Cap.4: What I Put You Through

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P.O.V Angel 10:28 a.m.

Atlanta - GA

Encarava o Carl completamente perturbada. Esse sexto sentido de pai é a mesma coisa de mãe? Deve ser, considerando que o Carl foi tudo pra mim e se preocupa comigo, eu devo acreditar.

Corri o risco de ser abusada sexualmente ou morta, ou então as duas coisas ao mesmo tempo. Meu Deus, que loucura. Será que o assassino do Daniel viu alguma coisa e decidiu agir? Porque se foi verdade não é coincidência, tinha alguém me espionando ou espionando ele, não sei, tô pirando.

— Graças a Deus que nada de ruim te aconteceu e você já está em casa e segura. Agora come. — Ele apontou pra comida e suspirei. Antes de eu começar a comer a campainha foi tocada. — Deve ser o Edmund. — Enruguei a testa e ele foi atender. Segui com o pensamento da intuição do meu pai e um sentimento de desespero ainda corria dentro de mim. — Sim, Angel, vem cá. — Gritou o Carl da sala e fui até lá, vendo o Edmund e o Eddie. Meu ex colega de classe no ensino médio.

— Bom dia. Oi, Eddie.

— Oi, Angel. Como vai? — Ele me cumprimentou e o abracei. — Você mudou muito. Esses anos fora lhe fez bem. — Dei um sorriso sapeca e o Carl nos olhava de orelha a orelha. Hii, nem vem pai. Pensou meu subconsciente.

— Bem, filha. Eu agi pelas suas costas já na reta final da faculdade.

— Como assim? — Não tava entendendo nada.

— Seu pai me procurou após a inauguração do Fed. — Cruzei os braços e enruguei a testa. — E me pediu um emprego pra você que já estava se formando e eu disse que ia pensar e considerar, já que seu pai é um grande amigo meu e me ajudou bastante. Prometi que te daria um emprego lá. O que me diz? — Abri a boca em formato de O e fiquei chocada.

— Um emprego? Sério isso? — Parecia não acreditar. Meu Deus. — Meu Deus! Eu pretendia enviar meu currículo próxima semana pra alguma empresa.

— Não será preciso. Eu quero que você aceite, começando com um estágio. A minha secretária superintendente está de licença maternidade. Você pode ficar no lugar dela até ela voltar e depois eu te coloco em um dos cargos de bancário. — Coloquei as mãos na boca e sorri largamente de tamanha felicidade. Não conseguia acreditar que tudo tava ocorrendo tão bem e rápido.

— Então filha? — Vi os olhinhos do meu pai brilhando assim como um largo sorriso de orgulho em seus lábios. Isso iria ajudar muito a ele, nas despesas da casa.

— É óbvio que aceito. Quando começo? — Meu pai riu junto do Edmund.

— Amanhã você pode ir conhecer o Fed e na segunda feira já pode começar. — Concordei, alegremente e coloquei as mãos na boca.

— Tá bom então. Amanhã irei visitar o Fed. — O Edmund sorriu, assim como meu pai. Eu estava imensamente feliz com a proposta de emprego, eu pretendia trabalhar, mas não achei que seria tão rápido. Considerando que nem me dei o trabalho de enviar meu currículo, parece que é Deus escrevendo minhas linhas certamente.

Conversei um pouco mais com o Edmund sobre o cargo e ele me achou bastante competente pelas palavras, mas queria ver na prática.

Espero que um branco não tome conta do meu cérebro próxima semana. Esse emprego veio na hora certa, tenho vários planos profissionais.

Quando eles foram embora o Carl assumiu que procurou o Edmund antes da minha formatura. O Eddie fez gastronomia por 2 anos e o Carl ajudou ele bastante na cozinha do restaurante do Robert. É típico  um ciclo de amigos de infância ajudando seus filhos, admito que acho isso bem legal.

Last Chance: Dangerous BackOnde histórias criam vida. Descubra agora