onde em todas as madrugadas de quinta feira s.n se sentava no telhado e observava as estrelas, na tentativa de fugir de si mesma ou onde mason precisava de companhia nas noites sem sono
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CHOVIA DO LADO DE FORA...as árvores peladas com suas folhas secas espalhadas pelo chão também tomavam conta da cidade.
Eu estava vestindo um swetter branco de lã, junto de uma folgada calça de moletom e meias que esquentavam meu pé, jogada na minha cama lendo.
Esse finalzinho de ano é sempre a minha parte favorita, o vento fresco que entra pela janela, o clima ótimo para sentar e ler um bom livro acompanhado de um chocolate quente...simplesmente a melhor parte!
Até que escuto a porta do meu quarto se abrir com força me fazendo dar um pulo da cama e observar o indivíduo, pequeno por sinal se esconder debaixo da minha cama.
Abri a boca para me protestar mas acabei sendo interrompida
karen - s/n, s/n, s/n - cantarolou entrando no meu quarto com um taco de basebol apoiado no ombro
e aí que me perguntam, como deixam uma criança dessa idade com coisas assim por perto, que podem ser usadas como armas?
ninguém sabe a resposta
s/n - karen, karen, karen - cantarolei imitando a garota
karen - por acaso você viu um membro da realeza por aí? - ela disse adentrando melhor no ambiente e olhando por todos os lados
s/n - realeza? - levantei uma sombranchelha
karen - isso, o povo está a espera dele, ninguém mandou colonizar o meu país - disse encenando - agora que meu povo alcançou a liberdade, vossa alteza real merece GUILHOTINA - ela apontou com o taco bem na minha cara
fui um pouco para trás o que me evitou ficar cega
s/n - mil desculpas Robespierre - me referi a revolução francesa - mas a guilhotina já se tornou ultrapassada - me levantei da cama - e o governo francês já declarou que é ilegal usar a guilhotina - tirei o objeto com cuidado da mão da garota loira
karen - melhor ainda! - ela disse tentando pegar o taco de volta
s/n - karen eu sei que parece muito legal a ideia de matar o seu irmão mas isso não é nada saudável - tentei explica-la
karen - por quê? - me olhou com deboche
essa garota é de outro mundo mesmo
s/n - porque você não é a wandinha adams e o seu irmão não é Jesus pra ressuscitar depois - eu disse levantando um pouco a minha roupa de cama
como se eu dissese para andrew sair dali debaixo, e foi o que ele fez. o loiro saiu engatinhando e ficou de pé do meu lado, arrumando os seus óculos.
karen - aí está você - arregalou os olhos apontando para ele
andrew - eu não quero mais ser seu escravo - ele disse parecendo cansado
