capítulo 18.

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Madelaine Petsch pov.

- eu não... imaginava te ver aqui. - dei espaço para que elas entrassem, mas eu falei para Vanessa.

sei lá, ela nunca veio aqui antes.

- a gente que chamou ela, tem problema? - Camila perguntou, se jogando no sofá.

- não. - respondi sincera. - sentem aí, vou fazer uma pipoca.

- opa, vou te ajudar! - Lili falou e eu assenti, sorrindo para ela.

fizemos a pipoca e ficamos assistindo alguns filmes escolhidos por elas, confesso que esse não é um dos meus programas favoritos, mas também não é um dos piores.

o filme durou umas duas horas se não me engano, ao menos não era de romance.

estava até chovendo, o que fazia o clima ficar bom e quentinho.

- ai, foi tão legal. - Lili pausou a televisão, nos olhando animada. - vocês gostaram? Vanessa, acorda!

- o-oi, estou acordada... - Vanessa se ajeitou no sofá, olhando para nós confusa, o que me fez rir.

- você sabe o que aconteceu no filme? - Camila cruzou os braços.

- sim. - Vanessa respondeu não tão decidida do que dizia. - o personagem principal morreu.

- não, Vanessa. ele ficou vivo e ainda casou. e não é só um principal. - Lili respondeu irônica.

- tanto faz. - parei de rir, pegando o controle da sua mão. - minha vez de pôr algo.

era pra ser a minha vez, mas antes que eu conseguisse pegar o controle da mão de Lili, a televisão desligou. digo, não só a televisão, tudo desligou.

- ah, não acredito que a energia acabou. - ouvi a voz de Camila resmungar. logo ela acendeu a lanterna do seu celular e se virou para mim. - tem alguma vela aí?

- não, eu quase nunca uso, por isso sempre deixo de comprar. - respondi, pegando o meu celular também. - parece que a energia não vai voltar tão cedo.

- ok, são dez da noite. tem uma mercearia ali, que fecha às dez e meia. eu acho. - Lili comentou. - Camila e eu podemos ir.

- a chuva está forte. - virei a lanterna para elas. - Vanessa? por que está tão calada?

- só estou ouvindo vocês falarem. - ouvi a sua voz dizer.

- é aqui do lado da sua casa. acha que se fosse longe, nós iríamos? - Lili riu. - só precisamos de um casaco.

- não, pode ser perigoso com o escuro e a chuva. é melhor ficarmos aqui e só esperarmos a chuva passar mesmo. - Vanessa falou.

- tá, mas eu preciso ir ao banheiro. - Lili murmurou. pelo seu tom de voz, ela realmente parecia apertada.

- eu vou com você. vamos. - Camila disse, levando a namorada e a lanterna com elas.

- ai, desligou. - resmunguei, jogando o meu celular no sofá. - a bateria estava pouca.

- eu deixei o meu dentro da bolsa, deve estar em algum lugar pela sala. - Vanessa se pronunciou e eu senti-la se levantar.

me levantei também e a ajudei a procurar a sua bolsa.

para me fazer parecer uma medrosa, eu me assustei com o barulho de um trovão.

- está com medinho do escuro é, Madelaine? - Vanessa riu sarcástica e eu revirei os olhos.

- n-na... oh, Vanessa. é claro que não! me respeita, né. - respondi sem conseguir olhá-la, estava muito escuro mesmo.

- não está parecendo. - ela contradisse e eu iria até dar uma resposta, mas antes disso, um trovão mais alto que esse foi escutado por nós duas. - ai, que susto.

- olha só, quem está com medinho agora, em!? - ri, parando de procurar a sua bolsa e olhando para o nada. na minha cabeça, estávamos de frente uma para a outra, mas eu não sei se estávamos.

Vanessa Morgan pov.

- Mads, por que ficou quieta? vê se não inventa de me assustar! - é claro que eu não sou medrosa, mas não seria muito agradável levar um susto agora.

- eu estou tentando te achar, idiota. você ficou quieta de repente e eu parei de me guiar pela sua voz. - ela respondeu e pela sua voz, estávamos um pouco afastadas mesmo.

- você 'tá vendo alguma coisa? está muito escuro. - acho que agora eu sei a vivência dos cegos. calma, será que é assim?

- calma, não se mexe. acho que consegui te achar. - Madelaine disse e eu senti a sua mão tocar em mim, só que na hora que ela iria me puxar... adivinha? mais um trovão! o que me fez ficar assustada e me bater nela sem querer.

eu acabei caindo no chão e senti um peso enorme cair por cima de mim também, não demorou nem dois segundos para que eu ouvisse a sua voz.

- ok, eu diria que o seu corpinho é melhor que um colchão. então não se preocupe. eu caí, mas caí em um lugar confortável. - Mads murmurou e eu ri da sua fala.

ela iria se levantar, mas agindo por impulso, puxei-a pelo braço e fiz-a se voltar para mim novamente.

eu não pude deixar de puxá-la para um beijo. o momento estava pedindo por isso.

quem se apaixonar primeiro perde! - Madnessa.Onde histórias criam vida. Descubra agora