capítulo 23-Objeto

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Marília

Depois da minha conversa com o Henrique eu permaneci na
minha sala até o fim da tarde. Quando já era noite eu saí
e fui direto para o consultório do doutor Carlos, lá contei
para ele tudo o que estava acontecendo nesses últimos
dias que vivi.

-Você já tentou falar com a polícia? - ele perguntou.

- Não, acho melhor não envolver polícia agora, é melhor
esperar, eu não sei quem são os verdadeiros envolvidos
nisso tudo.

-E como você está lidando com tudo isso?

-Bom, está sendo um pouco difícil, mas até agora, tudo
bem. Eu não estou sozinha.

-E como andam as coisas com você e a Maraisa?

-Estamos bem. Ela até vai ficar morando comigo por
enquanto. - disse e ele anotou algo rápido em seu tablet.

- Vocês estão bem mais envolvidas então?

-Na verdade tudo isso é mais para a proteção dela. Eu
não sei, mas desde que a conheci e soube da sua história,
eu me sinto no dever de protegê-la.

-Então o que vocês estão vivendo agora, é somente para
a proteção dela primeiro?

-E..Eu acho que sim. - disse e ele escreveu mais alguma
Coisa.

O que mais?

-As vezes eu também tenho medo daquele meu vício
voltar e eu não saber lidar com isso, com ela.

Isso não é maior que você Marília, você pode controlar
isso, continue fazendo o que eu lhe orientei e converse
com a Maraisa. Escreveu mais uma vez e me olhou-Me
fale mais sobre esse seu sentimento de proteção.
Continuamos conversando por um tempo até dar a
hora da consulta acabar e eu falar tudo que vinha à
minha mente. Depois eu consegui ter a coragem de ir na
academia, mas antes fui logo em minha casa para trocar
de roupa.

Ir para a academia e treinar loucamente foi uma das
formas que eu encorntrei de me livrar dos meus vícios,
cansar meu corpo até ele não aguentar mais nada. Mas
a solução que eu encontrei para fugir dos meus abalos
emocionais foi justamente os vícios.

Cheguei a academia e logo comecei a treinar pesado,
sem pena do meu corpo, liberava toda minha tensão
levantando pesos exagerados e fazendo esforços até ficar
morrendo sem fôlego.

- Desse jeito não vai sobrar energia pra transar hoje a
noite. Gustavo chegou falando enquanto eu corria numa
esteira.

-Esse é o plano. - disse e ele riu.

- Por que não veio ontem?

- Tive outros assuntos para resolver.

- Problemas na empresa de novo? Por isso que eu não
quero ser empresário, prefiro ser pobre e ter minha
liberdade.

- Nem todos tem essa escolha.

-Mas me diz, você nunca mais saiu com a galera, sua
namorada é tão ruim assim? - perguntou e parecia sério.

-Quando tô com ela não tenho cabeça pra mas nada
Gustavo, é só ela que eu quero.

-Você é viciante mesmo. Se apega fácil demais.

-Você acha que eu me apego fácil demais? - perguntei
ofegante e parei de correr.

- Não vejo nem um problema em um apeguinho de vez
em quando, mas é bom tomar cuidado pra não ficar nada
sério demais, principalmente se tratando de você. - Fomos
sentar em um banco próximo e descansar.

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