𝐑𝐔𝐍, 𝐒𝐓𝐄𝐋𝐋𝐀, 𝐑𝐔𝐍!

3.6K 463 53
                                    

CORRA, STELLA, CORRA! by Stella Hawkins

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

CORRA, STELLA, CORRA! by Stella Hawkins


TEXAS, VINTE ANOS ANTES

Dizem que nossa mente tende a nos fazer esquecer dos eventos traumatizantes que presenciamos ao longo da vida. Talvez seja por isso que não me lembro de muita coisa do dia em que meu mudo virou de cabeça para baixo.

Me lembro do gosto do bolo de chocolate que papai trouxe para o café da manhã do meu aniversário. Me lembro de receber presentes dos amigos na escola. Me lembro de voltar para casa, meu pai estava de plantão, ele era policial, e só chegaria na manhã seguinte.

Passei o dia inteiro lendo, ouvindo música e repassando a coreografia que apresentaria no próximo jogo de basquete da minha escola. Esquentei a comida que meu pai deixou no micro-ondas e jantei, por volta das dez da noite eu decidi ir dormir.

Acordei horas depois com o barulho horrível de explosões e luzes da polícia. Era estranho, porque durante todo o dia eu vi carros da polícia por toda a parte. Pensei em ligar para o meu pai e perguntar o que estava havendo, mas um grito me impediu de fazer.

O grito vinha da casa dos vizinhos. Corri para o meu armário e tirei de lá meu arco e minha alveja de flechas. Os sons de explosões continuavam, sai de casa com o arco pronto para atirar. Assim que pisei na rua de asfalto, a porta da casa em frente a minha se abriu e uma garota de cabelos cacheados e pele escura saiu da mesma.

Sarah Miller.

Ela era filha do nosso vizinho, o melhor amigo do meu pai: Joel Miller. Eu conhecia a família de Sarah desde que éramos crianças, mas nós nunca fomos de fato amigas como nossos pais eram.

Sarah me viu e correu na minha direção.

- Stella! - ela exclamou assustada.- cadê o seu pai?

- Está de plantão. Onde está o seu o pai?- perguntei assustada.

- Eu não sei.- ela confessou.

- O que tá acontecendo?- perguntei confusa.

- Eu não sei - ela repetiu.- acordei com as sirenes, a senhora... ela ficou maluca.... tentou...

Antes que Sarah terminasse sua frase, a nossa vizinha saiu da casa onde ela havia fugido minutos antes. A velhinha simpática agora parecia aterrorizante com, o que parecia serem tentáculos pequenos saindo de sua boca.

Ela correu na nossa direção. Empurrei Sarah para trás de mim com toda minha força e mirei na velha, acertando sua testa com minha flecha. A velha parou por alguns segundos. Segundos suficiente para eu engantar a segunda flecha e atirar contra ela mais uma vez, e outra, e mais outra. Até que ela caiu no chão de vez e não se levantou.

Sarah agarrou meu braço e nós duas trocamos olhares. Estávamos morrendo de medo.

- Precisamos sair daqui.- avisei.

BORN TO DIE           joel millerOnde histórias criam vida. Descubra agora