the archer

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𝚙𝚘𝚟 𝚜.𝚗

Eu parecia estar consciente, era eu quem dirigia aquele carro. Mas ao mesmo tempo não era eu quem tinha controle sobre ele...

Eu sentia que algo estava se aproximando mas eu continuava dirigindo, enquanto minhas lágrimas caiam.

Era culpa minha, não era do sam, não era da mamãe, não era do papai, não era do michael, não era do vovô, não era do tyler, não era da erin era meu sangue sendo derramado ali.

Era tudo culpa minha, parei o carro no meio da estrada e decidi correr sozinha, seja lá pra onde eu estava indo, eu estava fugindo, adentrando a floresta enquanto as lágrimas rolavam dos meus olhos.

Eu estou cansada de tentar tanto, de nunca valorizarem quem eu sou ou o que eu faço...

A única coisa que eu tinha para me defender era meu arco e flecha, que estava preso nas minhas costas por uma corda.

Meu joelhos estavam ficando fracos e a minha garganta queimava de sede, parei de andar no meio daquela imensa e gritei, um grito no silêncio.

Mas que não saia nada, eu não conseguia fazer nada sair, eu parecia não ter voz.

Eles veem atrás de mim, eu vejo através de mim.

Quem poderia me abandonar e quem poderia ficar? Escutei algo me cutucar e olhei pra trás vendo mason completamente ensanguentado

Levantei da cama em um pulo, olhei para o lado e vi sam

sam - o que aconteceu? - me olhava assustado colocando suas mãos em meus ombros

Olhei ao meu redor tentando entender o que estava acontecendo, eu estava no meu novo quarto.

Respirei fundo tentando recuperar o fôlego

sam - você estava se debatendo na cama, parecia estar presa em um pesadelo. está tudo bem?

s/n - tá...tá sim - gaguejei um pouco

mas que porra de sonho foi aquele?
engoli em seco

sam - ótimo, levanta logo. já é tarde, daqui a pouco o cabeleireiro chega aqui - avisou e saiu do cômodo

Merda, o casamento é hoje.
me levantei desesperada da cama, peguei uma toalha e fui direto pra debaixo do chuveiro, tentando tirar a dor que tinha no meu corpo.

[...]

A casa parecia ter sido invadida por um exército de garçons, tinha deles pra todos os lados eu parecia estar cercada.

Voltei pro quarto e peguei o meu vestido que estava guardado por uma capa.
Logo batalhando pra passar entre os homens de terno sem quebrar nada, eu tinha que avisar minha mãe sobre o vestido, eu não tive-ra tempo antes.

s/n - a noiva, aonde ela está? - perguntei para um dos garçons

ele apontou para o quarto da minha mãe e do watson, assenti

s/n - obrigada - agradeci educadamente e fui em rumo até a porta

A abri sem me importar se tivesse alguém pelado ou não, na intenção de encontrar catherine. a mesma estava sentada em uma cadeira em frente a sua penteadeira, com um homem que parecia seu cabeleireiro e uma mulher que ajudava com as unhas

s/n - mãe - chamei e a mesma me olhou com um sorriso de orelha a orelha

Ela realmente está feliz

𝗺𝗶𝗱𝗻𝗶𝗴𝗵𝘁𝘀; 𝗆𝖺𝗌𝗈𝗇 𝗍𝗁𝖺𝗆𝖾𝗌Onde histórias criam vida. Descubra agora