Capítulo 9-Ortiga

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Maraisa

Quando acordei ainda me sentia cansada. O pesadelo que
eu tive me fez demorar a pegar no sono, tive que fingir
que estava dormindo para a Marília não ficar preocupada
comigo. Queria que ela não me pergunte sobre o que
sonhei.

Olhei em meu celularejá eram dez horas da manhā de
sábado, me espreguicei e virei pro lado, levei um susto
ao dar de cara com a Marília deitada me observando com a
mão no queixo.

- Você está bem? - ela perguntou.

-Estou. Você tá acordada a quanto tempo? - perguntei me
sentando.

-Desde as oito. O café já está pronto, quer que eu traga
pra voce? - ela perguntou e ouvi o Ralf latindo, ele devia
estar preocupado comigo.

Não, já vou descer, vou ter que levar o Ralf pra tomar
banho.

-Quer que eu vá com você?

- Não precisa, eu só vou deixar ele lá e só depois vou
buscá-lo.

-Tá bom. - falou e também se sentou. - Você tá bem
mesmo?

-Estou. A beijei rapidamente e me levantei da cama.

-Não quer me contar sobre o sonho?

-Não era nada demais. Vamos?

-Tá bom, vamos. - Se fez de desentendida e me
acompanhou.

Fui libertaro Ralf, tomamos café juntas e depois saímos,
ela foi para sua casa e eu fui deixaro Ralf. Passei o dia em
casa e a tarde eu fui buscá-lo para casa.
Quando voltei encontrei uma encomenda parecida com
a outra que veio da última vez. Abri e dentro tinha uma
planta pequena e verde. Quando coloquei minha mão na
planta para pegá-la levei um susto, senti uma queimação
e ardência nos meus dedos, quando olhei pequenos
caroços vermelhos e inchados estavam sobre minha mão
e meus dedos.

Fui colocar um pouco de gelo em minha mão e com um
pano peguei a planta venenosa e a coloquei no lixo.
Embaixo dela tinha um bilhete, esse era maior que o
outro e menos enfeitado. Nele estava escrito:

-"Olá querida, te trouxe essa encomenda porque não
tive coragem de lhe dizer pessoalmente que eu sou tão
venenosa e ofensiva como essa ortiga. Eu não sou o que
você está pensando, eu sou muito pior. Você não sabe o
que eufaço para te ter sobre meus domínios, então vou
te dizer: Eu coloquei pessoas para te observarem e te
rastrearem, sei tudo o que você faz ou deixa de fazer. Pode
me perguntar isso pessoalmente que eu lhe confirmarei"
M.M

Fiquei em choque ao ler o bilhete, mas não podia ser da
Marília, o outro não era. Mas quem poderia saber disso? E
se isso que estava escrito nele fosse verdade? Por isso que
parece ela sabe tudo o que eu faço.

- Isso não pode ser verdade...

Não queria acreditar que a Marília pudesse fazer algo
assim, não acreditava que terei que passar por mais uma
decepção em minha vida. Me sentei no sofá ainda como
bilhete em mãos e liguei para a Marília.

Fiquei só pensando e imaginando, meu coração criou
uma confusão terrivele naquele momento eu só queria
entender o que estava acontecendo. Minutos depois a
campainha tocou. Limpei meus olhos e fui abrir a porta,
já era Marília

- O que aconteceu meu bem? - perguntou entrando e
ergueu minha mão. -O que aconteceu com sua mão?

-Quando você ia me contar? - perguntei e puxei minha
mão da dela.

- Contar o que? O que aconteceu? - perguntou confusa
e eu lhe entreguei o bilhete. Ela leu e ficou com uma
expressão assustada. Dobrou o bilhete e me devolveu.

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