35. ❛ 𝚍𝚎𝚊𝚏𝚎𝚗𝚒𝚗𝚐 𝚜𝚒𝚕𝚎𝚗𝚌𝚎 ❜

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𖥻 ִ ۫  𓈃 ☁️ SILÊNCIO ENSURDECEDOR  ── ⩇⩇

OLHEI PARA O PRATO DE COMIDA que estava na minha frente

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OLHEI PARA O PRATO DE COMIDA que estava na minha frente. Evitei os olhos que me encaravam de diferentes lados da mesa. Tanto minha irmã quanto meu marido olharam para mim, esperando que eu me movesse ou falasse, qualquer coisa na verdade. Meus filhos e os filhos de minha irmã olhavam para mim com frequência, mas nunca da maneira que estavam olhando agora. O olhar de Rhaenyra estava cheio de tristeza, enquanto o de Daemon estava indubitavelmente cheio de raiva.

A última vez que fiz contato visual com alguém desta família foi há mais de um ano.

Meu desejo de viver e vontade de ser mãe, esposa ou até irmã já se desvaneceu há muito tempo. Acho que a única coisa que me mantém viva é o medo de morrer. Sei que deveria ser o fato de ter machucado as pessoas que mais amo, mas não é. Às vezes me pergunto se meus queridos bebês ficariam magoados, depois de tanto tempo sem estar lá para eles. Talvez eles já pensem em mim como alguém morta. Tenho certeza de que Daemon ficaria feliz em ser livre para fazer o que quisesse, já que não estaria mais preso a mim.

Ergui os olhos do prato para meus dois filhos mais velhos. Jaelyx encontrou meu olhar e me deu um sorriso tão suave que você mal podia vê-lo. Como meu filho e seus irmãos ficaram lindos. Meu coração se partiu um pouco mais, perdi tanto tempo com eles. Oh, como eu gostaria de poder ser eu mesma novamente.

Levantei-me da cadeira e alisei meu vestido.
Enquanto caminhava em direção da porta, ouvi alguém se levantar, alguns passos depois, ouvi o som de algo sendo jogado contra a parede. Parei, mas não me virei. Eu já tinha certeza de quem fez isso.

Nenhuma palavra foi dita antes que o aperto de Daemon estivesse em meu braço. Ele me puxou rudemente para fora da sala de jantar me levando a outro cômodo.

Por um momento tudo ficou em silêncio, tão silencioso que era ensurdecedor. Mesmo os pensamentos na minha cabeça que eram tão altos que me impediam de dormir ficaram em silêncio. Eu sabia que este seria o único momento que eu teria para preparar e pré-processar qualquer coisa que Daemon estivesse prestes a me dizer.

Olhei para tudo menos para ele, esperando que ele desistisse e simplesmente fosse embora. Mas não era assim que Daemon era. Eu podia sentir sua raiva irradiando dele. Parecia que adagas esfaqueavam cada centímetro possível do meu corpo.

— O que há de errado com você?—. Daemon perguntou, veneno se misturando com suas palavras.

Um arrepio forte e frio desceu pela minha espinha. Eu não disse nada. Eu não sabia como dizer ao homem que eu amava tanto, o homem sem o qual eu mal conseguia respirar que eu queria morrer. Eu me senti envergonhada só de pensar nisso.

O que há de errado com você?—. Daemon agarrou meu rosto na tentativa de me fazer olhar para ele.

As lágrimas que tentei tanto segurar começaram a escorrer pelo meu rosto. Meu coração e talvez até minha alma estavam partidos. Não havia como me consertar. Vivo em constante estado de medo e cansaço.

— Sinto muito.— eu disse enquanto chorava.

— Você sente muito? Rhaemax, Jaelyx e Aeva aceitaram que você se foi, você é um fantasma para eles. Rhaenelle, Daemian e Aedith mal te conhecem. Eles precisam da mãe e você nem os reconhece. Você deixou seus filhos, Aenora! Você deixou NOSSOS filhos!—. Daemon fez uma pausa por um momento.— Você me deixou. Você fez promessas e quebrou todas elas. Sinto que estou de luto por você e você nem está morta.—

Eu sabia que ele estava certo. Eu sempre soube disso. Tenho ouvido meus filhos falando de mim e tenho pensado nas promessas que fiz. Mas, ouvindo isso vindo dele, senti como se meu coração estivesse sendo arrancado do meu peito.

— Diga-me Aenora, o que há de tão errado com você que você não pode nem falar ou olhar para qualquer um de nós?—. Daemon soltou seu aperto no meu rosto.

Depois de mais de um ano, finalmente olhei para ele. Ele parecia o mesmo, seu cabelo estava um pouco mais comprido, mas ele era o mesmo.

— Deixe-me ir.— eu sussurrei. — Por favor, deixe-me ir.—

O rosto de Daemon suavizou. Ele olhou para mim com muitos tipos diferentes de emoção; preocupação, tristeza e realização. Ele finalmente me viu pelo que eu era. Ele ouviu o que eu estava dizendo.

— Estou cansada, Daemon. Não posso viver assim, sinto como se estivesse me afogando. Eu amo você, amo nossos filhos e amarei para sempre, mas estou desaparecendo lentamente.— Lágrimas continuaram a rolar pelo meu rosto enquanto eu falava.

Daemon hesitantemente me trouxe para seus braços e me segurou enquanto eu soluçava. Pela primeira vez no que pareceu uma eternidade, me senti segura. Deixei-me quebrar completamente nos braços do meu marido. Uma sensação de alívio tomou conta de mim. Tudo o que eu tenho guardado por anos foi finalmente solto.

Ele se afastou levemente para colocar sua cabeça contra a minha.

— Você está perdida, meu amor. Em sua cabeça, você está perdida e você sente que quem você costumava ser se foi, mas eu ainda sinto você. Por mais difícil que seja, Nora, eu vou te encontrar. Eu não posso viver em este mundo sem você.— Daemon falou suavemente.

— Eu te amo, Daemon.— Eu disse a ele enquanto enxugava minhas lágrimas com a manga do meu vestido.

Daemon me olhou nos olhos antes de beijar minha testa.

Daemon me olhou nos olhos antes de beijar minha testa

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001| Chorei? Um pouco....foi muito na verdade.

002| Espero que tenham gostado, beijos amores 😘😘

𝐀𝐄𝐍𝐎𝐑𝐀,   ✶   house of the dragon ✔Donde viven las historias. Descúbrelo ahora