Capítulo 12

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Então, esse capítulo contém cenas mais explícitas. Se não curte, sugiro que pule. Mas como agora Thomas e Emily são ambos maiores de idade, sinto que posso explorar mais essa parte sexual deles. Pretendo inserir o mesmo em Desejos Profanos, com Lilith e Max.

E para quem tá perdido, basicamente o conto intercala entre passado e futuro. Esse cap. é continuação do 8.

Emily Osíris.

Presente...

Olhei para o corpo pequeno de Ethan, esparramado na cadeirinha do carro.

A noite refletia atrás de mim, o silêncio do estacionamento do meu prédio parecia quase sufocante em comparação ao caos que se alojava em minha mente.
Os olhos verdes de Ethan estavam fechados, e eu silenciosamente apreciava a calmaria que sua expressão sonolenta transbordava. Seus lábios cheios e vermelhos estavam entreabertos, deixando escapar sua respiração calma e revelando os dois únicos e lindos dentinhos brancos em seu sorriso.

Me apoiei na porta do carro, não querendo deixar o conforto daquele silêncio.

Thomas estava lá em cima agora, me esperando.
Eu o deixei em meu apartamento, antes de ir buscar Ethan com Lilith. E agora, eu não sabia se tinha forças o suficiente para entrar naquele elevador e encará-lo.

Sempre fomos nós dois.
E tudo já tinha ruído sendo apenas nós dois.

Ergui meus dedos até tocar a testa suave de Ethan. Afastei uma mecha negra que caia sobre seu rosto.

Tão calmo.

Ethan era diferente de nós dois.
Ele era perfeito.

-- Mamãe... -- Sua voz baixa e doce soou em um resmungo.

-- Shiuu... -- O acalmei. — Está tudo bem, meu anjo. Mamãe está aqui.

Passei minhas mãos suavemente por suas costas, tranquilizando-o enquanto deitava sua cabeça em meu ombro. Seu corpo pequeno logo se ajustou a frente do meu corpo e seus suspiros acertaram meu pescoço, quando meu pequeno voltou a dormir, agora em meu colo.
Fechei a porta do carro, depois de deslizar a bolsa com as coisas de Ethan em meu ombro livre.

Olhei para o meu reflexo no espelho, ao entrar no elevador do meu prédio.
Me surpreendi ao ver a cor em minhas bochechas e o brilho de animação em meus olhos. Meus cabelos estavam bagunçados e eu também parecia cansada, mas de algum jeito estranho e quase impossível, eu também conseguia ver o reflexo da velha e apaixonada Emily Osíris refletida em meus olhos.

Ethan se mexeu em meus braços e eu pisquei, antes de afastar meu olhar do meu reflexo e ajeitar sua camisa azul para que cobrisse a borda aparente de sua fralda. Apertei o botão do meu andar e me virei, observando os números subindo a medida que meu andar se aproximava.

Enfim, quando o número do último andar piscou em meus olhos e as portas se abriram, eu pude sentir o mesmo borbulhar de antes trovejando pelo meu corpo.

A cada passo pelo corredor, em direção a única porta a vista, eu implorava a qualquer energia onipotente para que protegesse a minha família. Assim que pisei sobre o tapete de entrada, a porta se escancarou.

Thomas estava ali.
Seus cabelos negros bagunçados e molhados, combinando perfeitamente com os olhos verdes brilhantes. Olhos que pareciam ter vivido mais do que seus 20 anos poderiam denunciar.

Mas assim como eu, parado sob o batente da porta, enquanto sua mão apertava a maçaneta prateada com tanta força que fazia com que suas veias saltassem, eu podia ver o mesmo Thomas de anos atrás.

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