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B | september 06, 2023Aeroporto Internacional — SJC12:00 PM

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B | september 06, 2023
Aeroporto Internacional — SJC
12:00 PM

— Ai! Minha pequena está crescendo tanto! — Minha mãe, Flávia, disse enquanto segurava meu rosto e admirava os traços, fazendo eu dar um sorriso meigo a ela. — Vou sentir saudades de você, filha. — A loira abraçou meu corpo como se estivesse me acolhendo, e eu não pude deixar de retribuir aquele aperto tão confortável e que eu sentiria tanta falta estando em Manchester.

— Também sentirei saudades de você, mamãe. — O abraço foi desfeito pela citada, que se afastou e acariciou minhas madeixas, dando um sorriso pequeno, e quando percebi, seus olhos estavam brilhando por conta das lágrimas acumuladas, fazendo meus olhos se inundarem de forma involuntária.

A mais velha se afastou de mim, e então foi a vez de um dos meus irmãos se despedir, mais especificamente, o Caio, que veio até mim fazendo graça para que eu pudesse rir.

— Você é um tonto, Caio! — Dei uma breve risada, assim como todos ali, e enfim, o abracei, sendo retribuída.

— Vai fazer falta, ovelha verde. — O loiro acariciou minhas costas, e eu só consegui rir daquele apelido.

Sim, "ovelha verde" é a forma que meus familiares me chamam, pois sou a única palmeirense no meio dos corinthianos.

— Mesmo longe ainda vou ganhar de você no Fifa. — Zombei, pois na maioria das vezes era o mais novo quem ganhava.

— Vou te esperar, minha pata. — Rimos e por fim ele deixou um beijo em minha cabeça, antes de se afastar.

— Vai com Deus, filha. — Meu pai, Carlos Alberto, disse enquanto me envolvia em um abraço aconchegante, e foi quando eu não consegui conter minhas lágrimas.

Envolvi o corpo do maior com os meus braços e deitei a cabeça em seu ombro, sentindo uma carícia em meu cabelo.

— O pai te ama, e independente de qualquer coisa, mesmo que vamos estar a horas de distância, se algo acontecer você me liga que eu vou pra lá o mais rápido possível. — Ele depositou um beijo em minha testa, me fazendo sorrir minimamente, logo soltando o abraço.

Recebi mais alguns abraços, beijos e palavras de despedidas que me fizeram chorar ainda mais, e por sorte, não estava com nenhum tipo de maquiagem; agora, a penúltima pessoa a se despedir de mim era Yuri, que me envolveu em um abraço apertado e eu chorei feito uma criança.

— Te desejo todo o sucesso do mundo, minha princesa, sempre estarei torcendo por você, aproveite o máximo que conseguir, viu. — Ele deixou uma carícia em minha cabeça, enquanto meu rosto estava escondido em seu pescoço, que estava molhado por minhas lágrimas. — Ligue sempre que puder pra gente, e quando conseguir manda suas fotos pra gente. — Ele deu um sorriso enorme, e então me afastei dele, que segurou minha mãos. — Não esqueça que você sempre será protegida pelo sangue. — Ele acariciou a pulseira acinzentada que todos nós tínhamos, que recebemos da igreja que frequentamos.

𝐒𝐀𝐌𝐁𝐀 𝐈𝐍 𝐌𝐀𝐍𝐂𝐇𝐄𝐒𝐓𝐄𝐑 ─ antony santosOnde histórias criam vida. Descubra agora