Ódio

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Fallon narrando:

Ele se sentou no sofá me deixando sobre o seu colo. As minhas pernas continuavam enrroladas em seu cintura e os meus braços continuavam enrolados em seu pescoço.

O beijo continuava tão intenso como havia sido iniciado, e eu odiava amar o que estava a acontecer.

Ele separou ligeiramente os nossos lábios dando espaço para respirar.

Fallon-eu te odeio.

Aidan-eu sei, mas não te preocupes que é recíproco.

Ele me beijou mais intensamente e então as suas mãos entraram por dentro da minha camisola, fazendo com que a ponta dos seus dedos entra-se em contato com a minha pele. Os seus dedos estavam frios, o que fizeram com a minha pela arrepia-se e com isso propocionando-lhe um sorriso convencido.

Ele selou nossos lábios e beijou meu rosto.

Fallon-isto é uma péssima ideia.

Aidan-eu sei.

Ele disse e beijou o meu pescoço ao mesmo tempo que sem eu esperar ele rodeou o meu seio com sua mão.

Eu tinha muitas inseguranças com o meu corpo, o Tom sempre me fazia lembrar disso, e uma delas era o facto dos meus seios serem pequenos demais, mas uma coisa que notei foi que o Aidan não se importou com isso.

Ele desceu as suas mãos até á beira da minha camisola e então olhou em meus olhos, como se pedisse autorização para avançar.

Acenei afirmativamente com a cabeça e estiquei os braços para cima. Ele rapidamente puxou a minha camisola.e deixando apenas com o meu sutiã preto de renda.

Os seus olhos queimaram no meu corpo e senti meu rosto ganhar uma tonalidade rosa.

Ele então me olhou e mesmo com a falta de luz conseguia ver o sorriso convencido no seu rosto.

Ele aproximou-se e me beijou ambas as minhas bochechas, não entendi o motivo e então ele se aproximou do meu ouvido.

Aidan-de todas as coisas que esperei fazer-te sentir, a última delas que pensei foi a vergonha.

Não consegui falar nada e então ele deixou um selinho leve nos meus lábios.

Não sei porquê mas depois daquele selinho, com um toque de carinho, senti-me na necessidade de perguntar.

Fallon-como consegues gostar de mim?

Os nossos lábios estavam próximos isso não me ajudava em nada em manter a postura.

Aidan-eu não gosto de ti, eu odeio-te, eu odeio-te tanto que ás vezes não te consigo tirar da minha cabeça e isso é irritante.

Ele voltou a me beijar e o controlo do meu corpo começava a desaparecer.

As minhas mãos tocaram na beira da sua camisola e então ele repetiu o mesmo movimento que eu havia feito. Com um pouco de dificuldade devido á diferença de tamanho retirei a sua camisola.

Ele parou apenas olhando para o meu rosto, eu o encarei durante uns segundos mas depois me aproximei e lhe deixei um beijo rápido nos lábios. Desci para o seu pescoço e destribui beijos naquela zona, fiz o mesmo no seu peito. Ele apenas observava cada movimento meu.

Mas enquanto ele me observava a minha mente e o meu corpo viajavam naqueles ombros largos, naquele peitoral e abdômen definido, naquele rosto perfeito delineado e naqueles lábios carnudos e levemente vermelhos devido aos beijos intensos.

Eu o odeio, eu o odeio tanto.

Por mero impulso do meu corpo passei de leve as minhas unhas no sei abdômen e ele soltou uma respiração pesada.

Derrepente os seus dedos gelados tocaram na parte de baixo do meu queixo e então ele elevou meu rosto para que olhasse na direção do seu.

E eu olhei. Afundei-me naqueles olhos verdes.

Aidan-Se continuares a fazer o que estás a fazer, terei de considerar em te sequestrar mais vezes.

Sorri. Ele beijou o meu sorriso.

Fallon-quando me sequestrares novamente certefica-te que seja num dia em que no dia a seguir não tenha compromissos.

As mãos dele pousaram na minha cintura e ele ficou fazendo carinho naquela zona.

Aidan-tenho de deixar ir, não tenho?

Fiquei surpresa por ele me fazer aquela pergunta mas acenei afirmativamente.

Ele encostou nossas testas e suspirou.

Aidan-podes ir.

As suas mãos libertaram a minha cintura e eu me levantei do seu colo. Apanhei a minha camisola do chão e senti olhares sobre mim a cada movimento.

Olhei na direção do sofá onde ele se encontrava e me aproximei.

Apoei minhas mãos nos seus joelhos e aproximei nossos rostos.

Fallon-não te preocupes policiazinho não te livras de mim tão facilmente.

Dei um selinho em seus lábios e ele sorriu ligeiramente.

Afastei me dele e vesti a camisola. Contornei o sofá e me aproximei do balcão onde aquela bolinha de pelo se encontrava.

Dei um leve carinho atrás das orelhas daquele gato laranja e afastei-me, caminhando até á porta.

Fallon-adeus Aidan.

Ele soltou um risada anasalada.

Aidan-isso não é um adeus Fallon, é um até logo. Estarei de olhos em ti.

Os meus músculos se retraíram com o que ele disse, mas limitei-me a agarrar no puxador da porta e a rodar-lo. Saí daquela casa batendo a porta levemente e caminhei pelas ruas noturnas de nova york até á esquadra, uma vez que minha mota havia lá ficado.

Durante esse tempo de caminhada, aproveitei para pensar em tudo e recuso-me a acreditar que o que aconteceu á uns minutos atrás tenha sido real.

Ele me odiava? Eu o odiava? Será que este tempo todo o ódio que sentíamos era apenas desejo acumulado? Que porra se passa comigo?

Tudo isto começou quando coloquei uma adaga em seu pescoço no telhado daquele edifício, e agora penso, se naquele momento tivesse continuado a correr o que teria acontecido? Provavelmente ele não sabia a minha identidade, não nos tínhamos beijado e eu provelmente teria terminado a minha vingança e estaria a viver a minha vida normalmente.

Mas não. Decidi parar, ele descobriu a minha identidade, nos beijamos, terminei a minha vingança e acabei de descobrir tudo acerca do passado dele. E o pior é que não me arrependo de nada.

Quando notei havia chegado na esquadra. Limitei-me a retirar as minhas chaves do bolso das calças e liguei a mota. Assim que a mota se ligou, arranquei prego a fundo até o meu apartamento.

Só queria chegar a casa e tomar um banho para retirar qualquer vestígio dauquele polícia do meu corpo.

Assim o fiz. Cheguei no apartamento e guardei a mota na minha garagem. Subi pelo elevador e fiquei ouvindo a música ambiente que o mesmo tinha instalado, aquilo me irritava, mas apenas ignorei, não queria me chatear mais esta noite.

Assim que cheguei no meu andar, caminhei até á minha porta e a abri.

Logo fui recebida por uma bela cachorra que lambeu minha mão me deixando coberta de baba. Fiz uma cara de nojo mas logo sorri.

Fechei a porta e liguei as luzes, mas o que vi assim que as liguei fez o meu coração acelarar e os meus olhos se encherem de água.

A Raven estava a morrer.

Continua...

Desculpem pelo o que vai acontecer, mas a história precisa de um leve drama.

Bjs.

The RavenOnde histórias criam vida. Descubra agora