capítulo 63.

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Vanessa Morgan pov.

- e se ela não aceitar? ai... eu estou nervosa. - eu já estava quase desistindo, mas como um bom ato de bondade, Camila deu um tapa um pouco forte no meu rosto.

- escuta aqui, garota. você vai pedir ela em namoro hoje e ela vai aceitar! e aí vocês serão felizes para sempre. - Camila disse séria. - sem contar que ela já disse que só estava esperando o pedido, então ela vai aceitar sim.

- agora vamos arrumar isso, antes que ela chegue. - Lili também me encorajou.

- ok!

[...]

- galera, tempo acabou! - Verônica gritou para que todas nós pudéssemos ouvir. - a Carol acabou de mandar mensagem, elas já estão chegando.

eu estava tão nervosa, tão aflita e tão tensa.

é sério isso mesmo? Vanessa Morgan pedindo alguém em namoro?

eu estava prestes a fazer isso?

era só o que eu pensava. como isso foi acontecer?

mas quando eu a vi abrir a porta toda linda, com o seu cabelo grande e ruivo solto, o seu corpo esplêndido e o seu sorriso no rosto, eu não tive mais medo nenhum.

eu quero ficar com ela. eu preciso dela.

- o que é isso? - questionou ela, ao fechar a porta com cuidado, já que estava tudo escuro.

- isso tudo é para você. - respondi e ela me olhou surpresa, se aproximando de mim. - essa história de sorvete foi só um pretexto, eu estava só arrumando isso tudo para você.

- queremos os nossos créditos, tá?! - Carol levantou a mão, fazendo-me rir com isso.

voltei a encará-la novamente, agora ela estava com um sorriso um pouco maior que antes.

Madelaine Petsch pov.

Vanessa se ajoelhou na minha frente e eu já poderia prever o que viria, por isso o meu coração acelerou mais forte que o normal. e eu nunca senti isso antes.

eu não tinha reação, só estava vendo-a abaixada na minha frente.

- Madelaine... eu nem sei como começar isso. só sei que eu estou nervosa, tensa, aflita, ansiosa, surpresa comigo mesma e tudo mais. mas só tem uma coisa que não estou sentindo agora, que é confusão ou arrependimento de estar aqui, agora. - começou. - eu nunca me imaginei aqui, muito menos com você. uma pessoa que pensava como eu. não tenho mais o que dizer... só que eu estou completamente apaixonada por você e não sei como devo agir. eu sei que você nunca viveu isso, muito menos eu. mas esse é o nosso maior desafio. você aceita viver essa aventura comigo? juntas?

ela falou tudo muito devagar, para que eu conseguisse ouvir e entender tudo.

eu estava prestando atenção em cada palavra que saía da sua boca, mas confesso que desde o momento em que ela disse que não estava arrependida disso em diante, o meu mundo parou. por pelo menos, um minuto.

eu fiquei quieta, só quieta.

e por um segundo, me passou tudo o que eu vivi.

festas, transas sem sentimentos, bebidas, pessoas que entravam e saíam da minha vida do nada.

então eu respondi...

- desculpa, mas eu não posso... - murmurei, vendo todas as nossas amigas me olharem incrédulas. e vendo Vanessa me olhar completamente surpresa e aparentemente chateada. muito chateada. - não posso e nem devo recusar esse pedido tão fofo.

- idiota!! perdi a minha respiração por três minutos contados, já estava até ficando vermelha. - Lili colocou a mão no peito e eu ri da sua fala.

- essa foi a coisa mais linda que eu já ouvi em toda a minha vida inteirinha, ninguém nunca chegou a ser perto disso. ou se chegou... nunca foi tão recíproco assim. ninguém nunca me disse essas coisas. e o principal, ninguém nunca me fez sentir essas coisas todas. toda essa sensação estranhamente nova que sinto ao seu lado. eu aceito viver essa aventura com você. juntas!

então, de dentro do bolso do seu short, ela tirou uma caixinha vermelha. ok, agora sim eu me senti naqueles filmes.

nunca imaginei que fosse viver isso.

quando eu tinha uns treze anos, o meu sonho era me casar e criar uma família. era encontrar a pessoa que me fizesse feliz de verdade.

mas quanto mais a minha mãe deixava que aqueles homens fizessem aquilo comigo, quanto mais ela me machucava fisicamente e psicologicamente. mais eu desistia desse sonho.

foi ali que eu prometi para mim mesma que eu nunca mais deixaria alguém me tocar sem que eu deixasse. que eu nunca iria me apaixonar ou sentir algo que deveria sentir por alguém. eu tinha medo.

mas aí... veio ela.

e como eu havia previsto, ela tirou duas alianças lindas de lá.

ela se levantou e colocou uma no meu dedo, repeti o seu ato e parei para admirá-la. eu não poderia ter escolhido pessoa melhor.

sempre achei que quando eu me apaixonasse seria diferente, não achei que eu ficaria tão gay assim.

- eu estou muito apaixonada por você. - Vanessa repetiu outra vez, só porque acabou de descobrir que essa é a nova coisa que mais me faz sorrir bobo.

- eu estou mais, muito mais. - abracei-a pela nuca, juntando os nossos lábios.

- tá, tá, chega de tanto amasso. - Verônica gritou. - tenho uma coisa para falar.

- o que é, estraga prazeres? - Carol cruzou os braços, equanto revirava os olhos.

- a estraga prazeres quer que você namore com ela também. - Verônica cruzou os braços também e todas nós olhamos-a surpresas. não surpresas por descobrir que elas têm algo, mas sim por elas assumirem isso.

- não é hora de brincadeira. - a minha amiga nem olhou para ela, ela realmente não estava levando a sério.

- não é, eu gosto de você.

[...]

quem se apaixonar primeiro perde! - Madnessa.Onde histórias criam vida. Descubra agora