Capitulo 5

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Hoje o hospital está um caos que só, tem dias que está tranquilo, mas tem outros que pqp e eu não consegui sentar pra comer até agora pq não parei  um minuto se quer. Peguei as 10hs e vou até as 22hs da noite, já era 21:20 e estava terminando de atender uma paciente.

— Muito obrigada Doutora

— Por nada e não esqueça de tomar as vitaminas viu?! - ela assenti e logo sai do consultório, respiro fundo fechando meus olhos e logo ouço a porta abrir.

— Pq eu não nasci herdeiro - ouço a voz do Nilo e sorrio pra mesmo que estava com duas xícaras de café na mão -

— Me pergunto a mesma coisa todos os dias - falo me ajeitando sobre a cadeira e ele me entrega uma xícara - Obrigada - agradeço e bebo um pouco do café que estava quentinho.- Era disso que eu precisava

— Mas você diferente de mim tem alguém que pode te dar tudo...- ele resmungo e eu já até sei a quem ele se referia -

— Não, começa não por favor - murmuro respirando fundo -

— Estou falando alguma mentira?

— Sim. Pq se ele realmente quisesse estar comigo não teria terminado. Tô ligada que a vida que ele leva é foda e a qualquer momento pode dar ruim, mas ele não me deu nem a opção de opinar sobre.

— Mas pelo que eu soube ele só estava tentando te proteger.

— Sim...- bebo mais do meu café -

— Então pq vocês vivem nesse pé de guerra se eram apaixonados..- logo o interrompi -

— Não é bem assim, não éramos apaixonados, a gente se gostava e gostávamos do lance que tínhamos. - ele me olha torto -

— Jade, diz pra mim que tu não sente nada pelo chefão do chapadão - ele diz em um tom engraçado me fazendo rindo -

— Podemos mudar de assunto, por favor? - peço quase implorando com o olhar -

— Tudo bem...

Ficamos ali conversando até ele ser chamado, olho o relógio e vejo que estava quase na hora de ir embora. Catei minhas coisas e sai da minha sala, bati meu ponto logo saindo pro estacionamento do hospital.
Entro em meu carro e quando pensei em dar partida vejo que o Ret está me ligando, estranhei, mas atendi:

   Ligação on 📱

— Oi?
— Preciso da sua ajuda..- ele diz baixo -
— Pra que, o que houve?
— Cabelinho tomou um tiro, só que a médica do postinho não está e eu não posso levar ele pra um hospital do asfalto..- nem deixei ele terminar de falar -
— Tá tá tô indo já - digo e desligo na cara dele -

Ligação off 📱

Ligo o carro dando a partida em direção ao chapadão. Eu odeio o trânsito do Rio de Janeiro, caralho eu buzinava igual uma maluca pra vê se esse povo andava, logo o trânsito voltou a andar e eu dirigia feito uma louca, o que me resultou quase bater no carro da frente que não deu seta.

— SETA NÃO É CU NÃO, PODE DAR QUE NÃO DÓI CARALHO - grito com a cabeça do lado de fora da janela -

Respiro fundo tentando me acalmar enquanto diminuo a velocidade. Apos alguns minutos já avisto a entrada do morro, como os meninos já conhecem meu carro só fizeram sinal com a mão para eu poder seguir direto. Pego meu celular no banco do carona e ligo pro Ret que logo atende:

Ligação on 📱

— Tão onde?
— Casa da minha mãe - dito isso desligou-

Ligação off 📱

No chapadãoOnde histórias criam vida. Descubra agora