrando a cara de Kiyoko para que ela o soltasse

Mas a garota apenas ria como uma criança, pensando que estavam em um novo jogo divertido

– Kacchan. Engraçado – disse sorrindo para ele

Kiyoko ainda não conseguia formar frases inteiras e tinha o vocabulário limitado, mas ainda assim, conseguia dizer o que queria e todos a entendiam, o que já era ótimo

Bakugou bufou, já cansando dela levar aquilo como uma brincadeira. Olhou para a mãe na cozinha implorando por ajuda com os olhos, mas a mulher apenas ria da situação. Talvez pela inocência de Kiyoko e por Bakugou a enxergar como uma criança, todos não enxergassem mal naquela aproximação. Mas ele sabia que não poderia deixar assim, pois Kiyoko podia acabar fazendo o mesmo com outros que gostava como Midoriya, Kirishima e até mesmo Aizawa. Aquela imagem em sua cabeça quase o causou ânsias

Mas uma noite, Bakugou percebeu o mal de deixá-la fazer o que queria quando eles estavam no quarto, se preparando para dormir. Ele estava mexendo em seu celular quando viu Kiyoko subir na sua cama. Ele a olhou já irritado mas sentiu suas bochechas ficarem um pouco ruborizadas pela primeira vez quando a garota veio engatinhando na sua direção, e por causa da blusa folgada dele que ela usava, Bakugou conseguiu ver um pouco dos seus seios. Isso o fez lembrar que Recovery havia dito que Kiyoko era apenas um ano mais nova do que ele, e agora que estava se alimentando bem, havia conseguido um pouco de corpo

Kiyoko engatinhou até ele, com uma expressão um pouco sonolenta no rosto e Bakugou não soube o que fazer quando ela subiu em seu colo. Por um momento seus rostos ficaram a centímetros de distância e ele podia sentir seu coração acelerado dentro do peito, mas Kiyoko apenas o abraçou, apoiando sua cabeça no ombro do loiro e caindo no sono rapidamente

Bakugou ficou imóvel por um momento, ainda com o coração acelerado e sentindo a garota dormir em seu colo. Sentia os braços dela em volta de seu pescoço como também sentia a respiração calma dela perto do seu ouvido, o causando pequenos arrepios. Ele não conseguia ver o rosto dela, mas via seu corpo se mover lentamente no ritmo da sua respiração e seus cabelos gigantes praticamente a cobriam como um cobertor. Bakugou ainda sentia suas bochechas quentes por aquela situação. Não enxergava Kiyoko como uma mulher, mas nunca se esquecia que também era um homem e aquela aproximação deixava seu coração agitado. Ele passou um dos seus braços por ela, sentindo seu corpo magro pela primeira vez e teve que se levantar com ela no colo para colocá-la deitada na própria cama. Ele a ajeitou da melhor maneira que pôde e a cobriu, observando por alguns momentos o rosto adormecido dela

Ele se deitou com raiva de si mesmo quando percebeu que estava agindo igual a um idiota com o coração acelerado por aquela peste que o irritava tanto, mas mesmo assim, Bakugou demorou a pegar no sono naquela noite

Ele se deitou com raiva de si mesmo quando percebeu que estava agindo igual a um idiota com o coração acelerado por aquela peste que o irritava tanto, mas mesmo assim, Bakugou demorou a pegar no sono naquela noite

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

No outro dia, Kiyoko acordou mais alegre que o normal e quando abraçou Bakugou mais uma vez, o loiro não conseguiu evitar pensar na noite passada. A empurrou para longe e decidiu ficar distante dela o resto do dia, sem entender porquê estava se sentindo tão estranho

Fizeram o caminho até a escola normalmente, e Kiyoko não parava de tagarelar as palavras que conhecia como "céu" "árvore" "loja", entre outras. Mas diferente dessa vez estava Bakugou, que ao invés de se estressar com a garota, a observava com atenção e em silêncio. Não conseguia tirar a noite anterior da cabeça e tentava olhar Kiyoko com outros olhos; agora que não estava tão raquítica, Bakugou percebeu que ela era realmente fofa, com seu rosto pequeno e redondo e seus grandes olhos verdes claros. Seu cabelo castanho quase chegava ao seu pé e era perfeitamente ondulado, brilhando com o sol agora que parecia mais saudável. Quando Kiyoko rodopiou para olhá-lo, Bakugou sentiu suas bochechas ficarem quentes mais uma vez quando a saia dela subiu um pouco, mostrando suas pernas e ele não evitou olhar para os seios dela, que apesar de pequenos se sobressaíam um pouco pela blusa

Sim, Kiyoko era claramente uma garota

Bakugou colocou a mão na cabeça, se sentindo doido por vê-la como uma adolescente igual a ele e não como uma criança como no dia em que se conheceram. E por alguma razão, se sentia preocupado

Dessa vez, quando ele a levou para seus exames com Recovery, preferiu esperar do lado de fora. Ele percebeu o olhar um pouco confuso de Kiyoko para ele enquanto saía, mas achou que seria melhor assim

Kiyoko estava crescendo e aprendendo rápido, tanto que até já mostrava emoções diferentes, ao contrário do início, onde só ficava sorrindo igual uma babaca. E Bakugou percebeu isso quando ela saiu da sala da médica e o olhou com uma expressão séria no rosto, deixando ele surpreso quando ela o abraçou repentinamente. Ele tentou se soltar, mas ela o apertou ainda mais e disse:

– Kacchan. Perto. Kiyoko

Bakugou entendeu o que ela estava dizendo e suspirou pesado, não achava que a aproximação dos dois seria algo bom para a educação dela, mas talvez se fosse só com ele...

Afinal, Kiyoko o adorava

Ele acariciou o topo da cabeça dela, fazendo ela o olhar com as bochechas infladas e uma expressão de raiva no rosto. Ele deu um pequeno sorriso

– Tá bom, vou ficar perto – disse e a garota abriu um enorme sorriso

Mais uma vez, Bakugou sentiu seu coração acelerado

Mas se arrependeu de não ensiná-la sobre distância e espaço pessoal alguns minutos depois, quando Kaminari e Mineta chegaram na escola e viram os dois. Kiyoko sorriu alegremente, pois estava se aproximando cada dia mais do resto da turma 1-A. Os dois idiotas devolveram o sorriso e correram até ela com os braços abertos, para a abraçar

– Kiyoko-chan!!

Bakugou se meteu na frente dela e segurou os dois pelo rosto, os parando, e olhou para eles com os olhos mais vermelhos do que nunca e fervendo de raiva. Os dois estremeceram

– Vocês estão afim de morrer, né caralho?

Os dois começaram a pedir por misericórdia para Bakugou e o loiro olhou para Kiyoko que tinha uma expressão confusa no rosto, afinal, os dois só queriam um abraço. Que mal tinha nisso?

– Em casa eu vou te ensinar uma coisa! – disse Bakugou para ela ainda borbulhando em puro ódio

Pela primeira vez, Kiyoko sentiu arrepios na espinha pela cara do Bakugou

Continua...

Notas da Autora: Eu sei que os capítulos estão sendo um pouco curtos, mas eu tô adorando essas "mini histórias" dos dois KKKK

Mas relaxem que ainda terão capítulos maiores, talvez o próximo seja um 🤔 não tenho certeza

Sempre vou tentar atualizar o mais rápido que posso pra não ficar parado

Enfim, espero que tenham gostado do capítulo. Vejo vocês no próximo. Beijinhos 💋




O Lado Doce Dele - Boku no Hero Academia Bakugou X OCOnde histórias criam vida. Descubra agora