Capitulo 1.

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Notas iniciais: Oi, voltei com uma história curtinha pra vocês!
"Ai Tina, mas você tá demorando um ano pra atualizar querida!"
Sim, eu to, mas me deu vontade e eu postei essa. Nos vemos lá em baixo.

NATASHA ROMANOFF

Eu estava no meio de mais um turno de 12 horas
Era sempre cansativo trabalhar por um período tão longo de tempo, mas de certa forma, minha mente ficava mais tranquila quando eu gastava minhas horas no hospital.

O bip agudo dos monitores cardíacos eram como música para meus ouvidos, ditando o ritmo de meus movimentos. Pessoas normais odiavam esse barulho em específico, mas eu apreciava firmemente. Um bip no monitor sempre significa que ainda existe vida na pessoa conectada a ele.

Com esse pensamento, caminhei até a mulher misteriosa que havia sido deixada no hospital como desconhecida há alguns dias antes. Seu braço estava conectado a uma intravenosa e havia um suporte de oxigênio em suas narinas. Ela havia sido diagnosticada com overdose de heroína, seu braço ainda estava roxo ao redor de onde a agulha havia perfurado sua pele.

Chequei seus sinais vitais, ainda abaixo do normal, e então iniciei a rotina de medicamentes que o médico havia prescrito à ela. A garota misteriosa estava desacordada desde que chegou aqui e, para ser sincera, eu não saberia dizer com certeza se ela acordaria. Entretanto, olhando em seu rosto obscuro, algo simplesmente acendia dentro de mim. Eu não a conhecia, mas irracionalmente, desejava muito que ela sobrevivesse.

Minha mente era sempre muito fértil para imaginar os diversos cenários que poderiam tê-la levado até ali. Seria essa garota misteriosa uma viciada há muito tempo? Sua overdose foi um acidente ou ela tentou se matar?

Muitas perguntas passavam na minha cabeça e me peguei desejando poder saber mais sobre a sua história. Talvez ela tivesse tido uma vida triste e difícil, resultando na situação em que se encontrava agora. "Ou talvez ela seja apenas uma maluca completamente psicopata", minha consciência gritou internamente como um aviso.

Meus dias no pronto socorro tinham me mostrado o quão difíceis as pessoas podem ser e como a sociedade estava caminhando para a autodestruição, porém eu não conseguia deixar de pensar que, se estivesse ao meu alcance, ajudaria essa garota em um piscar de olhos.

Olhando em minha volta, eu sabia que o hospital estava cheio e ainda tinham muitos pacientes para visitar antes que o plantão acabasse, mas minha irracionalidade continuava me mantendo ao pé daquela cama, encarando o cabelo castanho mal cuidado que a garota ostentava. Eu quis rir um pouco, pensando no porquê ela me chamava tanto a atenção, afinal de contas, ela não era nada além de uma desconhecida.

"Talvez ela só estivesse perdida", mais uma vez meus pensamentos ecoaram dentro da minha cabeça.

Me distraí por alguns segundos enquanto encarava aquele rosto que, à essa altura, eu já havia percebido que era bastante bonito. De alguma forma ele me prendia muito mais do que era possível explicar, me deixando um pouco desconectada da realidade.

— Porra! Morrer é fodidamente claro! -uma voz áspera e fraca soou, chamando minha atenção. — Eu esperava ficar no escuro por mais tempo. Quem diria que no inferno teria tantas luzes!

A encarei enquanto ela piscava os olhos, sabendo que muito provavelmente ela não tinha a menor noção de onde estava. Minha mão, em automático, tocou ligeiramente seu braço, em uma tentativa de chamar sua atenção e contê-la e imediatamente os olhos da minha paciente estavam nos meus, me encarando de volta, confusão dançando por sua expressão enquanto ela tentava entender o que estava acontecendo.

— Meu nome é Natasha Romanoff. -me apresentei falando um pouco mais alto. — Você esteve nesse hospital pelos últimos doze dias. Pode me dizer qual o seu nome?

Waste (Short fic)Onde histórias criam vida. Descubra agora