conselhos e sonhos

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Pagamos a conta e vamos em direção ao carro e isso tudo sem dizer uma palavra, apenas trocando olhares e sorrisos.

no carro não é muito diferente, sorrisos e olhares até que chegamos na porta da casa de benny e ele olha pra mim:

-então...

-é- eu não sabia o que iria dizer

-você parece surpreso- ele diz olhando pra mim um pouco tímido

-não posso dizer que não estou

-Quer falar sobre isso?

-talvez mas em algum momento, não agora

-tudo bem -ele diz parecendo um pouco cabisbaixo - eu vou entrar então tudo bem

eu seguro seu braço enquanto ele tentava sair do carro e o puxo de volta o deixando perto de mim novamente, ele me olha com admiração e até um pouco de surpresa. me aproximo mais beijando-o e dessa vez não é necessitado ou quente é somente lento e confortável.

nos separamos e ele olha pra mim sorrindo, me dá um último selinho e sai do carro entrando porta adentro em sua casa, eu olho para frente e seguro o volante com ambas as mãos enquanto respiro fundo.

ando uns 500 metros com o carro e minha ansiedade não me deixa nem ao menos pensar, eu então pego meu telefone e ligo pra Charlie, ela seria a mais qualificada nesse momento, rezo pra que dessa vez ela me atenda e felizmente acontece:

"alô?"

"Charlie, eu... nós precisamos conversar"

"ahn... tá claro pode falar"

"você se incomoda se for pessoalmente?"

"claro que não Deanno, quer que eu vá pra sua casa ou você vem pra minha?"

"eu vou pra sua, já tô meio perto"

"ok até então" ela diz e eu desligo

chegando na casa dela eu toco a campainha e tenho quase certeza de que estava com uma cara muito séria ou carrancuda porque ao abrir a porta ela me olha e diz:

-Por deus o que te deixou assim, vem, entra tem pizza vamos comer.

eu entro e vamos em direção a cozinha e começamos a cortar os pedaços de pizza ela me da um e se encosta na bancada:

-e então, o que aconteceu, você não parece muito bem amigo

-eu comecei a gostar de alguém, ou melhor, eu pensei que tinha começado a gostar de alguém

-hmm- ela faz um som enquanto termina de engolir- e ai como ela é? gostosa aposto

eu olho pra ela desolado, eu não sabia como dizer, por onde começar então digo:

-não... não é uma mulher- digo e olho pra baixo

-a, agora eu entendi, ei Deanno tá tudo bem, é normal estar um pouco confuso agora

-mas esse não é o problema de verdade

-bom, você pode falar tudo pra mim, sem medo, aqui é um local livre de preconceitos

-tudo bem, eu meio que comecei a ficar um pouco afim do nosso professor

-Qual?

-matemática

ela arregala os olhos pra mim e diz- pelo menos tem bom gosto, prossiga

-aí teve esse dia que eu sonhei com ele e tals, mas eu pensei que fosse só tipo, falta de alguém sabe e os hormônios também, então eu só saí com a Cassie e tals e pensei que tinha melhorado

Variável - DestielOnde histórias criam vida. Descubra agora