capítulo 67.

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Madelaine Petsch pov.

- eu não vou ficar aqui discutindo com você sobre isso, Vanessa. - falei seriamente, jogando a minha bolsa na cama.

Vanessa e eu estávamos tendo a nossa primeira briga ou discussão de casal, sei lá o que é isso.

eu nem sei ao certo como isso começou, só sei que o Fencer tentou me roubar um beijo na frente dela e ela veio brigar justo comigo, que não correspondi e ainda o impedi.

- eu não fiz isso quando aquela garota tentou te beijar também. - fechei a porta do meu quarto, não querendo que os meus irmãos ouvissem isso.

- ai, me desculpa se agora é crime ter ciúmes da minha namorada gata que todo mundo quer pegar. - Vanessa cruzou os braços e eu arqueei a cabeça para trás, bufando alto.

- ciúmes é uma coisa, agora você vir brigar comigo por algo que não fiz, é outra completamente diferente. - fiz o mesmo que ela, cruzando os braços.

- ah, tá bom então, Madelaine. - se virou de costas.

- isso é realmente um motivo desnecessário para brigar comigo? sério mesmo? - caminhei até ela, fazendo-a olhar para mim novamente. - por que você não afastou aquela menina de você, então?

- eu afastei sim! você só não viu, pois estava muito ocupada em outro canto.

- eu estava com a Carol, sabe disso. - parei em sua frente. - ou vai brigar comigo por causa dela também?

- eu não estou brigando com você. - bufou. - só estou discutindo sobre algo que vi e não gostei.

- como ocorreu com você e eu também não gostei. - rebati, fazendo-a ficar sem argumentos. - ambas não temos culpa dos sentimentos que as pessoas carregam por nós, teríamos culpa se nós déssemos corda. e eu não dou. qual a parte do "eu quero só você", que você não compreendeu ainda?

- eu também quero só você. - suspirou pesado, se sentando na minha cama.

- então pode me dizer por qual motivo estamos brigando? - me sentei ao seu lado.

- eu não sei... acho que pela primeira vez na vida senti aquele sentimento lá... - coçou a nuca, meio envergonhada.

- ciúmes? - questionei confusa, achei que ela já tivesse sentido isso antes.

- não, a outra coisa... aquela que faz a gente se sentir... você sabe. - respondeu sem me olhar nos olhos.

- oh... insegurança? - também não virei o seu olhar para mim, mas a vi balançar a cabeça positivamente.

- isso mesmo. - ela ainda estava tímida. - eu só fiquei com medo de você se arrepender de ter aceitado o meu pedido, sei lá... é que antes de eu te pedir em namoro, a Lili me disse uma coisa que me fez pensar. ela disse que se eu não tomasse coragem, eu poderia te perder por algum homem.

- ei, olha para mim. - murmurei, trazendo o seu olhar para onde eu queria. os meus olhos. - isso não vai acontecer, ok?!

- ok. - respondeu, voltando a ficar cabisbaixa.

- eu sei que pode parecer que eu não preciso de você para viver, mas é melhor com você. - sorri, me aproximando mais dela. - é bem melhor com você. e eu não achei que fosse sentir isso nunca, mas você foi a única que abriu o meu coração.

- eu também acho tudo melhor com você. tudo é muito melhor quando tenho você por perto. - pegou em minhas mãos. - e obrigada por abrir o meu coração também, eu não sabia que isso poderia ser tão bom.

- estou ficando emotiva, vai me fazer chorar. - ri baixinho, literalmente secando os olhos antes mesmo deles molharem.

- então vai, me conta que babado foi esse que a Carol te contou. parece que as outras ficaram surpresas também, só eu que não sei? - ela mudou o assunto, já sabendo que eu iria mesmo ficar sensível com o diálogo.

quando eu me tornei essa pessoa sensível mesmo?

- é, amor. só você que não sabe ainda. - me levantei da minha cama, abrindo a porta do quarto e saindo de lá, obviamente sendo seguida por ela. - vou te contar, mas você precisa guardar segredo.

- juro. - ela cruzou os dedos e eu sorri. - agora conta, vai.

- parece que o Kj e o Charles estão tendo um lance aí. - fui até o quarto do Ben, que chorava alto. acho que ele estava com fome. - e você sabe, né?! o Kj está namorando com o Cole. ou seja... Cole corno.

- ah, meu Deus. eu jurava que o Charles era hétero. - ela me olhou completamente surpresa, me entregando a mamadeira.

- agora a sua boca tem que ser um túmulo, Morgan.

- será, amor.

quem se apaixonar primeiro perde! - Madnessa.Onde histórias criam vida. Descubra agora