Hoseok correu, subindo as escadas. Estava com medo, porém também com raiva.
Seu pai estava completamente fora de si.
— Venha aqui, seu desgraçadinho!
Se trancou em seu quarto, fazendo força para empurrar o pequeno criado mudo até a porta, bloqueando a passagem.
Sentou-se no chão, agarrando a cabeça, os olhos fechado, tentando pensar em algo que o acalmasse.
Mas nada vinha-lhe em mente.
Ouviu sons em sua porta.
Arranhões...
Arranhões e facadas...
Seu pai estava acertando a porta com uma faca.
— Abre a porta, Hoseok! Abre a maldita porta!!
— Não! Me deixe em paz!
A porta foi empurrada, certamente seu pai estava na tentativa de derruba-la.
Hoseok estava cada vez mais desesperado.
A porta caiu para dentro do quarto, junto com o criado mudo, causando um estrondo.
Hoseok gritou. Não havia para onde ir.
Seu pai avançou contra ele, tendo como reflexo o filho agarrando a faca que ele apontava a faca para o menor.
— Pai, para! Para!!
— Você me lembra dela! Eu odeio lembrar dela!
A faca escorregou para baixo, rasgando-lhe a palma da mão.
Hoseok fechou os olhos, lágrimas continuas não paravam de escorrer de seus olhos.
Tentou se debater, na esperança de tirar seu pai de cima de si, porém a tentativa foi falha.
Seu corpo vacilou, enquanto fraquejava. Seu pai puxou a faca para cima, vendo Hoseok deixar seu braço cair, fazendo uma poça de sangue se formar abaixo de sua canhota.
Desceu sua mão com ódio, acertando o corpo de seu filho, repetiu o ato freneticamente, o esfaqueando até mesmo depois de seus olhos estarem vazios e sem vida.
Ele continuava a revestir sem parar, estava cego pelo ódio e completamente cheio de adrenalina.
O piso de madeira velha já estava úmido e pingava sangue para o andar debaixo pelos pequenos buracos feitos por cupins.
Seu pai levantou, descendo e indo até a porta dos fundos. Precisava respirar, estava se sentindo sufocado.
O dia parecia ter mudado por completo. As flores haviam morrido, estavam todas caídas pela grama laranjada que fora verde vivido. O sol estava mais claro e parecia soltar raios gelados.
Ficou o olhando por mais de dois minutos, seus olhos não arderam ou pareceram queimar. Algo estava muito errado.
Olhou para a faca completamente ensanguentada.
Era o sangue de seu filho...
Cujo acabara de assassinar brutalmente e sem compaixão.
A brisa estava congelante. As árvores estavam amareladas e muitos montes de folhas estavam espalhados por todos os lugares.
Largou a faca sobre a grama, da mesma forma que seu corpo caiu ao lado dela.
"Se você for embora, eu também irei"
Meu melhor amigo é o sol! O sol é meu melhor amigo! Ele me faz brilhar e me deixa quentinho quando estou com frio. Meu melhor amigo é o sol! O sol é meu melhor amigo...
VOCÊ ESTÁ LENDO
The End of Sunshine
Short StoryHope descobriu sua depressão após começar a terapia.