capítulo 30.

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Madelaine Petsch pov.

seis dias depois.

- amiga, por onde você andou? fazem oito dias que não responde as minhas mensagens, nem te vejo em nenhuma festa. o que rolou?

eu estava na cozinha, fazendo a mamadeira do Benjamin, mas aí ouvi a voz de Carol soar em um tom de preocupação atrás de mim.

como eu disse, eu não me assusto mais quando ela aparece do nada. ela tem a chave mesmo.

- ih, 'tá tomando mingau agora, Madelaine?! - ela riu irônica ao ver a mamadeira, mas quando eu me virei para ela, a mesma faltou cair para trás. - menina, que olheiras são essas?

- vem, vou te explicar tudo. - murmurei, puxando-a até o sofá.

a cada coisa que eu dizia, ela ficava mais indignada ainda. pois é, imagine eu na hora de tudo.

- que vadia!! - Carol me olhou com fúria nos olhos. - com todo respeito.

- ela não merece respeito não, é uma vadia mesmo. - eu estava exausta. exausta de tudo. - eu achei que seria como eu cuidei da Maddie, mas acho que me enganei. confesso que quando eu tinha quatorze anos, eu era mais madura que agora. como eu faço para cuidar de uma criança de três anos? eu não durmo mais! ele chora a noite toda, não come direito, nem fica assistindo desenhos igual as crianças normais.

- ele deve estar com saudades da mãe. - suspirou pesado. - olha, vou te ajudar com tudo isso. começando de agora. vai tomar um banho e pode ir dormir bastante, eu seguro as pontas aqui.

- não. é uma responsabilidade minha, não sua! - neguei rapidamente.

- e eu sou a sua melhor amiga, não vou te deixar passar por nada disso sozinha. nunca. - ela respondeu de imediato e eu sorri.

- ok, você venceu. - sorri para ela, me levantando. - mas qualquer coisa, não hesita em me chamar.

[...]

é, acho que deu certo.

eu consegui tirar a tarde toda de sono e foi uma maravilha. eu apaguei.

quando eu acordei, fiz tudo o que tinha que fazer e fui para a sala.

mas chegando lá, encontrei as minhas amigas. as quatro sentadas, enquanto conversavam com Carol.

- Mads, como você está com tudo isso, em? - nem tive tempo de raciocinar e Lili correu em minha direção.

- do que vocês estão falando? - questionei para todas, porém com o meu olhar em Vanessa. até ela aqui?

- eu contei para elas. desculpa, não queria ter quebrado a sua confiança. mas saiba que estamos todas dispostas a te ajudar. - Carol explicou.

Vanessa Morgan pov.

nem eu sabia o que estava fazendo aqui, só sei que Verônica me contou uma história sobre tudo o que rolou, aí ela me convenceu a vir dar apoio.

- agora vocês sabem que a minha vida mudou completamente, né?! - Madelaine deu uma risada nasal, se jogando em uma poltrona.

- você não está sozinha, vamos te ajudar com tudo isso. - Verônica tranquilizou ela. ou tentou.

- você não tentou ligar para a sua mãe? sabe onde ela mora? podemos tentar ir atrás dela. - dei de ombros, tentando ser útil em algo que não seja falar de festas. primeira vez que me senti séria na vida.

- não adianta. eu não sei onde ela mora, mas com certeza não é na cidade. não tenho o seu número, nem de pessoas que a conhecessem. - Mads respondeu sem humor. - está tudo bem, galera. eu consigo cuidar dele. não é a primeira vez que cuido de uma criança sozinha.

- não é a primeira vez que você cuida de uma criança, mas é a primeira que você não cuida sozinha. ok? - Camila segurou em suas mãos. - a gente vai dar um jeito, não é tão difícil assim. crianças gostam de doces e desenhos, faz isso toda tarde que ele fica quietinho.

confesso que não teve como não rir do comentário de Camila. ela falou tão inocente que chegou a ser engraçado.

- falando nele, onde ele está? - Mads perguntou tensa.

- não sei como, mas consegui fazer com que ele assistisse um pouco de desenho. aí ele dormiu e eu o levei para o quarto. - Carol disse. - a sua irmã está dormindo com ele. acho que ela também precisava de uma boa horinha de sono.

- você é um anjo! - Madelaine deixou um beijo na sua bochecha.

acabou que todas as nossas amigas falaram que iriam ajudá-la e ficaram conversando entre si.

quando eu notei que Madelaine estava na cozinha sem ninguém, fui até ela.

- deve ser pesado isso tudo que está passando. - comentei, fazendo-a me olhar assustada. acho que ela não notou a minha presença.

- realmente é, mas eu dou conta. - ela fechou a geladeira, parando para me olhar.

- eu não duvido disso. mas se precisar de ajuda, eu estou disposta. - me apoiei no balcão.

- obrigada, bebê.

- de nada, adulta.

quem se apaixonar primeiro perde! - Madnessa.Onde histórias criam vida. Descubra agora