Last Chance: Dangerous Back

Cap.3: Ready To Love Again

Brooklyn - NY

P.O.V Angel 05:38 a.m.

— Não pai, já tá tudo bem. Eles apenas me pediram pra ficar mais um dia aqui enquanto colhiam mais algumas informações, só que como viram que eu não tive nada a ver já posso voltar pra casa. — Estava explicando pro Carl o motivo de eu não ter voltado pra casa ontem. A pedido da polícia eu fiquei mais um dia em Nova York por causa do ocorrido com o Daniel. Investigaram mais algumas coisas, revistaram até o meu apartamento, que inclusive eu só comecei a empacotar minhas coisas e fazer a faxina pra entregar ao dono depois que a polícia parou de me xeretar.

No fim das contas eles descobriram que eu não tive nada a ver com a morte do rapaz. Óbvio. E me liberaram pra poder voltar pra casa.

Havia tirado a noite só pra guardar minhas coisas em caixas, sacolas e limpar todo o imóvel. Deixei ele exatamente como eu peguei há 4 anos atrás. Levei apenas uma TV que eu havia comprado e um microondas.

O porta malas do meu carro era bem espaçoso e coube exatamente tudo o que trouxe, apenas a TV coloquei no banco traseiro e algumas caixas. O Aster foi na sua caixa de transporte no banco de carona, inclusive ele já tava no seu cantinho.

— Quer que eu vá te buscar? — Perguntou o meu pai e dei uma risada, fechando o porta malas.

— Não pai. Não precisa, já tô de saída.

— São quase 15 horas de viagem, Angel. — Olhei a hora no meu relógio de pulso e sorri.

— Eu sei, por isso estou saindo cedo. Quero chegar em casa pelo menos antes das 21hrs.

— Toma cuidado, filha. Pelo amor de Deus.

— Relaxa pai, se eu sentir sono eu juro que paro em algum lugar. — Tentei o máximo acalmá-lo e segui rindo da sua preocupação a toa. — Eu te amo, prometo que terei cuidado.

— Tá bom. Te amo e até mais tarde.

— Até. — Desliguei e ocupei meu lugar no carro, olhando pro Aster que tava deitadinho. Acho que estava com sono, pois foi dormir tarde assim como eu.

Quando saí do estacionamento do meu antigo prédio e peguei as principais ruas de Nova York um sentimento de realização tomou conta do meu corpo. 4 anos nesse lugar pra tentar um rumo novo e veja só o que me aconteceu, as coisas mudaram, me sinto viva novamente.

Enchi o tanque em um posto de gasolina e também completei o gás. Comprei na conveniência algumas coisas pra comer no caminho e coloquei um pouco da ração do Aster na sua casinha. Teria que parar a cada 2 horas pra ele fazer xixi e quem sabe até eu, mas claro, se der vontade.

Meu destino era o caminho de volta pra casa. Atlanta estava a minha espera mais uma vez e dessa vez não era uma simples visita, dessa vez eu iria pra ficar.

P.O.V Justin Bieber 20:17 p.m.

Ontário - CA

— Eu já tô indo porra, sossegue o pau aí. — Falei pro Chaz pelo celular e tomei os remédios receitados pelo Bell. — Que caralho, Chaz! Eu tô no caminho. — Menti e peguei a primeira camisa que estava fácil no closet.

— Tu vai perder a reunião. — Rolei os olhos e saí do quarto, indo pras escadas e encontrei com o Jeremy as subindo. — Vem logo, Bieber.

— Vá se foder, Chaz.

— Que guerra online é essa? — Perguntou o meu pai voltando o percurso das escadas quando me aproximei do aparador com as bebidas. — Vai sair?

— Sim. Tenho uma reunião com os caras. — Bebi algumas doses de whisky e percebi ele me olhando seriamente. — E antes que me pergunte, eu não pretendo ficar em Atlanta. O lance é só o assalto e darmos o fora de lá.