Draco estava sentado no jardim da Mansão Malfoy, na França, para tomar o café da manhã. O jardim não era tão belo e imponente quanto os jardins da mansão original, mas ainda sim, era belo. Sua mãe falava sobre um baile que haveria no fim de semana e seu pai ignorava os dois enquanto lia o Profeta Diário.
Fazia anos que seus pais haviam deixado a alta sociedade bruxa de Londres mas ainda sim, seu pai parecia saber de cada fofoca e segredo sujo que acontecia como se nunca tivesse saído. Draco sabia que Lucius via a estadia na França como uma coisa temporária e ainda nutria esperanças de voltar para Londres, ao contrário de sua mãe que não só havia se adaptado muito bem como conseguiu construir uma vida completamente nova. Coisa que Draco pensava seriamente em fazer.
Ele havia chegado na casa de seus pais havia pouco mais de um mês e a essa altura estava cada vez menos inclinado a voltar para casa. Ele não tinha muito pelo que voltar, não tinha uma carreira para perder, sua família estava na França e o único motivo pelo qual ele insistirá em ficar em Londres fora por seus melhores amigos mas ele havia estragado tudo. Pansy devia ser sua única amiga agora, mas ela estava vivendo uma nova vida no mundo trouxa e ele sempre poderia pegar uma chave de portal para vê-la. E Blaise, bom... ele não sabia como estavam as coisas com Blaise. Ou ele fingia não saber. Blaise tinha Potter agora e Draco achava que não havia muito espaço na vida do outro sonserino pra ele.
Ele sempre soube que Blaise cansaria de correr atrás dele e tudo bem, ele queria que Blaise fosse feliz. Ele queria de todo coração. Por isso ele sempre ignorou todas as tentativas de Blaise de começar algo entre eles. Blaise era uma das melhores pessoas que Draco havia conhecido, ele tinha um dos corações mais puros que existia, como Draco poderia ser egoísta a ponto de achar que Blaise seria feliz com ele? Blaise merecia mais.
-Querido?- Narcisa chamou apertando a mão de Draco.- Você está bem?
Draco piscou algumas vezes se dando conta de que esteve perdido em seus pensamentos por alguns minutos, ele deu um sorriso pra mãe e tomou um gole de seu suco. Lucius ignorava os dois, concentrado no jornal, ele dobrou a folha e Draco engasgou quando viu a imagem que havia ali.
-Draco.- Narcisa exclamou e se levantou para dar tapinhas nas costas de Draco que tossia e ficava cada vez mais vermelho. Quando Draco finalmente se acalmou, Narcisa voltou para o seu lugar.- O que está acontecendo com você filho? Não é normal você ser tão distraído.
-Eu só estava pensando em umas coisas mãe, desculpe.
-Talvez você deva pensar menos enquanto come.- Narcisa disse em tom de brincadeira e Draco escutou Lucius dar uma risadinha.- Você irá nos acompanhar no baile de sábado? O Senhor Lowell não para de perguntar por você.
Draco ficou com as bochechas vermelhas e Lucius revirou os olhos e resmungou seu desagrado ainda atento à leitura do jornal.
-Ele é um pintor realmente excelente. Vai expor uma de suas pinturas inéditas no baile e é bem bonito também.- Narcisa disse animada- Todas as senhoras do clube do livro falaram que vocês estavam parecendo um casal bonito no baile dos Crapper. O Senhor Lowell é uma figura respeitável.
Draco ficou mais vermelho ainda quando lembrou o que ele e a figura respeitável fizeram no banheiro do filho adolescente dos Crapper.
-Pelo amor de Merlin.- Lucius disse irritado e Draco encarou o pai assustado, Lucius estava lendo seus pensamentos?
-Algum problema, querido?- Narcisa perguntou em um falso tom amável que usava quando queria que Lucius calasse a boca e foi exatamente isso que ele fez.
Surpreendentemente, Lucius não tinha nenhum problema com o fato de Draco ser gay mas tinha um grande problema com a forma que Draco levava sua vida amorosa. Ele sempre tentava empurrar Draco para algum jovem de família nobre e sempre insistia que Draco deveria estar em um relacionamento, pensando em construir a sua própria família a esta altura.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Apenas Diga
Fanfiction"- Como você é o meu melhor amigo, acho que você deveria saber que eu estou namorando. -Namorando? -É. -E eu posso saber quem é o azarado?- Ele perguntou, esperando que o pânico que ele estava sentindo não estivesse nítido em sua voz, pra ser honest...