O Lado Doce Dele - Boku no Hero Academia Bakugou X OC

VII. Assuntos Sérios

O relacionamento de Bakugou e Kiyoko estava progredindo gradativamente. Já fazia um mês desde o dia em que se conheceram e os dois acabaram se tornando grandes amigos, praticamente inseparáveis. Depois de explicar para Kiyoko sobre espaço pessoal e que ela não podia abraçar qualquer pessoa, a garota pareceu ter entendido, apesar de parecer triste por talvez não conseguir expressar seus sentimentos de uma outra forma para seus amigos. Então Bakugou a explicou que deveria abraçar apenas àqueles que ela gostasse muito, o que fez a castanha pensar por alguns segundos antes de apontar para ele, sorrindo

– Kacchan. Gosto muito – disse sorrindo docemente fazendo o loiro sorrir também e fazer um carinho em sua cabeça, em aprovação

Desde aquele dia, a garota ficou ainda mais colada nele, mas Bakugou decidiu aceitar seus sentimentos e já não a afastava como antigamente, apesar dela ainda o irritar algumas vezes. Sempre que Kiyoko queria um abraço, ele a retribuía, claro, apenas quando estavam em casa. Ele também se deu o trabalho de explicar para ela que não podiam fazer esse tipo de coisa em público

Então, quando estavam na escola, Bakugou se concentrava nas aulas e em seus treinos, encontrando com Kiyoko apenas na hora do almoço e algumas vezes durante os treinos, onde ela acompanhava Recovery para ajudar com os feridos e aprender a controlar mais sua individualidade. E estava indo muito bem

Quando ele ia buscá-la para ir embora, Kiyoko sempre corria até ele com um sorriso no rosto e se despedia de todos antes de começarem a andar para casa. Bakugou percebia o quanto ela havia progredido quando a via falar algumas frases inteiras e até mesmo aprendera músicas para ficar cantarolando. Ele também percebia seu interesse por outras coisas, como roupas femininas e ele lhe prometeu levá-la um dia ao shopping

Quando chegavam em casa seguiam a mesma rotina de tempos atrás, mas agora aproveitavam mais o tempo livre entre os dois. Assistiam filmes juntos, onde diversas vezes Kiyoko preferia ficar entre as pernas de Bakugou com a cabeça apoiada em seu peito e o loiro até mesmo começou a ensiná-la a jogar videogame. Todos os dias faziam uma farra que deixava Mitsuki de cabelos mais em pé ainda, gritando com Bakugou quando o garoto insistia em brincar de lutinha com a menina indefesa que quase desmaiava sempre que ele a imobilizava

Bakugou sempre gargalhava alto. Apesar dos gritos da mãe, ele estava apenas brincando e nunca machucaria Kiyoko. Havia aprendido a gostar muito dela e agora sua presença era quase indispensável para ele. Podia ser ele, mesmo com seu jeito explosivo e meio rude de ser, mas Kiyoko o adorava de verdade e isso o fazia a olhar com outros olhos, quando estava sempre acostumado a ter pessoas com medo dele. Não havia mudado seu jeito de ser, apenas, deixou que a garota visse seus sentimentos e ela o aceitou mesmo com seus defeitos

Bakugou vivia uma felicidade tão genuína vivendo todos os dias com Kiyoko, que o dia em que Aizawa o chamou para conversar em um canto, fez com que ele se lembrasse de uma dura realidade

– A polícia entrou em contato, um casal apareceu dizendo que Kiyoko é filha deles – disse Aizawa, com as mãos no bolso da calça – Querem que a leve lá amanhã para fazerem o teste de DNA e verem se é verdade. Se quiser, posso fazer isso

Bakugou recebeu a notícia com um grande baque. Havia se acostumado tanto a Kiyoko que se esquecera completamente que a polícia procurava seus verdadeiros pais, e se, o que Aizawa estava lhe dizendo fosse verdade, então teria que se despedir dela para sempre

Aquilo fez ele sentir um aperto ruim no coração pela primeira vez, mas ele apenas respondeu casualmente:

– Vou conversar com ela e vamos até lá amanhã

Aizawa concordou com a cabeça

– Não precisa vim à aula amanhã, te darei falta justificada

Bakugou apenas maneou a cabeça, olhando para o chão, pensando no que iria fazer e em como seria a reação da Kiyoko com aquela notícia. Aquilo fez ele se lembrar de algo que vinha adiando dentro de si a muito tempo: os dois não ficariam juntos para sempre